Bônus

4.8K 679 189
                                    

🌸🐝

POV Eva

Sai da casa do senhor Grey de cabeça erguida e sem aquele peso nas costas que eu vinha carregando a meses. Quando ele vai entender a cobra que é a namorada dele?

Quantas vezes Ella chamou pelo pai mas ela me obrigava acalmar a menina para não atrapalhar o momento deles. Mas eu sabia que a senhora Ana iria voltar.

O dia em que fui contratada e o senhor Grey me contou a história eu ja imaginei o que estava se passando. E com o decorrer dos dias fui tirando mais coisas dele e montando o quebra cabeça.

Aconteceu o que sempre acontece nesses casos, demoram em perceber. A pessoa não fala e o pior acontece.

Passei a admirar a coragem de Ana, e a pesquisar mais sobre essa doença, mesmo tendo algum conhecimento é sempre bom procurar por algo mais.

Certa vez o senhor Grey me pediu para ajeitar seu escritório e eu acabei achando algumas fotos e a carta que Ana deixou, ela deixou ali seu pedido de ajuda. A carta eu deixei no mesmo lugar, porém as fotos eu fiquei.

Sabe por quê? Ella merecia conhecer a mãe. A mãe que a gerou, a mãe que abriu mão de muita coisa para se tratar e não prejudicar ainda mais uma família linda.

Sim. Eu os via como uma família, pois tenho fé que tudo vai se ajeitar.

Desde esse dia eu comecei a contar histórias para a pequena borboletinha da rainha que ficou dodói e teve que abrir mão do seu reino para ficar boa.
Deixando o rei e a princesa tomando conta de tudo, mas ela sempre voltava no final, mostrava com frequência as fotos de Ana para minha bebê.

Aprendi que podemos potencializar a memória da criança desde os primeiros dias de vida. O melhor é começar pelos sons, música, diálogo, conversar muito, ainda que a criança ainda não entenda, mas está escutando e vendo. Era o que eu fazia com Ella desde bebê, mas Elena sempre arrumava um meio de confundir a pequena. Isso me matava porque o senhor Grey nunca via a maldade.

Até que Ana voltou.

Ela era mais linda pessoalmente e por incrível que pareça todo meu trabalho com Ella deu certo. A borboletinha voou para o colo da mãe.

Nem tudo estava indo bem, o senhor Grey não deu a chance de Ana falar, mostrar tudo que ela teve, e que eu arrisco ainda ter. Pois a primeira conversa deles não foi boa. A peguei no jardim com crise.
Meu Deus, tão nova e passando por isso. Consegui a acalmar, queria poder ter cuidado mais dela, mas eu precisava tomar conta do senhor Grey.

Comecei então a atrapalhar esse namoro que ele tem. Ella era a felicidade do pai, isso não poderia negar, ele ama aquela garotinha, e com isso espero fazer a máscara dessa Elena caia.

Mas não! Os dias foram passando e nada do senhor Grey derrubar essa barreira que ele tem no peito, e a maldita da Elena não ajuda.

Como uma médica pode agir dessa forma?

Mesmo quando uma pessoa com essa maldita doença está fazendo tratamento, haverá momentos em que ela vai se sentir bem consigo mesma, mas extremamente triste com os amigos. Seu humor quase parece ser aleatório, como se seu cérebro estivesse jogando roleta com suas emoções. E é o que está acontecendo com a Ana. Partiu meu coração a sua segunda crise, a rejeição do senhor Grey está acabando com ela.

Ana tem consciência que ele não a esperaria de braços abertos, mas que pelo menos a ouviria, mas nem isso ele fez.

- Há feridas que nunca são vistas no corpo, que são mais profundas e mais dolorosas do que qualquer ferida que nem mesmo nossos entes queridos percebam.

When Love Returns (FANFIC CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora