// Olá, vampirinhos! Aqui estou mais uma vez e agora a trazer uma OneShot do Seoho (OneUs), espero mesmo que gostem.
// Boa leitura, meus amores ❤࿊ ཻུ۪۪ೃ₍🌙₎
Não era a primeira vez que me apaixonava, no entanto, afirmo; era a primeira vez que havia me apaixonado daquela maneira. Contarei-lhes um conto, viver por muito tempo faz-nos ter inúmeras histórias para contar. Há quem diga que viver em demasia é uma dádiva, discordo desta afirmação, houve dado momento que concordara com isto, entretanto, a experiência fez-me ver a realidade ocultada por trás dos anos vividos. Há também quem diz: que quando se tem "bom caráter e espírito equilibrado, a velhice não lhes será um fardo insuportável. Para os que não são assim, tanto a velhice quanto a juventude lhes serão desgostosas."[1] Ora, pois bem, dar razão à estas palavras não é opção e sim, algo inevitável, afinal. Espero não desapontá-los, se pudesse eu recomeçar minha jornada, assim o faria.
Era primavera na Filadélfia, meados de 1858, lembro-me que Abraham Lincoln ainda não era presidente dos Estados Unidos da América, o conheci em algum momento, digo-lhes; sua sede por sangue fascinava-me. Tanto Pittsburgh quanto Filadélfia à época, ambas as cidades eram importantes centros portuários americanos, fazendo com quê inúmeros estrangeiros viessem até o local. Desta maneira conheci o mais belo ser humano que pude ver em toda minha existência. Sentava-me, todos os dias, em algum dos bancos da praça, a apreciar o crepúsculo, mesmo porque conquistara meu pecúlio[2] com herença, havia-me tempo em demasia.
- Admira-me a forma como observa o entardecer. Os últimos raios de sol enaltecem vossa beleza.
Ao escutar as palavras espantei-me, acrescento ainda, ao ver quem as proferiu, senti-me mesmo orgulhoso, tomei consciência que a partir dali estaríamos perdidos justamente por termo-nos encontrado.Falávamos sempre, no mesmo local, ambos a apreciar o cair da tarde e o nascer da noite. Os meses passaram e chegara o momento que tanto almejavámos; nosso primeiro encontro distante da praça. Desde então admitimos que estávamos apaixonados, eu o mais velho, sentia a necessidade de proteger e assim o fazia. Há quem não goste de excesso de cuidado, no entanto, entre nós isso não havia.
Eu amava como nunca havia amado, como nunca mais amei e como nunca voltaria a amar. "O amor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se envaidece."[3] Nosso âmago estava além apenas do carnal, arrisco a dizer: ambas almas estavam em impecável harmonia.
- Vossos detalhes, sejam eles; físico e emocional, são formidáveis. Em toda minha vida, jamais conheci tal beldade! - Afirmava todos os dias.
- Ora, não sejas ufanista! És jovem, como podes afirmar isto com convicção? - Respondia-me sempre.
Certa vez disse-lhe: "poderíamos passar toda a eternidade juntos que meu amor não mudaria, enquanto as águas dos rios descerem, meu amor estará intacto", o sorriso surgiu logo em seus lábios, não zombeteiro, e sim com reciprocidade. Imenso meu apreço, assim como era imenso seu apreço por mim. Infinita sua beleza. Bons tempos àqueles, quando meu coração doía ao pensar na hipótese de nos afastarmos.Era primavera de 1859 quando mudamo-nos à fazenda. A casa era mesmo grande, montei-a especialmente pensada ao amor de toda minha vida. As paredes exteriores pintadas de amarelo "flor do campo" como dizia-me, janelas grandes e brancas, duas em cada cômodo, pois gostava do local arejado e claro. Ao chegar à poucos quilômetros da casa, via-se enorme jardim com flores coloridas, tal como um belo arco-íris as nossas mãos. Havia uma passagem ladrilhada com pedras brancas até a escada para grande varanda, ao lado das escadas, um balanço cor-de-rosa claro. Varanda com assoalho, com tom mais claro que pude encontrar pelas redondezas, ali se encontravam um divã em madeira escura com estofado em creme, cadeiras de balança com as mesmas cores, a mesa de centro em madeira escura. Por dentro toda a casa era em tons pastéis, incluindo os móveis. A decoração era alegre, dizia-me:
- Satisfaz-me cores claras, alegra-me objetos e decorações alegres, ora, ambientes assim nos traz...
- Amor, certamente. - Respondi-lhe.
Passávamos bons tempos juntos, em pouco tempo a fazenda tornou-se nosso paraíso, pomos este nome, afinal.
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Twilight | ONEUS (Seoho)
FanfictionA imortalidade pode ser uma dádiva ou um grande fardo, não depende de ponto de vista e sim de experiência para chegar a uma conclusão. Seoho se apaixonara uma vez, ao crepúsculo encontrou o amor da sua vida, estaria disposto à amar incondicionalment...