capítulo 22

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Me levantei de cabeça abaixada, estava zonza, cambaleei e Wong me segurou.

- cuidado. - falou baixo.

- desculpe. Senhor, a batalha acabou comigo, se Peter ou outro alguém vier me ver pode dizer que eu não estou disposta? - falei olhando para eles.

Wong arregalou os olhos puxados, e Stephen se engasgou com o ar.

- o que foi? - perguntei sem animo.

- os seus olhos... estão verdes, como... - falou Wong, mas Strange completou.

- como esmeraldas, Ágata o que aconteceu com você lá?
A euforia tomou conta do meu corpo, ele estava captando os meu pensamento, então corri para meu quarto, tranquei a porta e me olhei no espelho. O pavor era tão grande quanto o vazio dentro de mim, me olhei novamente no espelho, vendo meu cabelo desgrenhado pelo vento.

- eu perdi a única coisa que me fazia ficar de pé! - falei me encostando na porta do quarto e me deixei escorre até no chão, tentei controlar a respiração parecia que eu havia corrido a cidade inteira. Eu sei, eu poderia estar sendo egoísta mas é que eu passei  a vida inteira sozinha, aperfeiçoando o meu poder, e perdé-lo assim, de uma hora para outro era terrível.

"Meu próprios monstros? Quais monstros residem em mim?"
Juntei os joelhos ao corpo e me abracei, afundei a cabeça no meu peito e ali, desabei.

Engatinhei até ao meu criado mudo e peguei um retrato meu com o Peter, deslizei os dedos pelo vidro como as lágrimas deslizavam pelo meu rosto, e puxei o porta-retrato contra o peito e o abracei.

- desculpe Peter, eu não vou conseguir mais sorrir. - falei para mim mesma. Observei a foto por mais longos minutos.
Me levantei do chão com dificuldade, mas como sou eu, deixei o porta retrato cair e os cacos se espalharam.

- que merda - falei. Me abaixei para pagar os cacos de vidro sem cuidado nenhum, e como previsto acabei cortando minha mão inteira, a dor que eu estava sentindo era quase insignificante.

Me levantei e levei os cacos até o lixeiro que havia no meu quarto, olhei minha mão com os cortes e com o sangue, então notei, minha pele estava se regenerando de uma forma estranha, como uma casca, só que... de uma cor que não era normal, era um verde tão forte quanto a cor dos meus olhos.

- o quê? - indáguei perdendo o ar. - a não, " será amaldiçoada e atormentada pelos seus próprios monstros pela eterninadade". Eu sou imortal - falei com a raiva me consumindo - okay, Ágata. Inspira e expira e não pira, está tudo bem, vai ficar tudo bem. - falei sentindo minha pele vibrar. Olhei minha mão cortada, que estava cortada e vi que a minha pele estava normal. Corri até a cama e peguei meu celular para ver a hora.

- 21:08

Escureceu tão rápido. A exaustão me atacou, resolvi então, tomar um banho rápido e vestir um pijama, um short roxo e uma camiseta bordô de manga comprida, odiava minhas cicatrizes mas também gostava, me lembra do que eu sobrevivi, voltei para o quarto, fechei a porta, peguei a minha mochila e peguei meus cadernos para fazer os deveres.

- odeio física! - falei cobrindo meu olhos com força mostrando frustração, sentada no chão.

- por que essa frustração midgardiana tola? - falou uma voz sarcástica e uma luz verde apareceu á minha frente, revelando um homem de olhos verdes como os meus, os cabelos negros e lisos, e suas roupas eram no mesmo estilo de as de Thor.

- você deve ser o Loki. - falei sem expressão.

- exato! O você...? - perguntou.

- Ágata.

The Strange daughter  - avengersOnde histórias criam vida. Descubra agora