the shed and the garden

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FINN WOLFHARD

Ei — Ouço a voz de Jack, que me tira completamente dos meus pensamentos. Nós estávamos sentados em meu jardim, de mãos dadas olhando ao sol se pôr.

— Sim? — Digo, virando o meu rosto para tentar encontrar meu olhar com o dele, o que não foi recíproco, pois o menor continuava olhando para a frente.

— Você... Não acha que nós nascemos em um século muito confuso? — Ele vira o seu rosto e agora sim o seu olhar se cruza com o meu.

— Acho, e acho muito — digo e solto uma risada nasal fraquinha, correspondida com um sorriso do menor — As minhas grandes esperanças já estão ficando baixas. Porque essas pessoas são tão velhas e a maneira que eles pensam sobre tudo. Se eu tentasse, eu nunca saberia.

Ele me olha por um tempo, com brilho nos olhos e antes de começar a falar é interrompido por meu pai.

— FINN WOLFHARD, VENHA AQUI AGORA! — meu pai berrava, com uma garrafa na mão quase vazia, ainda havia líquido dentro. Soltei a mão de Jack e rapidamente corri até dentro de casa, com um olhar furioso.

— Quantas vezes eu já disse que eu não quero esse garoto aqui? — meu pai se vira de costas, deixando a garrafa na mesa.

— Mas pai eu...

— QUANTAS VEZES, FINN WOLFHARD? — ele gritou e eu fechei meu punho, sentindo minhas unhas entrarem em minha pele.

— Diversas vezes. Mas Jack e eu somos amigos. Melhores amigos. — Deixo escapar um sorriso bobo de meu rosto e em um movimento rápido meu pai tira uma arma de dentro de seu bolso e me segura pela gola da minha blusa, colocando a arma em minha cabeça.

— Escute aqui — ele disse em um tom rude e sério — se você beijar um garoto, eu atiro em você? Você me entendeu? Atiro em você.

Em um rápido movimento, chuto as suas genitais e o empurro com força, fazendo o mesmo cair no chão e a arma se soltar. Enquanto ele reclamava de dor pego a arma do chão e uma fita isolante. Prendo-o com a fita e levo-o até o porão. Jogo ele no chão do porão e o tranco ali dentro.

Voltei para o jardim, onde encontrava Jack levantado com uma expressão assustada em seu rosto.

— Finn, o que acon... — o interrompo com um beijo, colocando as minhas duas mãos em sua nuca.

Sinto os pelos no menor se arrepiarem e ele demora um tempo até retribuir o beijo, porém retribui e segura meu pulso, que levava a minha mão até sua nuca.

Após um tempo ele separa os nossos lábios e o som de nossos lábios se descolando me arrepia inteiro. Ele morde seu lábio e nós nos encaramos por um tempo.

Ele sorri, o que me faz sorrir também.

Em um simples ato, o empurrei contra o chão, me deitando por cima dele novamente e beijando-o.

Ele retribui novamente e já pede passagem para a língua. Permiti, deixando escapar um sorriso entre o beijo.

Tento tirar a sua blusa, mas o menor separa os nossos lábios novamente.

— Finnie... — ele diz e engole um seco — você tem certeza disso?

— Nunca tive tanta certeza de algo — Sorrio — Você quer? — Arqueio as minhas sobrancelhas.

— E-eu quero sim... Eu só tenho medo do seu pai, sabe, dele que-

— Meu pai apontou uma arma em minha cabeça — os olhos de Jack se arregalaram — e disse que se eu beijasse um garoto, eu estaria morto. Então eu o prendi com fita isolante e o tranquei no porão. E agora eu tô no meu jardim, querendo foder com o meu melhor amigo. — Falo de uma vez e vejo Jack dar uma breve risada.

— Tudo bem, nós vamos sobreviver — ele diz e dá um sorriso sem mostrar os dentes.

Puta que pariu, eu amo esse garoto.

Ele volta a me beijar, pousando suas mãozinhas em meu rosto. Retribuo na mesma hora colocando minhas mãos na sua cintura.

Já podia sentir minhas calças ficarem apertadas. É claro, é difícil conseguir uma ereção quando você está acostumado com a rejeição.

— Tem certeza que posso ficar aqui, não é? — dizia pra Jack, colocando minha mala em seu quarto.

— Claro, fique aqui o quanto precisar — ele sorri, deixando um beijo na minha bochecha. Dou um sorriso fraco, me sentando na sua cama, e olhando para baixo, com uma expressão triste.

Eu não me sentia bem, por mais que odiasse o meu pai.

Eu não seria capaz de fazer isso com um ser humano, por mais que eu o odeie.

— Ei... você tá bem? — Jack se senta e põe sua mão em minha perna.

— Eu me sinto mal por isso, Jack. Eu não deveria ter feito isso — olho para ele, que se entristece ao ver meus olhos se enchendo de lágrimas.

— Ei, não fique mal por isso Finn. Pensa, se ele teria a mesma dó e receio que você está tendo agora. — assim que Jack diz, desvio o olhar. Jack tinha razão. Eu era o filho que eles desejaram nunca ter tido. — Ele teria?

— Não. Eu sou um otário por me sentir assim por alguém que não se importa.

— Isso é a prova que seu coração é bom demais em meio à uma sociedade rude. — ele diz e imediatamente um sorriso surge em meu rosto. É incrível como eu me sentia bem ao lado de Jack.

— Obrigado — digo e ele sorri.

— Não precisa agradecer. Nem sempre os pais estão certos, Finnie. — ele diz e eu não pude me segurar. Comecei a beija-lo.

🏳️‍🌈

caso vocês tenham um pai homofóbico, prendam ele no porão e vão transar com ê melhor amigue de vocês no jardim, eh isto :)

KKKKKKKKKKKKKKé meme ok? ok.

parents [ + fack ( one shot ) ] Onde histórias criam vida. Descubra agora