Ao encontro do amor

Revelando a verdade

Conversei mais um pouco com meu primo e o fato de Lais pensar que vai casar com outro que não seja eu me perturba, então me afasto dele e vou ligar para meu pai, preciso confessar a ele o que descobri e dizer que vou entrar em contato com ela. Depois de quase duas horas tentando convencer meu pai que era o melhor a fazer, pego o telefone me sentindo um adolescente bobo e ligo para minha amada.

ligação on:

- Alô? - ela atende após alguns toques.

- Lais sou eu Wendel. - ouço a respiração dela dar uma alterada. - Preciso lhe falar pode me ouvir agora?

- Pode falar. Algo errado?

- Lais eu quero me desculpar com você por não ter ido ao nosso noivado, vou fazer isso depois pessoalmente, mas estou muito mal com o fato de você ter estado lá em casa e eu não a vi e por favor quero que entenda que não foi por que quis. - começo tentar me explicar com  medo de levar um fora. - Pessoalmente vamos falar de nossa união, mas por hora me diga que me perdoa e que podemos ficar nos falando até que eu possa voltar e estar pessoalmente com você. - falo para ela e meu coração está descompassado imaginando se ela vai me dar um fora.

- Eu não estou entendendo nada. Sei que nunca foi me dito o nome do meu prometido, mas pelo que seus pais me deram entender estou prometida a seu primo, apesar de estar achando estranho ele não me ligar e sim você e outra ele já ter namorada.

- Laís o seu noivo sou eu. - digo e sinto que ela ficou calada, agora meu desespero se dá em não ser aceito por ela.

- Wendel pode me ligar outra hora? Preciso mesmo desligar. - ouvir ela dizer isso me matou por dentro, ela não me quer, com certeza vai desfazer o trato com papai e eu estou entrando em desespero.

- Claro. Até outra hora. - digo e desligo a chamada sem esperar mais.

Jogo-me no sofá esgotado, demorei tanto tempo para encontrar o amor e quando ele chega, sinto-me mal por sentir que sou rejeitado, eu na verdade estou amando sozinho e não sei o que pensar ou fazer.

Lais narrando:

Quando ouvi a revelação que ele fez, minhas pernas fraquejaram, as lágrimas rolaram em meu rosto e eu não sabia se gritava ou chorava de tanta felicidade. Sinto que ele está fazendo por obrigação e não por vontade própria e me vejo casada com uma pessoa que amo tanto que chega a doer dentro de mim, mas que porém não me ama. Precisei encerrar a chamada, não tinha como continuar falando ele veria minha emoção e não sei como vai reagir ao fato de ter que casar com alguém que vai amá-lo só.

- Oi? - Lili entra no quarto e fica olhando para mim e para o celular em minha mão. - Algo errado com seu aparelho?

- É ele. - digo e as lágrimas rolam no meu rosto.

- Ele? Não entendo Lais fale claro.

- Wendel me ligou e disse que vou casar com ele. Sempre foi ele Lizandra. - digo a abraçando.

- Isso é bom não é? - ela fala sem entender meu estado. - Era isso que queria não era?

- Eu não sei te dizer o quanto estou feliz, mas infelizmente eu acho que só eu amo nessa história, pelo tom de voz dele está casando forçado.

- Isso é ruim, pois só um amando não sustenta o peso do casamento. - ela diz secando minhas lágrimas.

- Eu vou tentar amiga, casar com ele assim e ver se consigo ganhar seu coração.

- Coração de gelo diga de passagem. - ela comenta e eu concordo com a cabeça.

- Tem noção do quanto sonhei com esse momento?

- Não sei como está de pé eu teria desmaiado.

- Eu desliguei na cara dele quase. Estava sem respostas para ele.

- Acredito.

Ficamos deitadas na minha cama conversando mais um tempo e lembrei que deveria contar a meus pais. Descemos a procura de minha mãe para falar para ela e a encontramos na cozinha com um embrulho nas mãos.