Damaged Soul {t.h} [ PAUSADA ]

20.

Nota:
Feliz 2020 atrasado pra vocês, pessoas maravilhosas! Que esse ano a gente arrase demais! E que Damaged Soul tenha um final mara.
Boa leitura! ❤️

VILNIUS, LITUÂNIA. 7H:20MINS.

CLAIRE ADAMS

     — Claire? — Escuto a voz de Dylan chamar meu nome, mas ele parece distante, como se estivesse á severos metros de distância. 

     Movo uma parte do meu corpo, e esse pequeno movimento faz meu cérebro ficar ciente que outras partes do meu corpo estão doloridas. Minha nuca dói e formiga, e nesse meio tempo de perceber à mim mesma, minha mente processa com lentidão que, na verdade, estou chacoalhando levemente. 

     — Claire? — Sinto uma mão quente balançar levemente minha perna, e então a voz de Dylan se tornando próxima. Abro os olhos devagar, me sentindo cega momentaneamente com a claridade no segundo seguinte.

     Bocejo, levando meus braços para o alto para me espreguiçar propriamente. Meu pescoço e costas estalam, o que diminui a sensação de dor por ter dormido de mal jeito.

     — Bom dia! — Desejo, sorrindo para Dylan. Ele tem um sorriso de lado, mas seus olhos continuam focados na estrada.

     — Bom dia, Bicho Preguiça. — Ele devolve, me fazendo soltar uma risada.

     Olho para trás, para verificar meu irmão. Ele ainda está dormindo, estirado no banco de trás, um pouco torto por estar preso pelo cinto de segurança. Demoro alguns segundos para entender que Phill está vestido na jaqueta de Dylan, que, no corpo pequeno do meu irmão, parece pertencer à um gigante.

     — Ele está vestindo sua jaqueta. — Comento, soltando uma risada, achando fofo demais para conseguir me controlar. — Isso é fofo, Dylan Carter Smith.

     — Não é fofo, é só bom senso, Claire Adams. — Ele diz, me lançando uma piscadela. — Você dormiu bem antes, e Phillip reclamou do frio.

     Ele tinha toda razão, mas não me fazia sentir menos vontade de beijar suas bochechas e apertá-las em seguida.

      Olho para Dylan por um momento. Ele parece relaxado, dirigindo com atenção, mas seu semblante parece exausto.

     — Há quanto tempo está dirigindo? — Pergunto, preocupada.

     Ele dá de ombros, ainda sem olhar para mim.

     — Nós saímos cedo, e a única vez que nós paramos foi para abastecer, muito tempo atrás. Sério, você precisa de um descanso.

     — Estou bem, Claire. — Ele diz. Viro o rosto para a janela, observando a paisagem verde passar rapidamente. Sinto a mão dele na minha perna, e é isso que me faz voltar a olhá-lo. — Você dormiu bem?

     Suspiro, tentando frear minha irritação por causa de sua teimosia. Dirigir muitas horas à fio representava muitos riscos, todo mundo sabia disso.

     — Vai me deixar dirigir agora? — Pergunto, ao invés de lhe responder. — Sabe, é irresponsável dirigir por tantas horas assim, com você e com todo mundo no carro.