What The Hell Just Happened

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Nathaniel Pov's

- Castiel, preciso que você assine a folha de ausência. – Disse dirigindo-me a meu arque inimigo. Eu era o presidente estudantil e estava encarregado de cuidar da organização da escola, por causa disso precisava falar com pessoas que preferia ficar o mais longe possível.

- Eu já disse que não vou assinar essa merda! – Gritou Castiel.

- Mas se você não assinar será expulso!

- Então que eu seja, não me importo com isso!

- Olha Castiel, eu não sou um vagabundo igual a você que não faz nada o dia inteiro! Mata a aula e está nem ai, e pior, não tem a capacidade de pegar uma caneta e assinar a merda o nome... Quer saber? Eu cansei! Faça o que você quiser!

Explodi deixando-o irritado, mas quer saber, que se dane. Eu já estava cansado de ficar bancando a baba de um idiota. Qual era o problema em assinar um papel?

Voltei para minha sala murmurando estressado com Castiel, e então Melody entrou na sala.

- O que houve, Nathaniel? – Perguntou preocupada.

- Nada Melody, apenas o Castiel que não quer assinar a folha de ausência de novo.

- Hm. – Disse ela. – Sempre a mesma briga. – Riu.

- Por que veio aqui? – Perguntei curioso, mas pela expressão que ela fez percebi que pareci um tanto grosseiro.

- Nada. Só queria conversar um pouco. – Disse. – Mas lembrei que tenho que fazer umas coisas... – E saiu rapidamente antes que eu pudesse responder.

Não dei muita bola e segui fazendo meus deveres, que não eram poucos... E assim que chegou a hora do intervalo fui sentar com meus amigos na cantina. Eles estavam conversando distraídos e então por algum motivo desconhecido resolvi olhar para a mesa onde Castiel estava sentado cercado de garotas. Ele era o típico bad boy que detestava atenção, porém de alguma forma misteriosa era tudo que mais ganhava. E então Castiel olhou para mim, e virou o rosto imediatamente com uma expressão de desgosto.

- Aquele idiota! – Resmunguei tentando conter a raiva o máximo que conseguia.

- Disse alguma coisa Nath? – Ambre, minha irmã perguntou.

- Ah, não, não disse nada.

Estava voltando ao meu humor normal quando algo úmido caiu por cima de minhas roupas. Olhei imediatamente para ver do que se trava. Era Castiel que derrubou seu copo com água em meu colo.

- Oh. – Disse ele imitando a voz de surpresa. – Não te vi, sua presença é tão insignificante que não o notei.

- Que diabos! – Levantei-me imediatamente furioso, mas fui agarrado por meus amigos enquanto Castiel sai rindo.

Sai em direção a minha sala totalmente alterado, precisava me acalmar. Comi sozinho e depois que acabei, voltei ao trabalho. Minha paz não durou muito quando alguém entrou na sala trazendo um envelope. Pelo menos não era Castiel vindo importunar-me.

- Oi Lynn, tudo bem?

- Tudo ótimo. – Sorriu. – Aqui está o que me pediu. – Disse entregando o envelope. – E também vim para avisar que em torno de cinco minutos o professor vai entregar as notas das provas. E a recuperação é tudo junto, então os alunos vão estar desesperados. E quem é o cara mais inteligente para...

Lynn não precisou terminar sua frase que sai correndo da sala, tarde de mais. Havia várias pessoas correndo em minha direção gritando meu nome. Odiava quando esse período na escola chegava. Todo mundo só queria a minha ajuda. Eu tinha uma vida também, não queria ficar tendo que ajudar todo mundo. Se fosse alguns, tudo bem, mas agora todo mundo? Por favor, que estudem.

Estava quase desistindo de correr e ter que enfrentar a multidão, mas então senti alguém agarrar meu pulso, e com um puxão forte arrastou-me para uma sala que só algumas pessoas tinham acesso a chave. Para minha surpresa foi Castiel. Como ele tinha acesso aquela chave? Então era lá que se escondia para não ir para as aulas? E a mais importante das perguntas era, o por que dele ter me ajudado? Quando percebi que Castiel ainda agarrava meu pulso, puxei de volta para mim. Ele parecia nem ter percebido que segurava meu braço.

- Oh, como você é grato por eu ter te ajudo... – Castiel disse sarcástico.

- Não lembro de ter pedido sua ajuda, nem nada do tipo.

- Ah é? – Disse em um tom malicioso levantando-se e abrindo a porta. – Ei! – Gritou, mas então pus minhas mãos em sua boca e o arrastei para sala novamente.

- Obrigada. – Disse, era melhor do que ter que as aturas.

Nós dois nos sentamos no chão escorados na porta.

- O certinho não ganha atenção nunca, e quando tem a chance de ficar rodeado de garotas sai correndo. Até o presidente do clube estudantil, que tem uma sala particular, no grêmio, o perfeitinho que tem as melhores notas da escola um medo bem interessante, não acha? – Disse Castiel, a voz tomada de ironia.

- Eu não corri porque estava com medo!

- Porém não tem como negar o fato de que se fosse qualquer outra cara que estivesse sendo perseguido por várias garotas, independente do motivo.... Teria adorado. – Senti seu olhar grudado em mim, mas eu só conseguia olhar para meus joelhos. – Diga-me uma coisa. – Aproximou-se sussurrando em meu ouvido. – Você não é mais virgem, não é?

- O que?! – Pulei assustado finalmente encarando-o. – Claro que não! – Disse tremendo, meu rosto queimava, provavelmente devia estar vermelho. – Eu já transei com várias pessoas... – Menti.

- Sério? – Castiel falou em um tom questionador. – Então deve ser perfeitamente normal para você fazer esse tipo de coisa, não é? – Disse enquanto aproximava-se.

- Pare! – Protestei enquanto me afastava pondo uma mão em seu peito.

Porém Castiel ignorou meus protestos e segurou meu queixo o ergueu para cima, obrigando-me a olha-lo. Não soube o porque, realmente não entendi, mas quando vi o rosto do garoto que eu mais odiava, minha mente ficou em branco. Todos aqueles pensamentos de ódio, raiva, frustração.... Quais quer que fossem os pensamentos sobre Castiel, eles sumiram de minha mente.

Senti um calafrio passar pelo meu corpo quando os lábios de meu querido tão odiado Castiel encostarem nos meus. De inicio não era nada, só um selar entre nós dois, mas então Castiel deslizou suas mãos, que antes seguravam meu queixo, para a lateral de meu rosto. Enquanto fazia movimentos circulares com seu polegar em minha bochecha empurrou sua língua para minha boca. Continuo não sabendo porque, mas correspondi ao seu beijo. Minhas mãos em seu peito agarraram com força sua camiseta vermelha. O beijo ia se aprofundando cada vez mais, ficando mais intenso a cada segundo.

O que eu estava fazendo? Por que estava deixando que fizesse isso comigo? Eu não o odiava? Claro que eu o odeio! Mas então por que...? Porque tem que ser tão bom? Seu beijo me estonteava, seu cheiro só fazia com que eu o desejasse mais... Então Castiel se afastou e me encarou. Pela primeira vez seu rosto estava suave e isso me levou a loucura. Porém seu rosto voltou ao normal.

- Acho melhor parar por aqui, não concorda? É melhor eu não assustar o virgenzinho... – Disse com seu tom malicioso enquanto se levantava.

A vontade de socar seu rosto bonito voltou em segundos.

- Boa sorte com as garotas. – Castiel sussurrou por último antes de sair com seu sorrisinho sarcástico estampado no rosto.

Foi então que a ficha caiu, Castiel roubou me primeiro beijo. A pessoa que eu não suporto me deixou nesse estado mental. Encolhi-me naquela sala agora terrivelmente fria e repensei na merda que acabou de acontecer.  

I love you, no I hate you!Onde histórias criam vida. Descubra agora