Capítulo 20 - O Velhinho da Loja

2 0 0
                                    

George estava emburrado, ouvindo Phillip explicar a Ryan porque Khalil deveria receber uma segunda chance. O dia estava ensolarado e não havia nenhuma brisa soprando. O sol estava tão forte aquela tarde que poderia queimar a pele de qualquer um. Por sorte, Phillip trouxera chapéus para todos, e George estava usando o dele, que o deixava protegido do sol e...

Uma brisa repentina soprou forte, arrancando o chapéu de George e jogando longe o objeto. George foi até ele e abaixou-se para pegá-lo, mas mais uma vez uma estranha ventania bateu e o chapéu voou.

– Mas que droga! – Exclamou George.

O chapéu parou novamente, dessa vez em frente à "Magia e Bruxaria de Hogwarts". George novamente se abaixou para pegar o objeto, e mais uma vez um vento forte soprou, ao mesmo tempo em que a porta da loja conhecida como "Local Proibido" se abria.

Se você for um bom observador, provavelmente já terá imaginado para onde o chapéu de George voou, não é mesmo? Pois bem, você adivinhou: ele voou para dentro da loja.

George nem percebeu que estava entrando na loja mais temida do vilarejo de Hogwarts.

Seu chapéu caiu um pouco à frente da porta e, quando ele finalmente conseguiu pegá-lo e virou-se para sair, a porta se fechou na sua frente, sozinha.

"Que estranho... Será que foi o vento?", pensou. George olhou em volta: a loja estava repleta de artefatos velhos que ele não sabia do que se tratavam. Poltronas cobertas com lençóis e mesas atulhadas de objetos empoeirados. Era muita coisa, para pouco espaço. A parede em frente à porta tinha um balcão de vidro que se prolongava também pela parede à esquerda. As prateleiras abaixo do balcão também estavam abarrotadas com coisas que George não compreendia o significado.

Dois ratos grandes passaram pelos pés de George, e ele se assustou, caindo no chão de madeira velha e levantando uma nuvem de poeira.

– Oh, George! Deixe-me ajuda-lo! – Uma voz de gente idosa acudiu, com ar calmo e paciente.

De repente, de uma porta atrás do balcão, um velhinho com uma barba branca e enorme apareceu. Usava um tipo de chapéu meio estranho e óculos de meia-lua. Suas vestes eram longas. George se perguntou por que ele estava usando um vestido.

Como se adivinhasse os pensamentos de George, o velhinho falou:

– Ah, George, isto não é um vestido. Chamamos de túnica. Venha, dê-me sua mão.

George ficou assustado. Não pegou a mão que o velhinho oferecia para ajuda-lo a se levantar.

– Co-como você sabia o que eu estava pensando?! E como sabe o meu nome? – Ele gaguejou.

– Eu sei muitas coisas, George, coisas as quais você jamais poderia imaginar. Meu nome é Alvo Dumbledore. Sou o dono desta loja. Pode confiar em mim. – Ele sorriu para George enquanto falava.

George então lembrou-se do que a senhora Firesmith havia dito. Aquele então era o velhinho estranho, porém simpático, que todo o vilarejo temia. Ficou com medo de confiar sua mão a ele, e mais ainda de estar ali. Lembrou-se da porta fechando sozinha e do chapéu voando misteriosamente para dentro. De repente, tudo aquilo não lhe pareceu ter acontecido por razões naturais. Seu corpo estremeceu, mas o olhar de Dumbledore era sereno, e George aceitou sua mão.

Quando se levantou, Dumbledore lhe deu as costas e foi para trás do balcão, enquanto falava:

– Estava te esperando há muito tempo, George.

– Me... esperando?

– Sim, e seus amigos também. Onde estão eles?

– Olha, senhor Dumbledore, desculpe, mas eu nem te conheço, como o senhor pode me conhecer e estar me esperando?

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Aug 28, 2019 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

O Cavaleiro e a PrincesaWhere stories live. Discover now