Eu estive pensando em você...

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Às 00:47, Luffy esticou sua mão para sair da grande cratera formada pelos ataques de Katakuri. Sua fatiga o consumia por completo e a única fagulha que mantinha o Chapéu de Palha em pé era a promessa que havia feito aos seus companheiros. 

"O horário de encontro é às 1 da manhã". Essas palavras ecoavam em sua mente. Enquanto se arrastava a procura de uma saída, Luffy espalhava seu sangue no chão cada vez mais, mas sua determinação o impedia de desistir. 

Uma sombra se ergueu imponente à sua frente. O enorme oponente, que deveria estar tão acabado quanto Luffy, ainda jazia epopeico.

— Arf... Arf... Algum dia... Você voltará aqui... para derrotar a Big Mom...? — perguntou Katakuri, o General da Doçura, não podendo esconder o cansaço.

— É CLARO! EU SOU O HOMEM... QUE SERÁ O REI DOS PIRATAS!!!

— Entendo... Você é, realmente... Um homem fascinante... 

O grande homem tombou para trás, admitindo derrota. O Chapéu de Palha ficou espantado ao perceber que o sentimento de admiração que ele havia desenvolvido pelo seu adversário era recíproco. 

— Kuri... Você me ensinou muito. Obrigado. — Luffy mostrou seu mais sincero sorriso. Katakuri arregalou os olhos e virou o rosto que começou a corar. — Me encontre de novo quando você se recuperar.

Alguns dias depois.

Depois que todos haviam conseguido escapar em segurança da fúria da Big Mom, a tripulação dos Mugiwara partiram imediatamente para o país de Wano. 

Um radiante dia sol enaltecia a beleza de Sunny Thousand, mas Luffy parecia estar perdido em seus pensamentos. Nami, ao cuidar de sua plantação de laranjas reparou  no seu capitão introspectivo e ficou preocupada.

— Luffy, tá tudo bem? Você parece distante. 

— Ah. Olá, Nami. Eu estava pensando sobre uma luta que eu tive.

— Uma luta? Quem era o inimigo?

Katakuri, o general da Big Mom. Mas eu não penso mais nele como um inimigo. Eu... Estou me sentindo estranho.

— Você ficou com alguma sequela? Quer que eu chame o Chopper? 

— Não é isso... Eu... queria lutar com ele de novo... Ele era tão... incrível. — Luffy corou e, involuntariamente, sorriu. Nami ficou perplexa ao entender a situação.

An... Luffy... Será que você... Não está... Você sabe... 

Ussop, que estava de vigia no topo do mastro, começou a gritar.

— TEM UM NAVIO VINDO LOGO ATRÁS DE NÓS!!! TOMEM CUIDADO, PODE SER UM NAVIO DA BIG MOM

Todos se prepararam para o possível combate. Ser perseguido por uma yonkou era um perigo real que os assombrava. 

Quando a misteriosa embarcação chegou perto do Sunny um grande homem saiu da cabine do piloto. Sanji foi o primeiro a reconhecê-lo.

— Parece que só tem uma pessoa nesse navio... Mas... esse é... — O cozinheiro levantou suas sombrancelhas encaracoladas. — O GENERAL DA DOÇURA, KATAKURI! Não o subestimem, ele tem uma recompensa de mais de um bilhão de berries!

Zoro sorriu ao finalmente encontrar um oponente  para treinar e foi o primeiro a pular no navio do general. Katakuri, que estava de braços cruzados, não se mexeu um único centímetro.

— Não estou aqui para lutar. - ele alertou.

Antes de colocar a terceira espada na boca, Roronoa respondeu.

— Haha. Corta essa.

Num piscar de olhos, o espadachim pulou para cima do oponente. O general da doçura continuou imóvel, e antes que as lâminas do Caçador de Piratas o tocassem, Luffy segurou o ombro de seu companheiro. Zoro imediatamente parou. Ao olhar para seu capitão ele compreendeu no mesmo instante que devia guardar as espadas.

— Relaxem, pessoal. O Kuri só veio aqui conversar. 

KURI?! Que intimidade é essa?! — todos ficaram de boca aberta.

— Acho melhor a gente conversar no meu navio, o seu parece agitado. — disse o general.

— Por mim tudo bem. 

— Ei, capitão! — gritou Ussop, inseguro. — É seguro você... — A fala dele foi interrompida pela Nami, demonstrando que a navegadora tinha confiança na decisão do Mugiwara. Este gesto foi o suficiente para acalmar a tripulação e fazer Zoro voltar ao Sunny.

Eles chegaram ao quarto de Katakuri e ambos se sentaram na imensa cama.

— E aí, Kuri. Como você está? 

— Luffy, depois daquela luta...

— Você também tem pensado sobre ela? 

O Chapéu de Palha sorriu. Katakuri levou a mão ao pescoço e corou.

— Bem... Sim. Quer dizer... Nós devíamos lutar de novo algum dia e...

— Shishishi... Sabia que você também se sentia assim.

O grande homem desenrolou o cachecol que enrolava seu pescoço e encondia suas presas.

— Mas... Não é só isso. Quando eu tirei meu cachecol na batalha e mostrei meu rosto... Você não sentiu nojo da minha boca como todo mundo faz e...

Luffy ficou de pé no colchão e colocou seu chapéu na cabeça de Katakuri. Ele levou suas mãos ao rosto do general e beijou-lhe os lábios. Luffy afastou-se lentamente de Kuri e disse:

— Eu nunca vou sentir nojo de você... Quer dizer... Eu te beijei... DESCULPA... Foi no impulso e...

— Luffy... — ele o interrompeu enquanto lágrimas caiam vagarosamente de seus olhos. — Obrigado. 

Kuri retornou o beijo, acariciando suavemente a pele de seu amado. Eles deitaram na cama e, aos poucos, suas mãos tomaram coragem para deslizar pelo corpo um do outro. Os lábios de Luffy foram descendo até o corpo ansioso de Katakuri e pouco a pouco suas roupas foram jogadas no chão.

Luffy e Katakuri: Venha comigo!Onde histórias criam vida. Descubra agora