Capítulo 3

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Aeduuard Scarbrough

Os dias em Lucis se passavam muito calmos. O único movimento que eu via eram dos comerciantes que se amontoavam entre as esquinas. Minha mãe Mirley, exercia as funções do lar pela manhã e eu saia em busca de serviços diversos, eu fazia de tudo um pouco, cuidava de cavalos, entregava encomendas, ia para o campo. A única preocupação era se não tivesse algo para fazer.

Naquela manhã eu havia feito entregas de carne de porco para um açougueiro, eu tinha ganhado uns quilos de carne e orelhas de porco, com aquilo e então iria para casa com muita alegria.

Atravessava a grande cidade, ela parece que crescia a cada dia, pessoas de várias partes.

Conseguia ver o movimento do grande mercado de carnes, eu podia escutar alguns sons de animais abatidos, era um pouco incomodo o barulho, mas dava pra conviver. A cidade era de uma aparência escura por conta do tempo nublado, as casas feitas com pedras rígidas e outras de madeira de carvalho escuro, complementando tudo. E das poucas algumas vidraças como decoração, claro que era apenas para quem podia.

Minha casa ficava em uma rua estreita um tanto escondida. Os casebres cinza faziam o aspecto de grande cidade cair, em meio as pequenas periferias que se amontoavam por vários pontos, nem todo tinha condição de morar no centro ou na zona leste, onde haviam cenários coloridos e aconchegantes para moradores ricos. Era simples mas era nosso, a alegria pairava alí.

Quando vou seguindo o caminho, ouço vozes, penso em parar mas sigo, no entanto ouço meu nome.

Aeduuard!

Eu reconhecia aquela voz, talvez um pouco diferente, mas era uma voz familiar. Quando me viro, me deparo com Brawley, o mesmo Brawley que eu conhecia, só que mais forte e imponente em sua armadura de ferro. Vejo que está em companhia de outros soldados, e também uma jovem que chama minha atenção, tão branca e com cabelos negros, muito bonita por sinal, usava uma coroa, a rainha? Antes que eu possa me dar conta se era ela ou não, a jovem está desmaiada, os outros a seguram e eu vou em sua direção. Brawley e um outro soldado de cabelos ruivos a seguram. Corro até eles.

- O que aconteceu? - Pergunto aflito.

- Ela estava procurando você. - Afirmou Brawley.

- Porquê a mim? - Eu interrogo, o que ela poderia querer comigo?

- Isso você terá que ouvir dela. - Disse um outro soldado de cabelos pretos, que parecia estar muito mais preocupado com o estado da rainha mais do que os outros, ele se oferece para carregá-la, ele sabia bem o que fazia. Acho que ter boa aparência era um dos requisitos para ser um soldado. Até às mulheres eram extremamente atraentes.

- Vamos levar ela para minha casa então. - Eu sugiro apontando a casinha no final da rua, para que possamos seguir caminho.

Os soldados então me seguem, ai acabo me dando conta de que são os cavaleiros da ordem venusiana, não qualquer soldado a paisana, até ali não tinha me dado conta, porém vi um símbolo do que parecia ser um dragão nas suas armaduras.

Chegando em nossa casa eu aviso minha mãe que tínhamos companhia, eu abro a porta velha de madeira para adentrar o casebre, ela se encontrava na área da cozinha, no qual ela sai de lá estabanada.

- Oh por céus o que houve! - Minha mãe elevasse até nós com uma reação de susto. - Jesus é Trea! - Muito surpreso por ela ter chamado ela pelo nome, ao invés de majestade.

The Little Dark AgeOnde histórias criam vida. Descubra agora