Seus olhos fecharam-se assim que ouvira o bater da porta.
Seus longos cabelos castanhos estavam caídos pela sua face, deixando uma pequena fresta em seu rosto, com o cenho franzido, ouvia as vozes dos demais por detrás da porta.Após abrir os seus olhos, não tardaram para que lágrimas quentes rolassem pelo seu rosto, suas unhas cravaram a sua coxa, assim,suspirou. Olhou à volta, secou as suas lágrimas com o dorso da mão quando verificou oque já sabia, estava só.
Com a respiração ofegante, procurava em sua mochila, a sua bomba asmática, sua mente se dissipava, obrigando-a lembrar.Um sorriso fraco, surgiu, assim que achou oque tanto almejava.
— Eu já não a suporto mais — dissera alarmada — Essa, essa,essa...menina, vive com aquela cara de coitada, sempre — dera ênfase — com a cara enfiada nos livros e ela vive com aquele colar de cima para baixo só, para me tirar do sério
— É o único objeto que...
— Restou depois da morte de Luísa — concluiu, após interrompê-lo — Também estou farta dessa história, mas ela, em vês de o colocar no pescoço, não — novamente, dá em ênfase — fica com ele nas mãos — olhando-o fixamente nos olhos, apontou o seu dedo indicador para o mesmo e dissera: — Só para me atazanar!
Ilsa franziu o cenho ao encostar a sua face à porta.
— Tente ser compreensiva — dissera o seu pai — Ilsa...Ilsa, é uma boa menina...
— Eu só quero um tempo, um tempo até, a nossa Jolie nascer sim?
Fora involuntário não franzir o cenho perante ao silêncio, por um momento, pensara em invadir o quarto e dizer-lhes, oque tanto guardava, mas faltava-lhe coragem
— Eu a deixarei com a Mórag por alguns tempos
E, também, faltava-lhe um pai.
Assim que passara a sua pequena crise de asma, após pegar a sua mochila, saíra às pressas da sala de Bannerman High School.
Seus passos eram largos, apesar dos seus olhos se encontrarem fixos ao caminho que seguia, sua mente, mais uma vez, ocupava-se com mais uma de suas tristes lembranças.— Ai — reclamou Ailsa, assim que o ombro da Ilsa chocou agressivamente com o seu.
Porém, Ilsa ignorou-a completamente e continuara com o seu trajeto.
— Bawbag¹ — balbuciou Ailsa.
Com o cenho franzido, claramente chateada, agarrou firme à alça de sua mochila.
Uma pequena observação, a mochila era totalmente rosa, possuía alguns desenhos de borboletas nelas, o facto é, Ailsa odeiava de todo aquela mochila, não por conta da cor, não era nada com as borboletas, mas sim pelo facto de seu pai ter à dado como pedido de desculpas por não ter, novamente, comparecido ao seu aniversário.
A cor da sua mochila, demostrava claramente que o seu pai não a conhecia, se a conhecesse como dizia conhecer, saberia que a sua cor favorita era amarelo.Os seus olhos verdes arregalaram-se de leve quando vira o seu professor sair em uma das salas, sem que perdesse tempo, correra em sua direção.
Havia mais uma coisa que Ailsa detestava, e era o seu uniforme escolar.
O casaco preto, as saias da mesma cor, e as meias calças à condizer, sem mencionar a gravata cinza que tinha de usar juntamente com a camisa branca.— Professor Muir! — o mesmo, parara de caminhar e virou-se. Porém, Ailsa, se encontrava ofegante, e agachada com as mãos apoiadas nos joelhos — Ainda bem que... O encontrei, eu preciso... Que me dê... — dissera ao recompor-se e assim, olhara a volta.
— Caso você, tenha se esquecido onde está, senhorita Raid, eu a lembrarei, estamos em uma escola — dissera com humor
— Sim eu sei, mas, eu estive a olhar e vi que, corro o risco de reprovar à Matemática.
Professor Muir, esboçou um leve sorriso ao dizer: — Precisaste que o simestre terminasse para que pudesses concluir isso? — Porém, aborrecida, Ailsa não o respondeu — Eu nada posso fazer Ailsa, sinto muito.
Fizera menção de se ir embora, mas impedindo-o, Ailsa colocou-se no seu caminho.
— Por favor, o senhor sabe como minha mãe é, ela não me deixaria comer na mesma mesa que ela se eu reprovasse à alguma matéria, principalmente — dera em ênfase — Matemática, ela é louca por números e tal. — vendo a cara de desconcendência do Professor Muir, tornou a dizer — De certeza que há algo que eu possa fazer para salvar a minha nota.
O Professor Muir pareceu pensar, pois tirou cuidadosamente os óculos de grau e massageiara as suas têmporas, os olhos de Ailsa se encontravam semi-cerrados, esperançosa
— A tua sorte, é que eu gosto de ti — dissera o professor.
O sorriso que Ailsa esboçara era enorme, assim que vira o seu professor virar os calcanhares e entrar na sala que saíra minutos atrás, não se fez de rogada e seguiu-o.
— Eu te darei uma décima terceira chance — Ailsa fizera uma careta — Um último trabalho — alertou — Quero que faça uma pesquisa acerca da história da Matemática, você terá a ajuda dos meus melhores alunos — e dito isso, inclinara-se de leve, enquanto escrevia em um papel, sobre sua mesa
— Então, é um trabalho em grupo...
— Não é um trabalho em grupo, você apenas terá uma pequena ajuda — dissera ao entregar o papel
Ailsa lia o papel de cenho franzido: — É só um trabalho de Matemática, Ailsa. — tranquilizava o professor.
Esse é que é o problema, pensou.
******************************
¹ Escroto
Primeiro capitulo aí, gostaram, odeiaram, oque tenho que melhorar?
Deixem nos comentários, sim?XO
VOCÊ ESTÁ LENDO
Matemática
ParanormalPorquê você clicou nesse livro? Deixe-me adivinhar, talvez você o clicou pelo título estranhamente peculiar do livro, talvez a capa tenha te convidado silenciosamente à isso, ou você é um amante NATO da matéria? Eu poderia dizer para que sigam em fr...