Thinking Out Loud.

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Manoela POV.

Os meses passaram tão depressa que sequer percebemos, já tínhamos gravado as últimas cenas da novela e estávamos sem muitos compromissos na agenda. A novela estava na sua reta final e como Limantha foi um marco na televisão, Clarina também estava sendo.

Quando eu e Giovanna começamos a nos envolver de novo, decidimos esperar o momento certo pra iniciar um namoro, como também pra contar para os nossos amigos e depois assumir publicamente. Ficamos sério, dormiamos quase todas as noites juntas mas não era um nsmoro. Quando decidimos assim, chegamos a conclusão que na primeira vez fomos rápidas demais e agora não queríamos cometer os mesmos erros. Eu, principalmente. Com tudo isso, a única pessoa que sabe é a Jane, mãe de Giovanna. Mas é claro que isso não nos impedia de sair juntas, de ter fotos e vídeos meus postados quase toda semana no Instagram dela, de irmos no cinema, barzinho, restaurante. De vez em quando saía algumas notícias sobre a gente, a maioria era especulações sobre um suposto namoro. Quase sempre era Jane que nos mandava essas notícias e é claro, os fãs de Limantha/Clarina ficavam loucos com as nossas aparições e interações.

Falando em Jane, ela estava sendo uma pessoa importante na minha vida, já que eu não tenho mais nenhum contato com a minha mãe depois do que ela fez anos atrás. Eu preferi excluir da minha vida do que continuar naquele impasse, nas mesmas discussões sobre a minha sexualidade e sobre a minha carreira. Eu não iria ser uma cópia dela e eu não iria seguir os seus passos.

Vez ou outra eu tenho notícias dela através do meu pai, ele me respeita o suficiente pra entender a minha escolha e além de tudo, ele me ama o suficiente pra querer a minha felicidade, seja em que profissão for e seja com quem for.

20:34, apartamento de Giovanna.

Eu estava sentada no sofá fazendo meu jogo de palavra cruzada, concentrada. E Giovanna estava secando seu cabelo em frente ao espelho da sala.

- O que tanto você faz nesse celular? - Perguntou enquanto passava a toalha em seus cabelos molhados.

- Palavra Cruzadas. - Respondi enquanto tentava decifrar uma palavra.

- Ai, não, Manu. - Riu e veio até mim - Nosso relacionamento entrou na rotina, você percebeu? - Falou enquanto se sentava em cima do meu colo. Sai do jogo e joguei o meu celular em qualquer lugar do sofá.

- Você acha isso ruim? - Perguntei enquanto deixava minhas mãos em sua cintura - Porque eu particularmente adoro ficar fazendo as mesmas coisas com você.

- Claro que não. - Ela se inclinou e deixou um beijo rápido e molhado em meus lábios - Eu só acho que a gente poderia aproveitar mais o tempo juntas.

- E o que você sugere? - Perguntei já sabendo as intenções de Giovanna. Ela riu baixinho e voltou a capturar meus lábios.

Apertei gentilmente a cintura da mais nova e senti suas mãos encontrando meu pescoço. Ela aprofundou o beijo e pediu passagem com a língua, prontamente cedi e deixei que ela guiasse o momento. Eu me perdia na boca de Giovanna e não fazia questão alguma de me encontrar.

Separei nossos lábios e abri meus olhos pra vê-la. Ela permaneceu de olhos fechados por alguns segundos, a boca procurando por ar e os lábios levemente vermelhos, era um convite a perdição. Giovanna sorriu e finalmente abriu os olhos pra me olhar, aproximou seu rosto do meu e falou baixinho, com a voz levemente rouca e sexy.

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