Diga-me todos seus desejos-Hiatus-

Capítulo I

Jughead escutava o som dos saltos ecoando por toda casa e o som se aproximava cada vez mais; tanto ele quanto o padrinho tinham quase certeza de quem abriria a porta do escritório.

Este é Forsythe Pendleton "Jughead" Jones III, tem 33 anos e tem um físico que é o sonho de qualquer mulher. Ele é o sucessor de Hal Cooper, dono da empresa Cooper, uma empresa de energia.

A porta foi aberta e Elisabeth passou por ela; a mulher estava furiosa, aparentemente.

Essa é Elisabeth Cooper, Betty para os mais próximos. Possui longos cabelos loiros, olhos verdes e um belíssimo corpo. No auge de seus 27 anos, era atriz e havia participado de diversos filmes e séries adoradas por todos. Era a queridinha dos diretores.

- Pai, por que diabos fez isso?!-A loira perguntou, caminhando até a grande mesa de Hal, se apoiando nela com as duas mãos.

- Eu fiz muitas coisas, Elisabeth, seja mais específica.-Hal diz, já impaciente pela irritação da filha. Não era difícil ver Elisabeth irritada, mas dessa vez era diferente, ela exalava ódio.

- Como pôde colocar Forsythe para comandar a empresa?! Charles deveria assumir, não ele!-Elisabeth praticamente gritava, deixando bem claro o quão brava estava.

- Primeiramente, pare de gritar, a cidade não merece ouvir seus berros. Segundamente, Jughead está mais preparado para comandar a empresa, já Charles, bom, ele não seria bom para a fama da empresa.-Hal fez questão de dizer Jughead mais alto, ele sabia que o afilhado odiava ser chamado de Forsythe.

- O que? Porquê ele é gay, é isso?!-Se antes Betty estava brava, agora ela estava furiosa.- Papai, como consegue ser tão... tão ridículo?!

- Não, Betty, porquê ele já se envolveu em brigas terríveis, você sabe disso. Que tipo de pai acha que eu sou?-Hal diz, aparentemente, chateado.

- Com certeza tudo menos um bom pai.-A mulher disse e caminhou até a saída do escritório, saindo do mesmo e batendo a porta com toda força que tinha.

- Essa garota ainda me mata...-Diz Hal, levando a mão esquerda até sua testa e suspirando, cansado.

- Quer que eu converse com ela?-Jughead pergunta, sério. Ele sabia que Elisabeth não era mulher fácil de lidar.

- Pensei que ela te odiasse.

- E ela odeia, mas isso não nos impede de termos uma conversa séria.

Dito isso, Jughead saiu do escritório e foi até o mordomo da família Cooper, Joseph Mitchell.

- Sabe onde Elisabeth foi?

- A senhorita Elisabeth foi até o jardim, disse que precisava pensar. Não recomendo que vá até ela, senhor Jones. O senhor sabe que ela não gosta muito do senhor.-Joseph diz, sério, como sempre.

- Entendo... Bom, obrigado, Joseph.-Jughead diz e começa a andar em direção ao jardim.

Ao chegar no jardim, viu a mulher sentada na grama, então caminhou até ela e se sentou ao lado da mesma. Ao ver Jughead, Elisabeth arregalou os olhos e se levantou para ir embora.

- O que está fazendo aqui, Jones?-Ela sentiu Jughead segurar seu pulso e sussurrar um "fica aqui".

Ela não sabia o motivo de fazer tal coisa, mas se sentou ao lado dele novamente.

- O que aconteceu lá no escritório?-Jughead perguntou, a olhando.

- Você sabe muito bem o que aconteceu.-Betty respondeu, revirando os olhos. Ela estava olhando jardineiro, que regava algumas plantas.

- Be-Elisabeth, você sabe que Charles não é bom o suficiente para comandar a empresa.

- E você é?

- Talvez eu seja, seu pai sempre me preparou para ser o CEO.

- É esse o problema, Jones! Sempre foi você.- Elisabeth diz, suspirando.

- O que? Como-Ela o interrompe.

- Desde que o tio Fp morreu, meu pai te trata como se fosse filho dele... não que isso seja ruim, mas, que droga, você nunca notou que sempre foi só você? Ele fazia tudo com você; ele ia caçar com você, te levava para jogar... enfim, é como se ele não tivesse outros filhos.-Jughead estava surpreso com tudo aquilo que a loira havia falado, ele nunca tinha imaginado que Elisabeth e talvez Charles pensavam assim.

- Todos meus desejos foram deixados de lado para que o seus se realizassem.

- Então é por isso que me odeia?-Jughead pergunta ainda surpreso com a revelação.

- Oh, Jughead, eu não te odeio, eu te invejo. Te invejo por ter conseguido a atenção do meu pai por todos esses anos, te invejo por ser o filho perfeito pra ele.- Aquela havia sido a primeira vez em anos que ela o chamava de Jughead.

- Eu nunca pensei que você me tratasse assim porque tem inveja de mim... sinto muito.

- Não é você quem precisa se desculpar por ser um pai ausente.

- Hm-Ele ficou calado por alguns segundos- O que acha de fazermos um acordo?-Ele pergunta, sorrindo.

- Como assim acordo, Jones?- Ela perguntou, curiosa. 

- Você disse que seu pai deixava seus desejos de lado para realizar os meus, certo? Então, como pedidos de desculpas, vou te ajudar a realiza-los.

- Jones, quer dar uma de gênio da lâmpada, é isso?- Ela deu um sorriso sarcástico.

- Diga-me todos seus desejos, Cooper.