Cultura medieval

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A Cultura Medieval é caracterizada pela influência da Igreja Católica sobre as culturas greco-romanas e germânicas durante a Idade Média. Nesse contexto, entende-se como cultura todas as atividades relacionadas à educação, à ciência, à filosofia, à arquitetura e à música, entre outros elementos.

A Idade Média (476-1453), também chamada de Idade das Trevas, por muito tempo foi vista como uma época de atraso cultural devido, principalmente, a interferência da igreja na produção científica. A visão negativa também advém das várias guerras, doenças e desigualdades sociais que ocorreram.

Contudo, atualmente essa conotação negativa não é tão utilizada. A ideia de escuridão tem sido desmitificada aos poucos por alguns historiadores do século XX, que reconheceram que houve sim produção de conhecimentos que contribuíram para a Cultura Medieval.

O crescimento da Igreja Católica na Idade Média

A Igreja Católica é uma das instituições religiosas mais antigas da humanidade, com mais de 2 mil anos e 1,2 bilhão de fiéis no mundo, segundo informações do Anuário Pontifício 2018. A instituição se fortaleceu a partir do século IV, quando passou a ser tolerada pelo Império Romano e mais tarde, no governo de Teodósio se tornou a religião oficial do Império.
Ao longo dos séculos, a Igreja acumulou muitos bens. Nos séculos XVII e IX, durante o processo de expansionismo do Império Carolíngeo, a Igreja Católica foi agraciada com as terras da Península Itálica, fruto das conquistas de Pepino, o Breve.
Essas terras administradas pela Igreja Católica formaram os Estados Pontífices, cujo líder maior, o Papa, tinha o domínio espiritual e terreno da região. Abaixo dele estava o sacerdote, e seguindo a hierarquia, o bispo e o arcebispo.
Papa Clemente XIII assumiu o pontificado em 6 de julho de 1758 até a data da sua morte, em 2 de fevereiro de 1769
No século X, com a desagregação política da Europa e ausência de um poder centralizador, a Igreja começou a expandir o seu "império da fé". A crença em Cristo, presumia uma série de regras (dogmas) que deveriam ser seguidas pelos indivíduos com objetivo de irem para o Paraíso após a morte.

O caminho para o paraíso deveria ser isento de pecados e com práticas de caridade. Essas caridades, por sua vez, poderiam ser para os mais pobres ou para própria Igreja. Muitos nobres doaram terras e bens com objetivo de se livrarem dos pecados terrenos.

Não só o poder financeiro da igreja cresceu, mas também o social por meio da doutrinação religiosa. Como forma de combater a heresia (críticas aos dogmas e ensinamentos religiosos), tribunais inquisitórios foram realizados e várias pessoas foram presas, torturadas e até mortas.

A Igreja Católica estava presente em todos os âmbitos sociais, exercendo um poder maior até que o próprio Estado. Como a escrita era um privilégio do clero, a maioria dos estudiosos que contribuíram com a Cultura Medieval eram religiosos.

Principais aspectos da Cultura Medieval

Educação
Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros. Como era de se esperar, a educação dentro da Cultura Medieval desenvolveu-se com base nos ensinamentos religiosos.
De acordo com Oliveira (2013), as escolas medievais tinham como função instruir as pessoas "ela [a escola] fazia com que essas pessoas conhecessem a língua latina e alguns aspectos da lógica e da astronomia".
Os religiosos eram responsáveis pela educação e era necessário autorização destes para que o jovem pudesse adentrar em alguma escola. Existiam quatro tipo de escolas:
Escolas paroquiais - voltada para a formação de padres, o ensino das escolas paroquiais restringia-se aos salmos e às lições das escrituras sagradas.
Escolas monásticas - as escolas monásticas inicialmente formavam apenas monges, funcionando em regime de internato. Mais tarde foram abertas escolas externas, que abrigavam filhos dos reis e dos servidores, que aprendiam sobre latim, gramática, retórica e dialética.
Escolas palatinas - o ensino dado aos filhos de reis e servidores, nas escolas monásticas, virou quase uma obrigatoriedade para esse público. Nas escolas palatinas havia uma espécie de programa de ensino para as sete artes liberais, subdivididas em trivium (gramática, retórica, dialética) e quadrivium (geometria, astronomia, música e aritmética).
Para cada disciplina existia uma obra literária ou teoria, que servia como bibliografia obrigatória. Por exemplo, para o estudo da gramática as obras de referência eram os manuais de Donato e Prisciano.
Significado:
A Cultura Medieval é um conjunto de manifestações filosóficas, literárias, religiosas, científicas, que mistura fatores das culturas greco-romanas e germânicas, numa síntese permeada por aspectos cristãos.
Vale destacar que a Igreja Católica teve uma preponderância marcante durante todo o período medieval (século IV ao XV), sobretudo quando os francos e as tribos germânicas aderiram ao Cristianismo.                           

Literatura Medieval
A literatura medieval foi marcada pelo uso do latim na maioria dos textos, os quais repercutiam os temas religiosos e existenciais da moral cristã.
Contudo, as manifestações vernáculas em forma lírica e narrativa do século XII, romperam com essa tradição e marcaram o abandono do latim clássico.
Poesia
Tem-se o surgimento da poesia trovadoresca, como nas canções de gesta, escárnio, de amor, de amizade, que marcaram o pensamento medieval até o aparecimento do Quinhentismo, em meados de 1418.

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⏰ Last updated: Aug 03, 2019 ⏰

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