A Realeza | BTS

Capítulo 7 - Huang Jenin

Respirei exasperada com tudo aquilo que havia acontecido, já havia se passado exatamente uma semana desde nosso passeio e Namjoon continuava a me evitar, como alguém tão inteligente e tão incrível podia ser tão medroso e tão lerdo com relação ao amor? Podíamos tentar, eu não queria roubar seu reino, afinal tinha o meu, não sei se fizeram a cabeça dele ou ele estava fazendo aquilo para me proteger, eu só sei que toda aquela atitude me irritava.

Até mesmo sua vinda para Yaram ele havia adiado, como desculpa ele disse que haviam muitas coisas para serem resolvidas e muitos lugares para visita, mas era claro que ele estava me evitando, o que me deixava com mais vontade de bater nele mesmo ele sendo o futuro rei da reino principal dos sete reinos.

Kim Namjoon me intrigava com sua dualidade, ele conseguia ser um homem centrado, educado, formal; por outro lado quando queria era infantil, emburrado, histérico e péssimo em etiquetas. Muitas pessoas apenas conheciam uma face de Namjoon, porem eu conhecia as duas, como?

Devo dizer que antes dele me conhecer eu já o conhecia, como fiquei sozinha muito cedo e Yaram ser próximo de Asrote o pai daquele príncipe me educou e ensinou a ser uma boa rainha e me fez conhecer melhor aquele garoto de covinhas profundas e olhar cativante. Ele me contou com orgulho sobre cada detalhe de Namjoon, sobre seus medos, seus sonhos e suas expectativas, me confidenciou que confia somente em seu filho para trazer um reino melhor e era o pai mais coruja que existia, sempre dando o melhor fisicamente e emocionalmente a aquele lindo rapaz.

Ele acabou me fazendo gostar de Namjoon, mesmo nunca sendo notada por ele, sempre que me via acenava para mim singelamente, educadamente, ele sempre esteve cercado de seus amigos e não parecia ligar para uma paquera ou para garotas, seus amigos sempre estavam ocupando seu tempo e eles pareciam inseparáveis; eu não ousava me aproximar, vergonha, medo, naquela época eu deixava essas emoções me dominarem, mas seu pai me ensinou que não devemos ceder a essas emoções, devemos ser fortes e não nos deixar dominar por aqueles que querem nos ver tristes ou nos derrubar.

E sabe depois que o rei faleceu, a coragem que faltava para me fazer conhecida apareceu, e então me revelei a Namjoon, foi um pouco chateador saber que o mesmo não me conhecia mesmo eu estando sempre no palácio, mas foi melhor assim, pelo menos ele não pensaria que eu era uma stalker ou louca por ele.

- Principe Namjoon chegou ao local, Vossa Majestade! – uma das governantas me alertou e eu concordei, me olhei mais uma vez no espelho chegando minha aparência e me dirigi a encontra-lo.

- Tomara que de tudo certo! – murmurei para mim mesma.

Me aproximei do mesmo que estava analisando minimamente uma pintura, lembro de mamãe pintando aquele quatro, ela amava fazer aquilo e nele ela retratou um pouco das enormes terras que a deixavam feliz. Aquele era o objeto que sempre olhava quando sentia falta deles.

- É uma retratação muito bonita de Yaram! – ele disse ainda admirando a obra.

- Minha mãe costumava pintar, um hobbie e este quadro foi um dos muitos que meu pai deixou exposto no castelo.

- Entendo! – ele se virou para mim me analisou silenciosamente.

- O que foi? – Eu realmente queria saber o que passava na cabeça dele.

- Por que não disse que nos conhecíamos, que você sempre estava lá? – oi?

- Que?

- Um conselheiro ontem me disse que você sempre esteve no castelo, e me lembrei, você era a menina que passava as tardes na biblioteca estudando com meu pai, e a garota que ficava vermelha quando eu passava rindo com meus amigos.

- Eu achei que nunca me notara, achei que era invisível aos seus olhos, e quando me apresentei a você bem você não se lembrou de mim, então resolvi não mencionar.

- Você mudou e também sumiu, você cresceu, nós crescemos!

- Quando fiz dezoito não podia sair o tempo todo como antes, tinha que ser vista como a figura de autoridade, então seu pai passou a vir me ver, mesmo doente ele me ensinava e cuidava de mim... Por isso sumi!

- Eu notava você! – ele disse baixo se virando novamente para o quadro – cada um tem a sua paixonite e a minha era você, quando nos encontramos eu jurava que te conhecia só não sabia de onde, sempre arranjava um jeito de ir para a biblioteca para ver meu pai te educar, você era tão genuína e acessível, mas eu era péssimo com garotas.

- E eu sempre me achei invisível aos seus olhos...

- Só por que eu era um dos sete príncipes? – concordei silenciosamente – ora somos apenas sete idiotas perdidos, não julgue nossa imagem, imagens enganam!

- Desculpe por te beijar! – disse simplista, na verdade eu não me arrependia...

- Desculpe por fugir! Eu fiquei sem reação e não sabia o que dizer, me arrependi e fiquei com vergonha de te encarar, sou péssimo com demonstrações de afeto.

- Apenas diga o que sente, isso já ajuda!

Ele se virou para mim e sorriu:

- Eu sinto que formamos uma ótima dupla Huang Jenin!

Fiquei vermelha na hora, não sabia o que responder, mas ver Namjoon me abraçar foi a melhor sensação de todas: "Sabe pequena Jenin eu criei Namjoonie com dureza e mostrando a ele como é um mundo, ensinei que ele não precisa pedir nada e vi ele se tornar um incrível jovem, ele não dá trabalho, não é exigente e não é de pedir as coisas ou carinho, mas quando vejo meu filho se aproximar e me abraçar ou pedir que eu o abrace, eu me emociono, pois vejo que apesar de tudo ele é um homem gentil e amoroso a maneira dele!"

Na época eu não entendi suas palavras, mas hoje durante aquele doce abraço eu entendia!