Capítulo único - O que o destino traçou para nós?

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POV – Bia

Estava ansiosa, era a primeira vez que nos encontrávamos pessoalmente. Por isso escolhemos um hotel para essa ocasião, ela vinha de outra cidade, e eu já havia adiantado tudo. Cheguei uma hora mais cedo, fiz o check-in, preparei o quarto e voltei para a recepção, estava sentada lá conversando com o recepcionista.

A cada carro que encostava na frente do hotel, meu coração disparava, tamanha era a ansiedade. Por fim, quase meia hora depois um carro parou, levantei de onde estava e comecei a andar de um lado para o outro. A porta do carro abriu e ela saiu, as batidas do coração triplicaram quando nós nos olhamos e sorrimos, aliás, nem sei se consegui retribuir o sorriso, mas aposto que sim, era uma boba apaixonada.

Coloquei as mãos no bolso da calça, nem sabia o que fazer com elas, ora mexendo nos cabelos, ora mexendo na roupa. Ela se aproximou e pela primeira vez nos encaramos de frente. Assim como ela, de cima a baixo e não tardou nossos olhos se cruzarem, sorri dizendo:

– Oi!

– Olá!

Tímidas a princípio, dei o primeiro passo e a tomei em meus braços. A sensação era incrível, não tinha como explicar o que eu estava sentindo naquele momento. Passaram-se horas e ainda estávamos naquele abraço. Exagero meu, eu sei, não foram mais do que alguns minutos, a segurei pelas mãos sussurrando:

– Tão bom ter você aqui comigo, parece que estou sonhando.

– Eu não consigo acreditar nisso também, passei quase quatro horas dirigindo e ainda em transe, o tempo não passava e a chegada cada vez mais longe.

– Você nem demorou, foi pontual.

– Cada segundo de ansiedade, valeram a pena, só de estar aqui com você tudo é recompensado.

– Você é perfeita, sabia?

– Não fala assim, fico sem jeito.

– Desculpa...

Nem terminei de falar, os lábios dela encostaram aos meus, foi um primeiro selinho... Primeiro contato de verdade com nossos lábios... Era possível um coração literalmente sair pela boca? Ela encostou a mão em meu peito e sorriu:

– Se controla, não quero perder você logo agora.

– Estou tão feliz por ter você aqui comigo, que nem percebi a intensidade de meu nervosismo.

– Eu também estou nervosa e com medo também.

– Medo?

– Sim, medo de não ser aquilo que você esperava...

– Shhhhh... – agora foi a minha vez de silenciá-la: – Você vai além do que eu simplesmente imaginava que fosse, é muito mais do que eu poderia ter sonhado.

A segurei em meus braços novamente, sorrimos e segundos depois seguimos para nossa suíte. Ficava no primeiro andar, escolhi aquele lugar, porque da janela poderia ver o mar, e ela adora praia. Abri a porta e dei passagem a ela, esperando para ver as impressões.

– Aconchegante e com uma vista maravilhosa.

– Concordo...

Mas, ao contrário do que ela estava falando, eu me referia a ela, não cansava de olhá-la e admirar sua presença, ainda não acreditando que estava ali comigo, de repente, saí um pouco de órbita.

– Hei... – passou a mão em meu rosto, sorri.

– Desculpa, eu divaguei agora.

– Percebi... – sorriu, encaixando os braços em meu pescoço, sussurrou próxima aos meus lábios: – Que tal um primeiro beijo de verdade?

Naquele quarto de hotelOnde histórias criam vida. Descubra agora