Prólogo

307 10 0
                                    

Escócia, início do século XIV

As guerras entre ingleses e escoceses já acabou há muito tempo de modo que não sou mais necessária aqui... Mais uma vez estou num navio sem saber para que destino seguir, mas era sempre assim, eu entrava numa guerra, escolhia um lado e simplesmente matava. Eu não tenho um nome, nem sei ao certo de onde vim, mas podem me chamar apenas de Van Helsing... O nome que recebi de alguém que não me lembro o nome, mas não consigo me esquecer de seus olhos escuros e de sua voz sombria... Apesar de não conseguir me lembrar com clareza de suas feições, pois me impediam de me aproximar romanticamente de quem quer que fosse, pois sentia medo de me machucar de novo... Esse homem e sua voz horripilante assombravam minhas noites, já que de dia me sentia muito fraca, o sol não me faz virar pó, mas me enfraquece me deixando quase vulnerável... Ainda podia ouvir sua voz nos recantos de minha mente, me alucinando até o limite da loucura.

- Meu amor, você e eu nos encontraremos de novo... Ah minha doce Van Helsing; sinto seu hálito em meu rosto - E então você será minha... Por completo.

E então cravou seus dentes em meu pescoço e me fez beber seu sangue através de um corte em sua mão. Depois disso comecei a vagar sem rumo sempre a procura de sangue e foi assim que fui a encontrada por um grupo de mercenários, liderados por uma mulher, seu nome era Liu kang, e ela era conhecida por sua crueldade. Ela me ensinou a lutar,e a controlar minha sede de sangue já que ela também era uma vampira... E desde então me tornei uma de suas mercenárias,mas nos separamos porque ela precisava voltar para o Japão depois que seus homens foram assassinados e depois disso nunca mais nos vimos ou ouvi falar dela... Mas isso faz muito tempo, mais do que posso me lembrar, não sei como ainda estou viva, talvez seja o sangue que preciso beber com freqüência que me mantenha jovem e bela. Muitos homens já tentaram me subjugar acreditando que não passo de uma moça ingenua e frágil, mas com minha fiel espada mostro a eles que não sou o que aparento ser. Olho meu reflexo pela água do mar e vejo uma mulher jovem de cabelos vermelhos usando uma armadura que parece pesada demais para essa criatura aparentemente frágil, que se reflete no espelho e sorri de modo meigo e ao mesmo tempo frio, carregar. É com essa aparência angelical que atraio minhas vitimas para que assim possa me alimentar do néctar precioso de suas veias frágeis... Eu não gosto do que sou, e juro por todos os demônios do inferno que um dia vou descobrir quem fez isso comigo. Estou distraída em meus pensamentos quando sinto alguém tocar meu ombro, rapidamente Pressiono minha adaga em sua garganta enquanto me viro para encarar quem ousara me tocar. Era um homem de capuz negro, que aparentemente estava se divertindo com a possibilidade de que eu o matasse.

- Você é a famosa Van Helsing? - Eu não digo nada; se for eu esperava encontrar alguém mais forte.

- Cale - se verme! - Pressiono ainda mais minha adaga em seu pescoço até sair sangue, o que parece não o incomodar; quem é você para me chamar de fraca?

- Me chame de Lúcifer; ele rapidamente inverte nossas posições e tira seu capuz revelando ilustres cabelos castanhos acompanhados de hipnóticos olhos azuis e vejo impressionada a ferida de seu pescoço se curar, decididamente ele não era humano - E não me chame de verme, quando claramente posso te matar rapidamente sem que se dê conta... Afinal eu sou Lúcifer o rei do inferno.

- O que quer de mim?

- Sua ajuda; retira a minha adaga de cima de mim - Quero que me ajude a destruir Dracula, aquele maldito traidor!

- Pelo que disse você é o rei do inferno, então pode lidar com ele...

- As coisas não são tão simples assim... Ele me prendeu nesse corpo patético com a ajuda de meus malditos irmãos Rafael, Miguel e Gabriel e agora só posso usar dez por cento do meu poder; ele me devolve a adaga - Ou seja sou tão inútil quanto um humano, pois agora tenho a força de um mero nephilim... Meus irmãos fizeram isso para tomar o inferno de mim e governa - lo em meu lugar... Já que nosso pai está de férias de novo.

- Eu não tenho nada haver com isso; guardo minha adaga - Seus problemas pessoais não me dizem respeito, de modo que não vou te ajudar Lúcifer, então resolva seus problemas sozinho.

- Me ajudando você encontrará quem te transformou em vampira; o olho com expectativa - Então vai me ajudar? Ou não?

- Para onde vamos?

- Para a Romênia... É para lá que esse navio está indo... E é lá que Dracula se esconde já que nessa região está o portal para o inferno, onde meu corpo está guardado; esse sujeito me trará problemas - Como não conseguiram me matar, pois sou o arcanjo mais forte do paraíso, me envenenaram com sangue de vampiro e transferiram minha alma para o corpo deste nephilim e me abandonaram a própria sorte numa Escócia devastada pela guerra na esperança de que de algum modo esses humanos patéticos conseguissem me matar... Leigo engano, pois mesmo nesse corpo desprezível ainda sou mais forte do que qualquer humano... Antes de vir parar aqui pude ler os pensamentos desse tal de Dracula, e você estava neles... De modo que presumi que você era a única que poderia me ajudar a chegar perto dele o suficiente para destruí - lo lentamente.... Muito lentamente e revive - lo de novo e de novo... Até que ele aprenda a não se meter comigo, o príncipe das trevas, Lúcifer...

- Então você pensou em tudo; não era uma pergunta, mas sim uma constatação - O que te fez pensar que eu te ajudaria caro "senhor" do submundo?

- Dessa vez vou perdoar seu sarcasmo Van Helsing... E além do mais assim como eu você quer justiça, e temos um inimigo em comum, e seu nome é Dracula; eu o observo atentamente - Ele te transformou num monstro e tomou meu reino, então o que tem a perder ficando ao meu lado?

- Está bem.... Lúcifer eu vou te ajudar, mas isso terá um preço.... Você terá de me fazer um favor em troca da minha ajuda

- Geralmente essa frase é minha, já que eu inventei esse tipo de acordo... Mas como eu preciso de você, diga - me seu preço bela Van Helsing...

- Quero ser humana de novo... Não aguento mais essa vida... Se é que posso chamar minha existência quase patética de vida

- Não sei porque você ia querer ser humana de novo, mas como não tenho opção; estende sua mão que eu aperto - Aceito seu acordo...

E assim partimos para a Romênia sem que eu soubesse o que o destino me reservava.... E ainda por cima estava ao lado do próprio diabo em pessoa, tinha como ficar mais estranho? Melhor não perguntar, considerando minha atual sorte.

A Origem de uma guerreira Onde histórias criam vida. Descubra agora