Capítulo 33 - Sucessora de um Império

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- Querida você é a herdeira do seu pai, que Deus o tenha. Terá que ser a princesa.

- Não pode colocar outro herdeiro no lugar?

- Infelizmente as leis em Abu Dhabi são muito rígidas. Seu avô tem já planejado seu casamento com um príncipe de Dubai.

- Não! E se eu falar que não sou legítima?!

- Seu avô sabe... Seu pai nos contou sobre a terrível infertilidade que o assombrou por anos. Mas, por enquanto, sua madrasta assumirá seu dever, e você irá ter que se preparar para seu dever como princesa.

- Então devo aproveitar a vida por agora e depois ser aprisionada pelo resto da vida.

Minha avó sorriu sem jeito e apertou forte minhas mãos, como forma de dizer, sinto muito, mas, é a sua realidade.

Estávamos no palácio do Cairo, Lia e as crianças eu as trouxe pra cá. Achei que ter mais pessoas aqui, alegraria essa prisão que chamam de fortaleza dos sonhos.

- Esse seu comportamento anti-natural poderá continuar contigo, mas, terá que ser às escondidas.

- Quando poderei ser eu mesma? Você sabia que eu tinha uma irmã? Era tão parecida comigo... Ela infelizmente morreu, foi assassinada.

- Que barbaridade! Acho que seu pai nunca comentou comigo, não que eu me lembre. Foi a mulher que você salvou, que te contou não é?

- Sim... Minha irmã já foi esposa dela.

- Nossa. É muita informação pra minha cabeça velha. - Risos entre nós.

- Você tem certeza que não quer ficar e dormir aqui no palácio?

- Preciso ir, seu avô precisa de mim, não anda muito bem de saúde, por isso, também vim. Após a morte do seu pai, seu avô ficou muito deprimido. Temo pela saúde dele.

Minha avó era doce, tinha um coração nobre e a história dela foi de amor verdadeiro com meu avô, ele só quis outra esposa com o consentimento da minha avó. É o único homem Árabe que já vi demonstrar respeito a uma mulher. Nome dela é Marlena, é de origem turca, de uma família de linhagem nobre, parece que surgiu no século XIII, quando ainda era império otomano.

Não é a toa que amo história, eu sou cercada dela. Minha linhagem segundo a Lia contou em torno da minha irmã, é de origem dinamarquesa. Inclusive boas e más lembranças de lá, prefiro só lembrar das sentadas deliciosas que dei na Lia.

- Eu te amo vó, prometo pensar com clareza sobre o que me disse. - Ela veio e beijou minha testa, sorrindo.

Lia apareceu na varanda onde estávamos, com a Cíntia no colo. Minha avó se encantou e foi em direção da criança.

- Que criança linda! Qual nome dela!? E veja Karlia, tem traços semelhantes aos teus. - Os olhos da minha avó brilharam de felicidade.

- Ela é filha da minha irmã...

- Majestade deseja segurar? -Perguntou sem jeito, Lia.

- Sim! Adoraria! E não precisa me chamar assim, pode me chamar de Marlena, por gentileza.

Cochicho a Lia rapidamente...

- Agora minha avó ficará entretida por um bom tempo...

Lia sorriu e eu quase delirei com aquela boca que parecia guardar o sol dentro. Ícaro chegou depois, e, quando minha avó também o viu, ficou mais feliz ainda. Tanto que até comentou.

- Meus netinhos, são lindos! - Lia sorriu com os olhos e percebi que queria chorar.


Obviamente saiu dali para poder se mostrar vulnerável e eu a segui.

- O que foi meu amor?

- Meus filhos não têm avós... E foi muito forte pra mim, ouvir sua avó falar aquilo.

- O que pensou?

- Na Manu... Ela deve estar sentindo falta das crianças, não sei dizer, minhas emoções estão bem confusas no momento.

- Acho que já está na hora de ir visitá-la com as crianças, tem certeza que não quer ir?

- Absoluta. Você indo, preciso resolver umas coisas. A Manu não me contou que matou meu irmão... A sorte que não deixou rastros, mas, se arriscou demais.

- Ela matou???! Bom... Casada com uma mulher perigosa como você, acho que se deixasse rastros seria culpa sua que não ensinou direito.

- Engraçadinha. Você pelo visto não tem medo de mulheres perigosas.

- Pelo contrário... Tenho um desejo absurdo e diria até que incontrolável.

Falei e mostrando meus seios pra Lia. Quando ela olhou ficou surpresa e ao mesmo tempo, podia ver seu semblante mudar para algo mais sedutor...

E estávamos um pouco só distante da onde minha avó estava com as crianças. Lia me empurrou na parede e se jogou de cara nos meus seios, engolindo meus mamilos de uma forma que seria quase impossível de imaginar saciar o apetite daquela mulher cuja boca era carnuda e aveludada, fazendo com que meu ar saísse com dificuldade pela boca.

- Huhmmmmm que gostoso! - Gemi baixinho.

- Você mostra seus seios e quer que me comporte bem? É pedir pra ser devorada... - O gemido forte dela de mulher, me fez molhar a calcinha imediatamente.

E parece que Lia sentiu exatamente o momento em que isso aconteceu.

Pois parou de mamar em mim e foi descendo, como se estivesse "farejando" algo que tomasse sua concentração no que antes fazia com tanta maestria e vontade.

As Faces do Amor - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora