Ela queria saber o que viria depois,
Quando todo o querer junto de nós dois,
Saciados com a força criadora de planetas,
Eclodisse em super novas de dois corpos dando nós.
Os versos que surgiram sem canetas,
Do mundo a se acabar lá fora,
E cá dentro o tempo se demora,
E veio em câmera lenta a ausência,
O segundo antes do Big Bang,
O que não se escreve, o que se sente,
Somem as dúvidas, somem os dilemas,
Restou um silêncio bom, uma conversa boba,
Confidências com o olhar, fome,
Com certeza fome, um sorriso que não some,
Uma preguiça sem preguiça, uma cena de cinema,
Um banho relaxante, os seus seios ensaboados.
Depois eu ali sentado,
Escrevendo nossos poemas.
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Transtorno Poético
PoesíaPoesia patológica, verso subversivo, sob o crivo do enredo. O poeta tenta apreciar a vista, ele não é atração, tampouco artista, sofre disso.