George estava emburrado, ouvindo Phillip explicar a Ryan porque Khalil deveria receber uma segunda chance. O dia estava ensolarado e não havia nenhuma brisa soprando. O sol estava tão forte aquela tarde que poderia queimar a pele de qualquer um. Por sorte, Phillip trouxera chapéus para todos, e George estava usando o dele, que o deixava protegido do sol e...
Uma brisa repentina soprou forte, arrancando o chapéu de George e jogando longe o objeto. George foi até ele e abaixou-se para pegá-lo, mas mais uma vez uma estranha ventania bateu e o chapéu voou.
– Mas que droga! – Exclamou George.
O chapéu parou novamente, dessa vez em frente à "Magia e Bruxaria de Hogwarts". George novamente se abaixou para pegar o objeto, e mais uma vez um vento forte soprou, ao mesmo tempo em que a porta da loja conhecida como "Local Proibido" se abria.
Se você for um bom observador, provavelmente já terá imaginado para onde o chapéu de George voou, não é mesmo? Pois bem, você adivinhou: ele voou para dentro da loja.
George nem percebeu que estava entrando na loja mais temida do vilarejo de Hogwarts.
Seu chapéu caiu um pouco à frente da porta e, quando ele finalmente conseguiu pegá-lo e virou-se para sair, a porta se fechou na sua frente, sozinha.
"Que estranho... Será que foi o vento?", pensou. George olhou em volta: a loja estava repleta de artefatos velhos que ele não sabia do que se tratavam. Poltronas cobertas com lençóis e mesas atulhadas de objetos empoeirados. Era muita coisa, para pouco espaço. A parede em frente à porta tinha um balcão de vidro que se prolongava também pela parede à esquerda. As prateleiras abaixo do balcão também estavam abarrotadas com coisas que George não compreendia o significado.
Dois ratos grandes passaram pelos pés de George, e ele se assustou, caindo no chão de madeira velha e levantando uma nuvem de poeira.
– Oh, George! Deixe-me ajuda-lo! – Uma voz de gente idosa acudiu, com ar calmo e paciente.
De repente, de uma porta atrás do balcão, um velhinho com uma barba branca e enorme apareceu. Usava um tipo de chapéu meio estranho e óculos de meia-lua. Suas vestes eram longas. George se perguntou por que ele estava usando um vestido.
Como se adivinhasse os pensamentos de George, o velhinho falou:
– Ah, George, isto não é um vestido. Chamamos de túnica. Venha, dê-me sua mão.
George ficou assustado. Não pegou a mão que o velhinho oferecia para ajuda-lo a se levantar.
– Co-como você sabia o que eu estava pensando?! E como sabe o meu nome? – Ele gaguejou.
– Eu sei muitas coisas, George, coisas as quais você jamais poderia imaginar. Meu nome é Alvo Dumbledore. Sou o dono desta loja. Pode confiar em mim. – Ele sorriu para George enquanto falava.
George então lembrou-se do que a senhora Firesmith havia dito. Aquele então era o velhinho estranho, porém simpático, que todo o vilarejo temia. Ficou com medo de confiar sua mão a ele, e mais ainda de estar ali. Lembrou-se da porta fechando sozinha e do chapéu voando misteriosamente para dentro. De repente, tudo aquilo não lhe pareceu ter acontecido por razões naturais. Seu corpo estremeceu, mas o olhar de Dumbledore era sereno, e George aceitou sua mão.
Quando se levantou, Dumbledore lhe deu as costas e foi para trás do balcão, enquanto falava:
– Estava te esperando há muito tempo, George.
– Me... esperando?
– Sim, e seus amigos também. Onde estão eles?
– Olha, senhor Dumbledore, desculpe, mas eu nem te conheço, como o senhor pode me conhecer e estar me esperando?
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O Cavaleiro e a Princesa
Fantasy'Água, fogo, terra, ar e o quinto elemento. A natureza foi desafiada e mudará seu comportamento. Para que o equilíbrio aconteça, é necessário que o quinto elemento apareça. Uma princesa que não é filha do rei que governa conquistará o coração do úni...