Drunk

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As semanas foram se passando, Carolyn e Bill viviam em completa sinergia sem brigas, algumas discussões mas nada que abalasse a amizade que construiram, e por um tempo até esqueceram do golpe que levaram e que ainda tinham que encontrar o homem que os enganou.

Era uma sexta feira chuvosa, Bill tinha regravado a mesma cena mais de sete vezes e isso o deixou frustrado, ele se sentia insuficiente e que estava retardando o rítmo da produção que tinha data pra ser entregue.

Já era quase meia noite quando ele chegou em casa e tentou fazer o mínimo barulho possível pra não acordar Carolyn que estava mais estressada do que nunca, ele não a julgava, ou melhor não mais depois do dia que ele viu a garota adormecida no chão da sala rodeada de papéis de banners, ele não era o único com o trabalho árduo.

Em passos lentos ele foi até o bar que tinha improvisado usando uma estante que sobrara de Carolyn. Bill precisava beber pra esquecer do péssimo dia que teve.

Já era quase duas da manhã, o sueco já tinha perdido as contas de quantos copos de whisky tinha tomado, e ainda misturado com a Vodka russa que fora presente de seu irmão.

Vai precisar se for morar com uma mulher. — A voz de Alexander meio brincalhona veio a mente de Bill no dia que sua família veio o visitar e conheceram Carolyn.

Carolyn, a garota sempre estava invadindo seus pensamentos, até os mais impuros. As regras escrita por eles estava pendurada atrás da porta em uma moldura preta com alguns stickers chamativos, e isso não era o único motivo dele se manter afastado de um relacionamento.

Bill tinha estado noivo por mais de um ano, e em uma manhã ele simplesmente acordou sozinho na cama, a mulher tinha ido, sumido do mapa sem deixar nenhum vestígio, todas as malas, roupas, fotos foram levadas pra um lugar que ele desconhecido pra ele.

De olhos fechados, tentando não derramar mais lágrimas sobre esse assunto Bill cantarolava River, ele tinha ouvido Carolyn cantar essa música enquanto cozinhava e acabou gostando da melodia, da letra e até da leve conotação sexual que nela tinha.

"Shut your mouth, baby, stand and deliver
Holy hands, will they make me a sinner?
Like a river, like a river
Shut your mouth and run me like a river
Choke this love 'til the veins start to shiver
One last breath 'til the tears start to wither
Like a river, like a river
Shut your mouth and run me like a river"

A voz de Bill era rouca o que deixava até meio sexy se alguém ouvisse, e alguém ouviu.

Carolyn tinha aceitado o convite de um amigo pra ir em um happy hour pra comemorar mais uma campanha bem sucedida e pela primeira vez ela aceitou. Foram num bar com mais três amigos, beberam todas e gritaram músicas conhecidas, se divertiram muito, apesar da última hora no local ser meio conturbada.

Anthony, seu colega de trabalho não cansava em dar investidas mais pesadas na garota, e o auge foi quando ele a puxou pro banheiro na tentativa de ter algo mais íntimo.

Carolyn parecia ser frágil mesmo sendo alta, mas o que não era esperado pelo homem mais velho que ela tivesse um excelente cruzado de direita. Ela o acertou um soco assim que chegaram no ambiente, quebrando o nariz do moreno.

Anthony era um homem bonito, ela não podia negar, mas a má fama dele estragava todo o tipo de chances com a romântica Carolyn, ela ainda sonhava com seu príncipe encantado, e estranhou quando nesse exato momento Bill lhe viera a mente.

Deve ser a bebida — ela pensou ao sair do bar e se vendo obrigada a chamar um uber, ela não estava com a mínima condição de dirigir e era orgulhosa demais pra pedir carona.

10 Rules ● Bill SkarsgardOnde histórias criam vida. Descubra agora