Prólogo - Chittaphon

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Hm... Oi?

Eu nunca tinha escrito nada na minha vida, não nada, nada que alguém realmente fosse ler.

Por onde eu deveria começar? Eu posso chamar isso aqui de página 1? Prólogo? É difícil pensar em algo e o colocar no papel.

O básico seria a apresentação, certo? Então, okay.

Meu nome é Chittaphon Leechayiapornkul, eu sou tailandês e atualmente estou com 28 anos. Sim, eu sou um velho falando nada com nada.

Mas bom. Acho que já sei por onde começar.

Irei começar por onde tudo literalmente começou, no dia em que a minha mãe me deu um carrinho de controle remoto que eu tanto pedi para ela, mas junto de um presente bom, veio uma notícia ruim, duas na verdade, pelo menos para mim foi, mesmo que hoje em dia não tenha sido de fato algo ruim.

Bom, eu estava tranquilo, em meus sete anos de vida, fazendo desenhos no meu caderninho e deitado no chão do quarto.

Escutei meus pais chegando em casa, então dispensaram a minha babá e me chamaram.

Realmente sempre fui muito animado, em menos de um minuto, eu já estava abraçando a minha mãe e gritando agradecimentos pelo presente incrível que ela havia me dado, claro que agradeci muito ao meu pai, mas sempre fui mais próximo da minha mãe, na minha cabeça, ela merecia mais.

Então, enquanto meu pai me ensinava a como controlar o carrinho, minha mãe se sentou no sofá e chamou a minha atenção.

Foi aí que ela fez a maldita pergunta:

"Chittaphon, o que você acharia de ter um irmãozinho?"

Olhei para ela confuso, até larguei o controle nas mãos do meu pai e fiquei a olhando por muito tempo.

Na verdade, foram apenas alguns segundos, mas eu tinha sete anos e pareceu, na minha cabeça, que foram por horas seguidas.

Mesmo que eu não tivesse dito nada, ela disse que estava esperando um bebê, eu fiquei frustado, mas mesmo tempo fiquei feliz, porque meus pais estavam felizes.

Então veio a segunda bomba.

"Você precisa aprender coreano." Meu pai brincava comigo, enquanto eu olhava para a caixa do brinquedo que continha escritas em coreano.

"Por quê?"

"Nós iremos morar na Coréia do Sul no próximo ano, papai vai ser promovido."

Meu Deus, eu era uma criança tão azarada, além de ter que dividir o amor dos meus pais com outra criança, eu iria ir para outro país!

Porém okay, está tudo certo e estou vivendo bem na Coréia.

No meu primeiro dia lá, meu coreano era péssimo, mas minha mãe disse que eu tinha que fazer amizades, então me mandou para a rua brincar com os meninos.

Eu fiquei na calçada, brincando com um graveto e pensando como eu iria fazer amizade com aqueles garotos estranhos.

Mas então um menino se aproximou de mim, ele era diferente do que eu costumava ver na Tailândia, era completamente diferente de todos os meus amigos na minha antiga escola, mas ele era engraçado.

Na verdade, ele era muito engraçado, ele era uma criança tão esquisita.

Doyoung se tornou o meu melhor amigo em pouco tempo, nos tornamos muito próximos rapidamente, ele fez parte da minha vida, eu não sabia mais como viver sem ele.

Foi essa a minha curta trajetória, o básico que eu tinha de fato que dizer, antes de realmente chegar no assunto que pensei antes de começar a escrever isso aqui.

E sobre o que exatamente é isto?

Isso é apenas como me meti em confusões e estive fodido por causa encrencas e, mais encrencas.

Mas tudo se resume em como eu acabei conhecendo o amor da minha vida.

how I meet you || chittaphonOnde histórias criam vida. Descubra agora