Capítulo 4 - A Montanha que Explodiu

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Em uma determinada sala dentro do castelo real haviam vários orbes mágicos, cada um brilhava em uma cor e intensidade diferentes. O de Begin era o único que brilhava com uma luz dourada e também cujo o brilho era o mais intenso.  Um ritual era necessário para vincular o orbe mágico à vida de uma pessoa, sangue era necessário para fazê-lo. Normalmente um orbe de vida teria seu brilho extinto quando o fogo da vida de uma pessoa se extinguisse, no entanto no caso de Begin havia sido diferente, pois o orbe havia se partido. Isso jamais havia acontecido. Ele havia morrido? Ninguém sabia a resposta, mas no silêncio de suas vozes e no derramar de suas lágrimas, todos concordaram que essa era a resposta mais plausível. O Rei estava morto.

* * *

Begin sentia como se sua consciência vagasse. Ele não conseguia se mexer nem falar nem ouvir nem enxergar. Ele estava vivo? Morto? A resposta era incerta, no entanto ele se sentia bem, a sensação que o envolvia era como o abraço caloroso de uma mãe, mas ele era incapaz de compreender corretamente a situação. Ele estava vivo? Deveria estar, mas por que ele não conseguia se mexer? Sua mente se esforçava para encontrar uma resposta, mas era incapaz.

 Ele estava vivo? Deveria estar, mas por que ele não conseguia se mexer? Sua mente se esforçava para encontrar uma resposta, mas era incapaz

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O tempo passou enquanto Begin encontrava-se em um estado indeterminado. Talvez ele estivesse morto mesmo, ele próprio não tinha certeza. Sem que ele tivesse conhecimento disso, centenas de anos se passaram. De repente, ele abriu os olhos. Aquele que esteve dormente por dezenas de séculos estava novamente acordado. As amarras que o mantinham preso não mais tinham força sobre ele,  ele podia sentir, o sangue ardia como chamas e circulava em suas veias, dos pés a cabeça, ele podia sentir cada parte de seu corpo. Ele estava de volta.

* * *

Em uma determinada floresta, havia uma carruagem cruzando-a, passando por um caminho estreito, dois cavalos a puxavam, guiados por um cocheiro vestindo misterioso, que vestia um manto negro. A carruagem tremia conforme cruzava a floresta, talvez fosse devido ao chão, que possuía buracos e desníveis aqui e acolá, mas talvez fosse por outro motivo.

As árvores da floresta eram altas e de densa folhagem, o que cobria quase que completamente a luz do sol. O interior da floresta era frio e coberto por uma rasa neblina cinzenta que mal alcançava a altura do joelho. Conhecida como Floresta da Noite Eterna ou também por muitos outros nomes, havia apenas um único caminho para cruzá-la, no entanto poucos eram os corajosos que o tomavam, muitos preferiam seguir por um contorno ao redor da floresta, pois as histórias que rondavam aquele lugar eram assustadoras o bastante para fazer até homens feitos molharem suas camas. Histórias de pessoas que desapareceram, de ferozes monstros vindos diretamente do inferno, de fantasmas e outras coisas que pessoas assustadas costumam contar.

— Mestre, tem razão que este é o melhor caminho? Esse lugar me dá calafrios... — disse um jovem que estava dentro da carruagem.

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