yeontan 🐾 taekook

two: 🐾🐾

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Minha segunda visita a casa de Taehyung foi mais informal, no aniversário de dezenove anos dele, onde ele quis fazer uma pequena comemoração, apenas família e amigos.

Na escola, éramos um grupo fixo de sete pessoas, embora também tivéssemos amizades com outras. Até dos amigos do Taehyun, meu Tae era amigo (até porque tinha um era mais velho que eu, humilhante). Extremamente sociável, diferente de mim, que era amigo mesmo só de Hoseok hyung e Seokjin hyung, dos outros era apenas colega.

Na festinha, eu descobri que Hyejin não era ameaçadora assim à toa. Seu pai também tinha sido policial e só faltou me fuzilar com os olhos quando Taehyung me apresentou como namorado.

A festa tinha mais bebida do que comida, já que comemorava a maioridade do meu namorado. Eu, mesmo tendo dezessete, era autorizado pelos meus pais a beber com moderação.

Mas, quando eu toquei a garrafa de licor de menta, Hyejin surgiu na minha frente que nem mágica e me olhou com reprovação.

— Pegue refrigerante, Jeongguk — ela disse, e, não, não era sugestão. Era ordem e eu obedeci, morria de medo dela.

Depois de beber no mínimo uns dois litros de Coca-Cola e dançar um pouco com Taehyung, eu precisei ir no banheiro e subi até o andar de cima, porque o banheiro do térreo estava uma zona. Abri o portãozinho que impedia que Yeontan descesse as escadas e fui até o banheiro.

Assim que entrei no cômodo, ouvi um latido e suspirei. Eu sabia, eu sabia que o cachorro me odiava.

Mesmo com medo de ele tentar morder meu pau, eu fiz o que precisava e sobrevivi, apesar dos latidos estridentes e as mordidas na minha panturrilha.

— Yeontan — eu suspirei e depois de lavar as mãos, tentei me aproximar. Ele latiu mais, e eu me abaixei na frente dele. — Yeontan, eu juro que sou gente boa! Por favor, cara, seja legal comigo. Eu nunca machucaria o seu pai, eu juro. Eu amo ele. Nossa, amo muito, mesmo que ele nem saiba. Seja compreensivo, eu só quero deixá-lo feliz.

Em resposta, o cachorro latiu e sentou sobre as patas traseiras, e de alguma forma parecia me olhar desconfiado, mas um pouco mais calmo.

— Obrigado, cara — falei e levantei. Abri a porta do banheiro e lá estava Hyejin, me encarando.

— Você fala com cachorros agora, Jeongguk? — disse, quase debochada. Eu corei extremamente e abaixei a cabeça.

— Você ouviu, senhora Ahn? Hm, me desculpe...

— Por que está de desculpando? Eu, hein. Agora eu acredito um pouco mais que você realmente goste do meu filho, já que você até conversa com cachorros por ele, mas não esqueça que eu luto Muay Thai.

— Sim, senhora, não esquecerei.

— Agora vai, garoto, e pode beber um pouco daquele licor. Um pouco.

Eu obedeci imediatamente e voltei lá pra baixo, um pouco mais relaxado depois de beber para dançar com meu namorado.

Dançar... Pft! Taehyung dançando não é como qualquer pessoa. Ele dança tão bem, rebolando e se deixando levar pela música. Era lindo de ver, mas excitante quando ele ficava se esfregando em mim, bem na pista de dança, aquele despudorado.

— Taehyung — eu coloquei as mãos na cintura dele e escutei ele rir baixinho, apesar da música um pouco alta. — Tae, estamos no meio das pessoas, meu Deus! Sua mãe me mata se vê isso aqui, sabia?

— É? Hum, que pena, Jeonggukie — ele se afastou e me olhou, sorrindo de lado. — Vou ter que dançar assim com outra pe-

Antes mesmo dele terminar de falar, eu grunhi e o puxei de volta pra mim, agarrando sua cintura. Ele riu e virou de costas mais uma vez, voltando a dançar daquele jeito enlouquecer. Eu rezei para Hyejin não ver isso.

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Uma hora e meia mais tarde, a festa acabou. Eu fiquei até o último momento ajudando a organizar as coisas e quando vi, já eram três da manhã.

— Omma — Taehyung chamou Hyejin, que estava varrendo o chão. — Está muito tarde, são três da manhã. O Jeonggukie mora longe, ele pode dormir aqui?

Hyejin ficou intacta, parada, paralisada, congelada, por no mínimo um minuto. Acho que ela nem conseguia acreditar na nossa coragem e ousadia de pedir isso. Depois, respirou fundo.

— Ele dorme no sofá — decretou. — E se ele for pro seu quarto no meio da noite, acredite, Tae, eu vou saber.

— Sim, senhora — Tae ironizou e Hyejin me olhou.

— Sim, senhora — falei sério e a vi sorrir satisfeita antes de chamar a esposa pra perguntar onde tinham cobertores.

Vinte minutos depois, eu estava acomodado no sofá desconfortável na sala escura e fria, já que o aquecimento do lugar não era tão bom quanto do resto da casa. Me tremendo sob três cobertores, eu ouvi passos na escada e me encolhi, morrendo de medo de ser um fantasma ou um assaltante.

— Ggukie — escutei a voz grossa e rouca de Taehyung e relaxei. Ele surgiu na minha frente.

— Tae, sua mãe me mata se vê você aqui.

— Ela não vai ver — ele riu e se enfiou debaixo dos edredons comigo, ficando no meu colo, com o corpo deitado sobre o meu. — E ela só nos ameaçou quanto a você ir no meu quarto, não disse nada sobre eu te fazer companhia aqui.

— Você é completamente inconsequente.

— Sou, é? — ele ergueu as sobrancelhas, dizendo de forma provocativa. — O que você acha dessa inconsequência aqui, Ggukie? — ele se mexeu no meu colo, quase rebolando. Eu arfei.

— M-muito inconsequente e... E irresponsável.

— É? — ele sorriu e rebolou, agora forte, roçando nossos membros. Eu gemi e apertei sua cintura.

— Hyung...

— Já que você acha inconsequente, Gguk, acho que vou parar — ele disse, parando de se mexer e se ajeitando pra levantar.

— Tae.

— Lide com as consequências, Gguk — ele riu e levantou. — Boa noite — disse e sumiu da minha vista, subindo as escadas.

Eu suspirei, frustrado.

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No dia seguinte, eu acordei com algo molhado no meu rosto.

Tentei ignorar, mas era estranho. Quente e áspero. Quando abri os olhos, lá estava Yeontan, lambendo meu rosto.

Depois de empurrar ele, eu ergui os olhos e lá estavam Wheein, Hyejin e os dois Taes, segurando uma risada que soltaram quando eu os notei.

Eu suspirei e limpei o rosto com a mão.

— Jeonggukie... — Tae disse sem fôlego pelas risadas. — Eu nunca mais beijo sua boca — e riu mais. Até Hyejin ria.

— Eu nunca mais beijo o Tanie! — Taehyun disse rindo e eu bufei, sentando no sofá e esfregando os olhos.

— Vocês são péssimos — murmurei.

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(PUBLICADO EM 19 DE AGOSTO DE 2019 COM 1055 PALAVRAS)
(REVISADO E REPOSTADO EM 29 DE NOVEMBRO DE 2019 COM 1095 PALAVRAS)