Phillip subia as escadas para o andar de cima quando ouviu o estrondo de uma porta se fechando.
"Que estranho", pensou. "Não está ventando hoje".
Continuou andando para o quarto de Frida, a fim de lhe levar um cobertor que recolhera do varal.
Ouviu o barulho do trinco se fechando por dentro do quarto quando chegou em frente à porta.
Estaria Frida se trocando? Resolveu esperar alguns minutos até que ela pudesse se vestir, se é que estava se vestindo.
...
George não teve tempo de terminar a frase nem de gritar por socorro. De repente esqueceu-se dos últimos minutos agonizantes que passara no quarto. Ao ver Frida colada em si, confuso, ele perguntou, apenas:
– O que eu estou fazendo aqui?
Frida fez cara de ofendida.
– Ora, você veio me ver! – as vozes deles eram sussurros.
– Ahn... E... Bom...
– Ah, você estava dizendo que me achava linda... – Ela passou as mãos pelo abdômen de George. Ele estremeceu.
– Eu estava, é? – George estava nervoso.
– E você ia me beijar...
– Eu ia, é? – George estava achando tudo muito estranho, mas nem teve tempo para pensar em qualquer coisa. Os lábios de Frida atiçaram-se aos seus.
Era bem provável que George realmente estivesse prestes a beijar Frida, visto seu histórico com as mulheres. Por isso ele nem ligou. Acreditou que era verdade.
Frida envolveu-o com os braços enquanto o beijava e, do nada, soltou-se dele e o empurrou para sua cama. George caiu deitado.
– Ei, calma lá... – Ele disse, rindo para esconder o nervosismo. – Não me lembro de ter tantas intenções assim...
– Você não estava se lembrando de nada George. – Frida agora estava séria.
As mãos delas estavam escondidas atrás das costas.
– Mas acho que não é uma boa ideia, Frida... Eu vou sair...
– Não, você não vai...
George começou a se irritar.
– Olha, você vai me desculpar, mas não sei o que estava fazendo aqui e eu vou embora agora.
Frida sorriu maldosamente dessa vez, calando George. Aquela sensação ruim que ele estava sentindo antes de se esquecer de tudo voltara. Agora ele via a mão direita de Frida sair de trás das suas costas. Havia uma maçã nela.
– De onde isso veio? – Ele perguntou. Não se lembrava de ter visto nenhuma maçã no quarto, e os braços de Frida estavam ocupados demais agarrando-o para que ela pudesse estar segurando a fruta.
– George, George, George... – ela riu – Ingênuo George... Não importa de onde as coisas vêm... O que importa é para onde elas vão e o efeito que causam em nossas vidas... – A maçã começou a murchar na palma da mão de Frida, deixando George apavorado.
Ela largou a fruta apodrecida e ergueu levemente a sua mão.
– Será que você gosta de garotas com unhas compridas, George?
Ele engoliu em seco. Não foi capaz de responder. Não diante daquela visão. A mão de Frida se transfigurava em uma figura escura, amarronzada, e deformada. Dedos longos surgiam, e deles, unhas afiadas cresciam.
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O Cavaleiro e a Princesa
Fantasy'Água, fogo, terra, ar e o quinto elemento. A natureza foi desafiada e mudará seu comportamento. Para que o equilíbrio aconteça, é necessário que o quinto elemento apareça. Uma princesa que não é filha do rei que governa conquistará o coração do úni...