- Querida você é a herdeira do seu pai, que Deus o tenha. Terá que ser a princesa.
- Não pode colocar outro herdeiro no lugar?
- Infelizmente as leis em Abu Dhabi são muito rígidas. Seu avô tem já planejado seu casamento com um príncipe de Dubai.
- Não! E se eu falar que não sou legítima?!
- Seu avô sabe... Seu pai nos contou sobre a terrível infertilidade que o assombrou por anos. Mas, por enquanto, sua madrasta assumirá seu dever, e você irá ter que se preparar para seu dever como princesa.
- Então devo aproveitar a vida por agora e depois ser aprisionada pelo resto da vida.
Minha avó sorriu sem jeito e apertou forte minhas mãos, como forma de dizer, sinto muito, mas, é a sua realidade.
Estávamos no palácio do Cairo, Lia e as crianças eu as trouxe pra cá. Achei que ter mais pessoas aqui, alegraria essa prisão que chamam de fortaleza dos sonhos.
- Esse seu comportamento anti-natural poderá continuar contigo, mas, terá que ser às escondidas.
- Quando poderei ser eu mesma? Você sabia que eu tinha uma irmã? Era tão parecida comigo... Ela infelizmente morreu, foi assassinada.
- Que barbaridade! Acho que seu pai nunca comentou comigo, não que eu me lembre. Foi a mulher que você salvou, que te contou não é?
- Sim... Minha irmã já foi esposa dela.
- Nossa. É muita informação pra minha cabeça velha. - Risos entre nós.
- Você tem certeza que não quer ficar e dormir aqui no palácio?
- Preciso ir, seu avô precisa de mim, não anda muito bem de saúde, por isso, também vim. Após a morte do seu pai, seu avô ficou muito deprimido. Temo pela saúde dele.
Minha avó era doce, tinha um coração nobre e a história dela foi de amor verdadeiro com meu avô, ele só quis outra esposa com o consentimento da minha avó. É o único homem Árabe que já vi demonstrar respeito a uma mulher. Nome dela é Marlena, é de origem turca, de uma família de linhagem nobre, parece que surgiu no século XIII, quando ainda era império otomano.
Não é a toa que amo história, eu sou cercada dela. Minha linhagem segundo a Lia contou em torno da minha irmã, é de origem dinamarquesa. Inclusive boas e más lembranças de lá, prefiro só lembrar das sentadas deliciosas que dei na Lia.
- Eu te amo vó, prometo pensar com clareza sobre o que me disse. - Ela veio e beijou minha testa, sorrindo.
Lia apareceu na varanda onde estávamos, com a Cíntia no colo. Minha avó se encantou e foi em direção da criança.
- Que criança linda! Qual nome dela!? E veja Karlia, tem traços semelhantes aos teus. - Os olhos da minha avó brilharam de felicidade.
- Ela é filha da minha irmã...
- Majestade deseja segurar? -Perguntou sem jeito, Lia.
- Sim! Adoraria! E não precisa me chamar assim, pode me chamar de Marlena, por gentileza.
Cochicho a Lia rapidamente...
- Agora minha avó ficará entretida por um bom tempo...
Lia sorriu e eu quase delirei com aquela boca que parecia guardar o sol dentro. Ícaro chegou depois, e, quando minha avó também o viu, ficou mais feliz ainda. Tanto que até comentou.
- Meus netinhos, são lindos! - Lia sorriu com os olhos e percebi que queria chorar.
Obviamente saiu dali para poder se mostrar vulnerável e eu a segui.
- O que foi meu amor?
- Meus filhos não têm avós... E foi muito forte pra mim, ouvir sua avó falar aquilo.
- O que pensou?
- Na Manu... Ela deve estar sentindo falta das crianças, não sei dizer, minhas emoções estão bem confusas no momento.
- Acho que já está na hora de ir visitá-la com as crianças, tem certeza que não quer ir?
- Absoluta. Você indo, preciso resolver umas coisas. A Manu não me contou que matou meu irmão... A sorte que não deixou rastros, mas, se arriscou demais.
- Ela matou???! Bom... Casada com uma mulher perigosa como você, acho que se deixasse rastros seria culpa sua que não ensinou direito.
- Engraçadinha. Você pelo visto não tem medo de mulheres perigosas.
- Pelo contrário... Tenho um desejo absurdo e diria até que incontrolável.
Falei e mostrando meus seios pra Lia. Quando ela olhou ficou surpresa e ao mesmo tempo, podia ver seu semblante mudar para algo mais sedutor...
E estávamos um pouco só distante da onde minha avó estava com as crianças. Lia me empurrou na parede e se jogou de cara nos meus seios, engolindo meus mamilos de uma forma que seria quase impossível de imaginar saciar o apetite daquela mulher cuja boca era carnuda e aveludada, fazendo com que meu ar saísse com dificuldade pela boca.
- Huhmmmmm que gostoso! - Gemi baixinho.
- Você mostra seus seios e quer que me comporte bem? É pedir pra ser devorada... - O gemido forte dela de mulher, me fez molhar a calcinha imediatamente.
E parece que Lia sentiu exatamente o momento em que isso aconteceu.
Pois parou de mamar em mim e foi descendo, como se estivesse "farejando" algo que tomasse sua concentração no que antes fazia com tanta maestria e vontade.
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As Faces do Amor - Parte 2
Storie d'amoreSequência da história, As Faces do Amor. Segunda temporada vem chegando com novas aventuras, mistérios, perdas que marcam, mancham nossas almas. Essa temporada será mais a respeito de superação e de enfrentar seus traumas mais sombrios.