selfish •

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★ notas iniciais ★

Muito obrigada pelos comentários anteriores, vocês são incríveis.
Deem a nota, e comentem.
A história está crescendo, e vocês crescendo comigo.

* * *

Olhava para o meu braço, agora engessado, enquanto estava com meu corpo debruçado sob a cama do hospital. Tive a visão de Hargrove encostado na parede de braços cruzados, enquanto em seu rosto havia uma expressão vazia.

Ele foi o único que nos primeiros momentos, se propôs a me trazer no hospital. Não trocamos sequer uma palavra, eu imaginava que ele me traria e logo em seguida, iria embora. Mas, me surpreendeu por continuar ali no aguardo do médico me dar a alta.

No final de tudo, é bom saber que dentro dele ainda resta um Billy humano, e caridoso. Assim como o Billy que um dia amei.

Acabei movendo meu braço em um movimento por impulso e acabo resmungando, ao sentir o mesmo latejar.

– Quer que eu chame o médico? — A voz rouca do mesmo soou no quarto, e eu o olhei.

– Não, 'tá tudo bem. — Murmuro, e ele dá de ombros.

– A Helena não gosta mesmo de você, não é? — Indaga, cruzando os braços acima do peitoral.

– Isso é óbvio. — Dou de ombros. – Mas, por quê a pergunta?

– Ela causou isso. — Aponta para o meu braço, e eu o olho incrédula.

– Não é possível, ela ao menos estava na roda, Hargrove. — Reviro os olhos, com suas palavras.

– Oh, não seja tão inocente, Moore. Na verdade, não se faça de inocente, sabemos que você não é nem um pouco. — Ele se auto corrige, com ironia.

– Como você sabe que foi ela?

O mesmo fica em silêncio, fingindo não ouvir minhas palavras e se concentra em uma revista que acabará de pegar, me fazendo bufar.

Fui interrompida dos meus pensamentos quando uma silhueta de cabelos escuros e roupas elegantes passou pela porta, completamente afobada e com uma expressão assustada.

Hilary Moore estava ali, e não era nada bom.

– Meu amor, quando soube que você estava aqui, não acreditei. Você está bem? — Ela se aproxima da cama, atônita.

– Oi mãe, ainda sinto algumas dores, mas nada comparado a antes.

Hargrove observava tudo atentamente do canto do quarto, minha mãe ainda não havia reparado na sua presença.

– O seu pai, ele está a caminho para levarmos você para casa, tudo bem? — Ela acaricia meus cabelos, com um sorriso dócil nos lábios.

O sorriso nos lábios da mesma morre ao se deparar com Billy, uma expressão raivosa da lugar no seu rosto.

– O que esse crápula faz aqui, Hope? — A mesma trinca os dentes, olhando para o mesmo.

– Também é bom ver você, Hilary. — Um sorriso de escárnio brota nos lábios de Billy, enquanto o mesmo solta a revista.

– Vá embora daqui, não acha que já causou inferno demais nessa família?

– Mãe, ele me trouxe, calma. — Toco no braço da mesma, que me olha incrédula.

– Hope, minha filha, você está se escutando? Esse garoto só fez mal a você. — Olha com desdém para Billy. – Trazer você aqui nessa emergência, é o mínimo que ele pode fazer.

𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐁𝐑𝐄𝐀𝐊𝐄𝐑 • Billy Hargrove (𝐄𝐌 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒Ã𝐎)Onde histórias criam vida. Descubra agora