Quando olho para o espelho

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Quando olho para o espelho
Vejo a paz,
Paz que não existe nesse mundo vermelho,
Paz que aqui jaz.
Vejo a minha ganância
Que lentamente vai entrando em concordância ,
Com minha natureza humana,
Onde é tangível a abundância
Que exalta da minha mente insana.
Quando olho para o espelho
Também vejo a hipocrisia
E onde mais ela estaria?
Se não em nossos corpos de mentira?
Ou em nossos olhos de mentira?
Ou em nossa vida de mentira?
Também olhando ao espelho;
Vejo cabelos negros,
Sorrisos imperfeitos
E um mundo de segredos.
Quando olhei para o espelho...
Não vi a escuridão,
Pois só é refletida minha luz.
Afinal...
Nenhum espelho que se preze,
Vá refletir o nada.
Olhando para o espelho
Percebi qual era o jogo
E já era minha jogada.
Tinha uma carta na manga
Porém a perdi no meio da estrada.
Hoje eu improviso
Esperando alguma sorte impensada
Ou um diamante bruto em meio a parada
Quando eu olhar de novo para o espelho
Certamente verei o fim do mundo,
Ou apenas o meu fim.
Sem saber se em todos os segundos
Eu dei o melhor de mim.
Dei o melhor de mim?
O que mais poderia fazer?
Certamente
Não é o espelho que vai me dizer!

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