Prólogo

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-Ele é seu filho, você quis ele, eu falei que teria mas não que ficaria com você ou até mesmo com ele. - ela está praticamente gritando com ele, enquanto o bebê em seus braços chora pela posição desconfortável, não deve ter mais que alguns dias.

-Eu achei que você mudaria de ideia ao vê-lo, então seríamos uma família, não posso ficar com esse menino, eu estou abrindo um restaurante, viajo amanhã e só volto daqui 6 meses. - ele está vermelho, está claro que não é a melhor conversa que ele já teve.

-Não me importa Brian, eu já estou a 6 meses longe do Harry, preciso voltar e esse bebê não faz parte da minha vida. Eu já assinei tudo que você vai precisar, aqui esta o papel onde abro mão da guarda dele. Você precisa registra-lo, não escolhi um nome, para não criarmos vínculo, ele está com 5 dias, precisa de leite materno, isso você pode conseguir em qualquer maternidade. - ela está deixando todos os papéis em cima da mesa, sinto que se ele me pegar ouvindo a conversa, vai cortar meu pescoço.

-Você não pode fazer isso comigo, eu não sei cuidar de uma criança. Fica comigo por favor, você me ama, eu sei que ama. - consigo ver as lagrimas escapando, nunca imaginei vê-lo chorando, ele é tão implacável na cozinha.

-Eu amo o meu marido, você me deixou e durante os 5 anos que esteve fora ele esteve lá, e hoje ele ocupa cada espaço do meu coração, o que aconteceu entre nós foi o pior erro da minha vida, mas não vou deixar que qualquer pessoa saiba disso. Você pode ficar com essa criança ou pode dar para adoção, mas ninguém nunca poderá saber da minha ligação com ele. - o bebê está chorando e é visível que ela não levar o menor jeito.

Eu entro na sala, afinal está tarde preciso deixar as chaves com ele e ir para casa. Ele me olha surpreso, não o culpo, nessa situação eu também esqueceria da funcionária que estava limpando a cozinha. Eu deixo a chave em cima da mesa sem dizer nada, mas quando me viro o bebê aumenta o choro e ela parece preste a ter um colapso.

-Acho que pode estar com fome ou sujou a fralda. - ela me olha como se estive pedindo socorro, olha para ele, ele me olha, não entendi nada.

-Eu... Você pode ver o que ele precisa? Sou mãe de primeira viagem. - eu o pego, ele está com a fralda cheia, o levo para o banheiro junto com a bolsa que está ao lado dela, o troco na bancada do banheiro, e ele para de chorar, dou a mamadeira que encontro na bolsa, e enfim ele dormi.

Ele é tão pequenininho, 5 dias apenas, não entendo como ela pode deixa-lo, não estou a julgando ate porquê da missa eu não sei nem um terço. Mas ele esta comigo a apenas 5 minutos e já sinto tanto por essa fofura. Ele nasceu em meio uma confusão.

- Você leva jeito com crianças - ele está parado na porta, os olhos vermelho denunciando o choro - ela foi embora, o deixou comigo, eu sei que você deve ter ouvido grande parte da conversa, eu preferia que isso não saísse daqui.

Balanço a cabeça em concordância, ele não parece zangado comigo, mas parece frustrado com a situação toda.

- Então... O que vai fazer com ele? - ele me olha mas parece não entender minha pergunta, então me apresso a esclarecer - Você vai viajar amanhã, ele só tem 5 dias, precisa de cuidados, você vai ficar com ele? Vai leva-lo para a viagem? - estou nervosa, ele me deixa nervosa, não quero perguntar se vai doa-lo, porquê me doi o coração só de pensar na possibilidade.

- Eu não sei, ele caiu aqui como uma bomba, deixa-lo em um orfanato não é uma opção, afinal ele tem meu sangue... - então ele para e olha para mim de um jeito estranho - Você. Você poderia ficar com ele até eu voltar de viagem, é óbvio que lhe pagaria bem por isso, você já sabe da história mesmo então não teria problema.

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2019 ⏰

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