Sim, eu sinto falta
Aquela espera, o celular sem bateria
Aquele sinal vermelho que aproximou
O perfume que me fez viajar
Aquela rua sem saída, droga eu nem sabia onde estava
O espaço era grande, e ainda sim pequeno
Pra mim, o suficiente
Era assustador, e um estranho
Quase quatro da manhã de palavras que levaram ao êxtase
Nada parecido com outras diversas vezes
Oh eu realmente fui má... E sabia disso
Dois desconhecidos, e estranhamente íntimos
A mania de ficar perdida, e quão isso lhe soava engraçado
Os dias começaram a me deixar ansiosa
A noite demorava a chegar
Uma notificação, milhares sensações e a alegria
Sabe quantas vezes tropecei pela ansiedade?
Não, não tem como enumerar aquelas corridas pra te ver
Mais um toque, o desespero pelo fone de ouvido
A corrida para ter paz para admirar a tela do celular
Então... A dúvida.
Ficaria mais difícil?
Não, eram minutos de conversa, o enorme espaço
Este começou a incomodar... Que tal diminuir a distância?
Eram cinco lugares
Minha preferência por estar no mesmo que o seu era clara
Então como tortura surge uma bola, risadas e gritos
Vi satisfação, angústia, arrependimento e medo
Foram menos de vinte minutos
Tão escassos e suficientes, felicidade
Sim, sinto falta
Então acabou, dinheiro, tempo e a insistência
Tudo mudou, sim, sei o porquê
De repente, tudo volta, com força
Um áudio, uma frase, e diversas lágrimas
Ser durona custa caro
Mas voltamos ao início...
As noites começaram a me deixar ansiosa
As manhãs demoravam a chegar
Uma notificação, milhares de sensações
E a saudade
Sim, eu sinto falta.
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Escrevendo uma alma
Non-FictionDescritos aqui pequenos momentos importantes de uma vida inteira de loucuras...