Fui acordado pelo toque de mensagens em meu celular, me fazendo grunhir antes de alcançar o aparelho ao meu lado. Em outras ocasiões esse som não teria feito nem cócegas no meu sono, mas além da preocupação pela ligação que recebi no dia anterior, eu já não havia conseguido dormir direito por ter ficado praticamente a madrugada toda pendurado no vaso enquanto meu pâncreas tentava sair pela boca por já não ter mais o que vomitar. Jimin, querendo bancar o obstetra, disse que o meu nervosismo poderia estar fazendo algum mal ao bebê e causando essa reação do demônio. Um conselho de amigo; usem camisinha.
Mamy: Já estamos chegando, provavelmente daqui uma meia hora estaremos na sua casa. Beijos. [10:35]
Arregalo os olhos ao reler a parte "daqui uma meia hora". Porra, eu nem em casa estou.
− JIMIN. – Grito ao perceber que o ômega não estava no quarto, correndo ao banheiro para escovar os dentes. Um nojo ter que reutilizar essa coisa com resíduos de vômito, mas não é como se eu tivesse opção no momento.
− O que foi? O que aconteceu? Você está bem? Já vai nascer? – Em poucos segundos o ômega praticamente arromba a porta do quarto, perguntando todo afobado enquanto vinha até o banheiro.
− Ah, com certeza, Jimin, estou dando a luz a um feto. – Digo irônico com a boca toda cheia de baba e pasta de dente, revirando os olhos.
− Você tem que entender que não pode me assustar dessa forma, seu ridículo. Eu estou todo preocupado com você aqui. – Coloca a mão no peito de forma exagerada.
− Jimin, já disse que estou grávido, e não doente.
− Vai eu dizer isso quando você usa a desculpa de estar grávido pra não fazer as coisas. – Resmunga baixinho e eu taco a escova cheia de pasta na sua testa. – Ai, seu nojento!
− Já disse que você tem zero direitos de reclamar. Enfim, se apresse, precisamos ir para a minha casa, logo meus pais irão chegar e se eu não estiver naquela casa é capaz de eu nem ter chance de me explicar antes de me levarem para Daegu. – Enxaguo minha boca e volto para o quarto. Troco de roupa, já que vestia apenas um blusão de Jimin, calço meus tênis e saio do quarto indo a passos rápidos em direção a saída da mansão.
− Ei, me espere. – Diz enquanto tenta me alcançar, ainda vestindo sua blusa que havia se embolado em seu corpo, provavelmente pela pressa em que se trocou. Ao me alcançar, segura meu pulso. – Se acalme, Yoon, já disse que esse seu nervosismo não vai fazer bem ao bebê.
− Jimin, você tem noção de que me mandaram aquela mensagem a uns cinco minutos, somados a mais uns dez pra conseguirmos sair desse labirinto que você chama de casa, teremos apenas quinze minutos para chegar na minha casa? Então anda logo e ligue para o Namjoon já ir preparando o carro, seu inútil.
− Aish, por que tão insensível? – Resmunga com um bico, pegando seu celular e ligando para o Namjoon. Assim que eu gosto, obediência.
Ao sairmos da mansão vulgo labirintos de Maze Runner, vemos que Namjoon já nos esperava em frente ao carro. Corro para os bancos traseiros, puxando a lesma do meu namorado para que entrasse em seguida.
− Uou, pra que toda essa pressa?
− Apenas mete o pé nesse acelerador, Namjoon, há vidas em risco aqui! – O alfa nos olha confuso, porém dá de ombros e se acomoda no banco, ligando o carro em seguida. Você vê pela falta de interesse alheio que ninguém me leva a sério nesta caralha.
Como a distância da casa do ômega até a minha não era tanta, somada a pressão de um Min Yoongi surtando no seu ouvido para que fosse mais rápido, logo Namjoon já estacionava em frente ao meu lar abandonado.
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Papéis Invertidos - Yoonmin ABO
FanfictionApós passar por seu primeiro cio, Yoongi fica arrasado ao descobrir ser um alfa, pois adorava ser o passivo num relacionamento. Agora sendo difícil conseguir um alfa para si pelo preconceito da sociedade, além de considerar impossível encontrar um ô...