Isabela

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Nome de nascença era Isaias

Mas sempre se considerou donzela

Rejeitada em sua moradia

Sempre a mercê de sua cidadela

Pobre princesa presa em grades masculinizadas

Mesmo em zombaria do destino teve forças pra voar

Infelizmente de Ícaro e Sol é feito o mundo

Suas asas se desfizeram de par em par

Pena por pena, lagrima por lágrima

Maculando um coração sofrido, porém ameno

A queda foi brusca e o choque demasiado

Mas não quebrou seus sonhos dourados

Pois seus pés ainda aguentavam a caminhada

Porém quando menos se espera foi apunhalada

Por criaturas disfarçadas de ovelhas bem aventuradas

Por trás de bondade e simpatia, monstros se retorciam

Com presas ferozes, insanos e sedentos

Pelo sangue de pequenos e pequenas

Que fossem diferentes de seu circulo animalesco

Emboscada e sem saída, viu-se perdida sem mãos amigas

Miocárdio fraco, cansado e sofrido

Foi devorada sem piedade ou intercessão ou abrigo

Seres ferozes rasgaram seu corpo pequeno com violência

E pela terra virou semente, pois Gaia tem clemência

Vocês nunca ganharam o reino dos céus

Assassinando tamanha alma benevolente

Que os céus lhes dobrem raios, dores e serpentes

Enquanto Isa a bela voa com suas majestosas asas celestiais

Rumo ao paraíso que sempre lhe foi negado em terra fria

Por seres de alma e existência emboloradas e vazias

A bela musa agora pinta o céu de dourado

Com seu sorriso imenso, doce e iluminado. 

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⏰ Última atualização: Aug 26, 2019 ⏰

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