53. Provar outros sabores.

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Boa leitura!

Os pensamentos foram totalmente dispersados com apenas um banho de água gelada. Agora ela estava pronta novamente para encarar as últimas horas de seu dia.

Uma parte de si estava mais calma, tentando convencer a si mesma de que aquilo fora apenas um sonho e que não aconteceu. Por mais que fosse uma mentira deslavada, fazia a mesma de sentir melhor e mais confortável.

A outra parte estava ansiosa para o jantar com Maggie. Ambas ainda iriam combinar os últimos detalhes do próprio, como por exemplo, onde iriam jantar. Seria na casa de Maggie, de Betty ou em um restaurante? Bem, qualquer uma das opções estaria de bom tamanho, pelo menos era isso que Cooper achava e talvez continuasse a pensar assim.

Em poucos minutos, ela já estava no hospital e pronta para começar o trabalho novamente.

Bastou alguns minutos conversando com pacientes para que seu pensamento ficasse totalmente voltado ao trabalho, esquecendo do importuno que lhe acontecera mais cedo.

O restante do dia fora calmo, nos últimos minutos de serviço, a loira permitiu-se ir em direção aos banheiros exclusivos para funcionários, entrar em uma das cabines e por fim, sentar sobre a tampa do vaso sanitário como fazia em sua adolescência quando tinha preguiça em tomar banho.

Se bem que antes seus banhos eram muito melhores do que os de agora, se é que dá para entender o motivo.

Elizabeth riu consigo, a sensação que a lembrança lhe proporcionava, mostravam-na o quanto foi boa a sua adolescência. Ela fez tudo que um adolescente pensa em realizar no início da puberdade: obteve uma reputação consideravelmente alta durante o ensino medio, conseguiu um namorado, transou em lugares peculiares, porém excitantes, além de outros itens.

Transar...

Aquela palavrinha lhe traria imensas recordações de momentos diferentes e a lembrava de que tinha um bom tempo sem fazê-lo. Bom, era o que a vida adulta e solteira lhe proporcionava.

Às vezes, quando as coisas estavam no ápice, ela se permitia tocar a si mesma, dando-lhe prazer; porém, sentia falta do contato entre dois corpos, do calor que isso lhe proporcionava e da sensação ao ser preenchida.

Seus pensamentos foram dispersados pelo celular vibrando sobre o seu colo, fazendo-a se assustar e pegá-lo ligeiramente a fim de ver quem era.

Seu pai.

— Oi pai — a loira disse, enquanto olhava para o teto, esperando por uma resposta.

— Oi filha — a voz do mesmo era de felicidade, dava para perceber pelo tom — e então, como você está? Não nos falamos desde anteontem.

— Estive ocupada — justificou —, mas está tudo indo muito bem.

Instantâneamente, lembrou-se de Jughead e se pôs a corrigir o que falara há poucos segundos.

Tudo indo bem, exceto pelo fato que eu reencontrei Jughead, pai.

Era isso que ela deveria ter falado, mas queria evitar toda uma discussão sobre se manter afastada dele. Hal havia visto todo o sofrimento que a saída de Jones havia causado em sua filha; tinha ficado chateado, pois o mesmo era um bom rapaz, mas ela era a sua filha e nada podia machucar a própria.

— Fico feliz que sim! Eu e sua mãe estamos com saudades, parece que você saiu de Riverdale há dez anos — ralhou, fazendo drama.

Típico de Hal.

— A CW está te perdendo — respondeu entre risos e posteriormente complementou —, também estou com saudades.

Cooper nunca achou que falaria isso, mas era verdade. Gostava de ter a família próxima de si, eles eram seu bem maior e apesar das dificuldades, sempre estavam ao seu lado.

— Quando poderemos ir até aí? — perguntou, fazendo parecer que realmente estava desesperado.

— Pai, só tem três dias que eu saí de Riverdale — repreendeu o mesmo e ouviu o suspiro profundo do mesmo —, acho que terão que esperar mais um pouco.

— Ok ok, eu entendo que estou exagerando — Hal disse compreensivo, ele sempre fora assim em grande parte das situações, exceto quando a loira contou que não era mais virgem.

Aquele dia havia sido um escândalo.

Alice já desconfiava e estava ciente de que era normal para uma menina de sua idade, já que estava próximo aos seus dezoito quando contou — omitindo alguns fatos, é claro.

Já Hal... O susto pelo teor da notícia foi tão grande que o próprio caiu sobre o chão da sala, desmaiado. Para ele, era o cúmulo! Como a sua pequenina tinha ficado mulher tão rápido? Quem ousava tirar a sua inocência?!

As partes ocultadas deixavam a história ainda melhor.

Elizabeth estava perto dos dezessete anos quando decidiu que tinha que fazer algo radical para a sua idade. Bom, não tinha sido tão radical quando pensava, mas naquela época, a sensação em fazê-lo foi indescritível.

Era época das férias de verão, quando a escola decidiu fazer um acampamento de verão, fazendo jus a estação — óbvio. A loira tinha praticamente ajoelhado aos pés dos pais, insistindo para que deixassem ela ir com Cheryl. Eles deixaram e isso foi o bastante para que seu plano começasse a dar certo.

A viagem foi tranquila e assim permaneceu até chegarem no local onde iriam acampar. Havia alguns responsáveis da escola e logo quando chegaram, todos os adolescentes foram convocados para reunir-se em um círculo, na qual seriam ditadas as regras para aquilo dar certo.

Mas, duh, eles eram adolescentes e estes, odiavam regras. Por mais que balançassem a cabeça em afirmação, por dentro estavam em conflito com sigo mesmo, decidindo se deveriam ou não seguí-las.

Foi quando a própria conheceu Veronica e ambas se tornaram amigas.

Veronica apresentou um menino para a loira, na qual concluiu de que aquele era o garoto certo.

O garoto que tiraria a sua virgindade. 

Dito e feito.

Boa parte dos adolescentes haviam combinado entre si para se encontrarem em um ponto específico da mata de árvores imensamente grandes, mas afastadas uma das outras, fato que facilitava na entrada de luz do sol, deixando o ambiente confortável — mesmo com mosquitos e insetos que a garota nunca tinha visto antes.

Não bastou muita conversa para que os garotos de madeixas ruivas que havia conhecido há algumas horas antes fossem para a barraca — exageradamente — grande e, maravilhosamente, vazia de mosquitos.

No início foi estranho, a ideia de perder a virgindade em uma mata não lhe era boa o bastante, porém, mesmo assim ela o fez.

Foi bom, mas desconfortável.

— Filha? — Hal perguntou, fazendo-a voltar para a realidade.

— Hã... oi pai, eu vou ter que desligar. Beijos, te amo. — avisou e não esperou que ele respondesse, desligando em seguida.

A sensação estranha no ventre da loira e a fornicação entre as suas pernas, faziam-a perder a cabeça.

As lembranças fizeram-na ficar excitada e agora, teria que usar um dos objetos sexuais que uma mulher solteira usa para dar prazer a si, sem risco de engravidar.

E faria isso, exceto se decidisse arriscar em provar outros sabores.

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outros sabores... então né, rs

o capítulo hoje foi bem grandinho, agradeçam a minha criatividade ke.

enfim, obrigada por responderem a pergunta do capítulo anterior a-

não tenho certeza se farei ainda, mas caso aconteça, o que acham da segunda temporada continuar nesse livro? ou preferem um outro livro?

MASTURBATING ৲ bughead ❫Onde histórias criam vida. Descubra agora