Inicia-se a jornada

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Lucas é um jovem comum. Estuda, estagia, e busca um relacionamento sério (interessadas mandar dm para @memorycardss no twitter). Além disso, Lucas também é muito curioso. Ele se cansa fácil de rotinas, então está sempre buscando novos caminhos para chegar aonde precisa, como forma de renovar aquela viagem. 

Dessa vez, o caminho era voltando para a casa do estágio. Ele saiu do metrô na estação aonde sempre desce, e olhou para a cidade, na visão privilegiada que tinha por a estação ser bem no alto. Ver tantos prédios desconhecidos, portanto, lhe deu uma ideia:

— Hoje vou voltar andando para Guarulhos!

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— Deus por que me fizeste tão estúpido?? — Disse eu, me arrependendo da escolha que fiz a meia hora atrás de ir andando para Guarulhos. — EU NÃO AGUENTO MAIS MINHAS PERNAS!

Eu pensei em desistir e pegar um ônibus, mas a rota que eu estava fazendo era por dentro da Vila Maria, e os ônibus para Guarulhos só passam pela Rodovia,  então eu já não tinha como voltar atrás.

Foi ai então que ouvi um grito vindo de cima, e em seguida olhei para o céu. O grito veio do topo de um prédio. Eu deveria ir ajudar? Ou só ligo pra polícia e vou embora? Eu não sei! Nunca passei por isso antes! ... É, eu também não confio na polícia. Rapidamente, corri para dentro do prédio e entrei no elevador para o andar mais alto. O prédio era residencial e o porteiro estava dormindo, então eu entrei até que sem problemas.

Chegando no último andar, corri para as escadas de emergência e cheguei no terraço. Olhei ao redor e, muito confuso, tentei entender o que estava acontecendo: Uma garota que usava saia colegial estava sendo atacada por uma harpia amarela e preta.

— SOCORRO, É UM ANCAP!

Eu corri para frente da garota para que a Harpia não a atacasse. Saquei minha faca butterfly e tentei atacar o monstro que voava por cima de minha cabeça, mas meus golpes eram em vão. A faca era muito curta, e a Harpia, muito chata. — LEIA MISSES — piava ela. 

Eu então puxei a garota pelo pulso e corremos juntos até a escada de emergência. Eu fechei a porta com tudo e me posicionei em sua frente para que a Harpia não a arrombasse. 

— O que tá acontecendo aqui? Quem é você? Por que você tá sendo atacada por uma Harpia? E por que você tava no terraço? E, aliás, DESDE QUANDO EXISTEM HARPIAS?

— Oi, meu nome é Aléxia... Eu tava aqui no terraço tirando uma foto fofa pra postar, e ai derrepente essa Harpia apareceu. Ela começou a me atacar porque eu sou uma .... e-Girl.

— E-girl? O que é isso?

— Bem, agora que você me salvou já não tem mais volta, então acho que só me resta explicar... E-girls são seres celestiais do mundo escondido, a Deep Web. Nós, seres da Deep Web vivemos na sociedade em silêncio para não sermos caçados, mas na realidade eramos nós quem habitávamos a Terra a milhões de anos atrás.

 — Milhões de anos? Quantos anos você tem?

— 6,022 × 1023

— ?????? QUE

— Continuando. As harpias são seres neutros. Eles não tomam partido na Guerra Virtual, apenas incomodam ambos os lados. É a forma que elas acharam que não serem destruídas em massa, já que são a espécie em menor número de toda a Deep Web.

— Guerra Virtual?

— É. Na Deep Web, todas as espécies estão em Guerra. E isso já se arrasta por anos, já que desde o inicio as duas principais espécies do Reino foram criadas como opostos uma da outra.

eガール: O mundo secreto das e-girls.Where stories live. Discover now