Com o fim da URSS, América tinha mais do que comemorar, se quisesse, dava uma festa de um ano, apenas por ter ‘ganho’, se encontrava deitado na cama, tentava não dormir, já eram dois dias diretos lutando contra a maldita vontade de dormir, e isso tinha motivo, claro
Todas as vezes que dormia, sonhava com o maldito soviético, e para piorar sua situação, um dos pequenos filhos do seu inimigo, estava a morar consigo, aquilo tinha sido um último pedido de seu ‘amigo’, e o pequeno, ainda não sabia da morte do pai
Ouvindo barulhos cada vez mais próximos, já sabia o que estava por vir, então, se sentou na beirada da cama, enquanto observava a porta ser aberta – com dificuldade – pela pequena criatura que morava consigo
Conseguindo abrir a porta, o garoto correu até o americano, estava chorando e muito, América então, o pegou no colo e o abraçou
— Calma, já passou – Disse na tentativa de acalma-ló — O que aconteceu dessa vez, Rússia?
— Америка, quando o papai vai voltar? – Questionou entre soluços, olhou para os olhos do americano, que demonstravam confusão
— Eu não sei, Rússia... Eu realmente não sei – Mentiu para o russo, enquanto limpava as lágrimas do mesmo — Mas, tenho certeza de que ele não gostaria de te ver desse jeito – Sorriu, vendo que o outro já havia se acalmado mais — Amanhã, é um grande dia, seus irmãos disseram que iriam vim te buscar
— E você? – Perguntou — Você não vai se sentir sozinho? – América se surpreendeu com as palavras do menor, que apenas expressavam a mais pura verdade, morava sozinho, e dificilmente recebia visitas, e talvez tenha sido isso que lhe trazia falta do soviético, ele sempre ia várias vezes em sua casa, apenas para brigar ou intimida-ló - mesmo sendo grande parte das vezes o americano - sentia falta das visitas dele, e sabia que não tinha como trazê-lo de volta
— Sim, eu vou – Disse, se levantando, e levando o russo em seu colo para o quarto de visitas — Mas, são pequenos sacrifícios que eu tenho que fazer para manter a estabilidade mundial
— Do que adianta você ter o mundo para si, se você não pode ser feliz – Soltou a frase, fazendo o americano parar no meio do caminho, afinal, tal frase sempre foi dita pelo URSS — O papai sempre me dizia isso
— O que mais ele dizia? – Perguntou, voltando a fazer seu caminho
— Ele também dizia que, os melhores países, tinham vermelho em suas bandeiras, não precisa ser totalmente vermelho, basta apenas ter 10 ou 13 listras, com algumas vermelhas
— Parece que ele tem um lado fofo que é dificilmente demonstrado – Disse, fazendo o russo rir, ao chegar no quarto, o pôs na cama, e pegou um urso de pelúcia siberiano, que estava jogado no chão, havia sido um presente do soviético para o capitalista, mas, acabou abrindo mão do presente, e o dando para Rússia
— Америка obrigado por cuidar de mim nesses últimos dias, eu realmente estou muito feliz – Sorriu, abraçando o ursinho
— Good night Russia – Falou, dando um beijo na testa do russo, e o cobrindo com o lençol
— Спокойной ночи – Disse, com o americano já na porta do quarto — папа – América se assustou com a palavra, mas deixou aquela passar, e fechou a porta, ainda sorrindo
— Maldito seja URSS, por ter tido um filho tão adorável – Resmungou, indo em direção ao próprio quarto, talvez depois desses últimos dias, finalmente iria conseguir dormir
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Quando ele volta? - Countryhumans
Fanfiction- Америка, quando o papai vai voltar? - Questionou o russo