POV Lauren
Eu sentia tanta vontade de rir que tinha que manter minha boca ocupada comendo o tempo todo. Camila me lançava olhares vazios e de vez em quando eu podia ver um brilho divertido e fugaz neles. Ah, se minha família soubesse o quanto eu queria subir de volta para o quarto com minha esposa... por mais que não me sentisse preparada para transar com ela, eu me sentia muito atraída por ela. Lembrar dos beijos de Camila me fez corar imediatamente, a lembrança invadindo minha mente e me fazendo perder o fôlego por alguns instantes. Consegui disfarçar conversando sobre jardinagem com a mãe de Camila, que era uma verdadeira entusiasta do assunto. Mas as lembranças da boca quente de Camila em meu pescoço teimavam em invadir minha mente de tempos em tempos. Os lábios dela eram perfeitos, e se encaixavam nos meus de uma forma que me enlouquecia. Camila tinha um gosto refrescante, e suas mãos eram quentes e habilidosas. Ela me tocava de um jeito que me fazia perder o juízo, e eu percebia, a cada minuto que passava com ela, que acabaria me fudendo nesse casamento. Fosse ou não verdade tudo o que Camila tinha me dito na noite anterior, de uma coisa eu tinha certeza: eu me apaixonaria por ela.
A cada vez que os olhos castanhos dela se acendiam quando ela me olhava, a cada vez que ela me beijava com tanta paixão e carinho, a cada vez que o corpo dela ficava em cima do meu, a cada sorriso, a cada toque, a cada risada que ela me fazia dar, eu dava um passo em direção a minha perdição. Eu seria dela, completamente, mais cedo ou mais tarde. Eu só podia esperar que Camila tivesse sido sincera comigo. Não sei se aguentaria descobrir que ela tinha mentido para me manipular a fazer o que ela queria. Observei Camila trocar olhares com Dinah Jane, e logo ela sussurrou em meu ouvido que eu deveria sair para conversar com minha família. Ela seguiu Sofia e Dinah Jane até uma das sacadas da sala de jantar, enquanto eu pedia licença a Sinu e Alejandro para seguir com minha família até a outra sacada. Meu pai ficou na mesa com Alejandro, enquanto Sinu seguiu com as mulheres mais velhas da família de Camila até a cozinha. Era hora de contar uma fanfic daquelas sobre a minha noite de núpcias com a Assassina.
"Conte tudo o que aconteceu", disse Lucy, assim que as portas da varanda se fecharam atrás de mim.
"Ela te machucou? Eu vou matá-la, eu juro, foda-se quem ela é, eu vou matá-la se ela tiver te machucado", Chris perguntou, enquanto verificava meus braços, meu rosto e todas as outras partes visíveis do meu corpo.
"Essa filha da puta merece que alguém enfie uma bala no rabo dela", esbravejou Taylor. Vero se manteve silenciosa ao meu lado, seus olhos castanhos me fitando atentamente. Respirei fundo e comecei a contar minha história.
"Ela não me machucou", eu disse, firme, e percebi que Chris me olhou incrédulo, enquanto Taylor soltou uma risada irônica. Minha irmã obviamente achava que eu estava mentindo. Fiz sinal para que ela se calasse quando abriu a boca para protestar.
"Ela é fria, cruel, dura, não sabe conversar direito, parece não ter nenhum interesse mais profundo em mim, mas não me machucou. Eu a enfrentei, não a deixei me tomar como se eu fosse uma prostituta qualquer. Mas eu a deixei me tomar", disse, com um brilho de desafio em meu olhar, "nos meus termos, do meu jeito", continuei. Vero estreitou os olhos em minha direção. Meus irmãos continuavam agitados, proferindo impropérios e ameaçando a vida de Camila. Minha mãe permaneceu silenciosa, mas vi em seus olhos tristeza e pesar.
"E como foi perder a virgindade para a Assassina?", perguntou Lucy, me encarando sem piscar. Engoli em seco. Conhecia minha prima o suficiente para saber quando ela não acreditava em algo.
"O pau dela é mesmo enorme e grosso?", perguntou Vero, trocando olhares significativos com Lucy. Chris arregalou os olhos.
"Ela não... ela não colocou aquela coisa em você, não é?", disse meu irmão, o rosto vermelho de raiva.
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Consequences
Fiksi PenggemarUm casamento arranjado. Duas famílias unidas pelo dever e pelo crime. Duas pessoas unidas pelo amor.