POV Tzuyu
Estava parada diante da porta dela, tive que respirar fundo antes de tocar a campainha, era estranho ter que anunciar minha chegada em um lugar que eu sempre tive acesso livre, toquei uma vez bem rápido talvez no fundo não queria que ela atendesse mas em poucos minutos a porta abre.
Sana: Aahh, oi, Tzuyu! Que bom que veio hoje. - Fiquei parada por alguns segundos absorvendo o prazer de sentir meu nome soar por sua voz adorável outra vez. - Tzuyu, está bem? Entre.
Tzuyu: Sim, sim. Estou bem! - desperto, então entro em sua casa, estava um pouco diferente, ela havia mudado alguns móveis de lugar.
Sana: Você pode ficar a vontade, não vou te atrapalhar, está tudo onde falei, eu já subo para te ajudar só preciso terminar de fazer o almoço - ela dizia enquanto caminhava para longe de mim, indo para a cozinha aberta, eu tentava captar algum vacilo em seu tom de voz mas ela parecia tão bem. Enquanto subi as escadas percebi que ela até cantarolava.
Chegando no cômodo, lá estava minha mala vazia esperando que eu juntasse algumas de minhas coisas que estavam no armário dela ainda, já fazia três meses desde que terminamos. Tirar algumas de minhas roupas de dormir de lá era como se estivesse recolhendo algo de alguém que morreu, eu não era mais eu mesma desde quando terminamos, de fato, a culpa era minha e eu só estava colhendo frutos do que eu mesma plantei.
Em pouco tempo havia terminado, eu permaneci alguns minutinhos lá olhando para a cama que uma vez foi nosso ninho de amor... Que coisa brega de se dizer.
Sana: Ei....
Ela chegou tão sorrateiramente na porta que eu me assustei.
Sana: Já terminou?
Tzuyu: Sim, está tudo aqui...ah! Eu não vi o meu ursinho do mestre Yoda - perguntei com uma expressão confusa.
Sana: Aquela coisa feia - ela sorriu me fazendo sorrir também. - Bem...eu acho que está na parte de cima do guarda roupa.. - ela caminhou até o móvel e se esticou para alcançar, claro que eu tinha que entrar em ação, caminhei até atrás dela então estiquei minha mão para apalpar o canto superior até sentir meu Yoda.
Tzuyu: Ahhh! Acheii! - Ela se virou para mim, estávamos tão perto uma da outra, não ficamos assim desde quando acabamos. Senti uma tensão no ar então movi minha mão livre para tocar seu rosto. - Sana, eu... - ela tirou delicadamente minha mão de seu rosto e me deu um sorriso, pareceu desconfortável com meu toque.
Sana: Eu acho melhor você ir.
Tzuyu: Vamos conversar, por favor
Sana: Não temos mais nada para conversar.
Tzuyu: Me escuta só um pouco...
Sana: Então, tá! Fala! - Ela alterou um pouco a voz o que era algo raro de se acontecer, mas eu a conhecia bem o suficiente para entender a onde ela queria chegar.
Tzuyu: Se eu pudesse...eu daria qualquer coisa para...olha, eu...
Sana: Chega, você não tem nada para me dizer porque sabe que está errada... - Ela se afastou de mim e foi até a porta esperando que eu a acompanhesse, eu apenas fui em silêncio, descendo as escadas eu andei devagar por que queria pensar em algo para fazer e dizer, no fundo sabia que aquela provavelmente seria minha última chance e eu não teria mais pretextos para visitá-la. Parei atrás dela um pouco distante da porta, ela se virou. - O que foi?
Tzuyu: Eu te amo.
O silêncio tomou conta por alguns segundos até eu sentir uma pancada um pouco forte na minha testa e minha visão escurecer. Ela atirou o primeiro objeto que tinha ao seu alcance; um guarda chuva! Isso foi realmente inesperado. Nossa! Quando a minha Sana se tornou agressiva?
Sana: Desculpa... Desculpa!! Ahhhh, Tzuyu, está sangrando, eu...eu não queria te machucar. Eu juro que pensei que iria errar! - Aquilo de verdade me fez rir, eu senti um pouco de sangue escorrendo no canto de minha testa e as mãos suaves dela tocando meu braço e meu rosto, seu olhar de preocupação era tão gentil, eu continuaria rindo se não fosse pelo fato de estar realmente em apuros. Ela me odeia tanto assim? Só tinha um jeito de saber.
Tzuyu: Sana...eu acho que vou desmaiar...- segurei na cintura dela e deitei meu rosto em seu pescoço o tocando com a ponta do nariz gelado inalando seu aroma como uma pássaro em meios flores, senti que ela se arrepiou um pouco com isso mas ainda parecia desesperada, eu fiz questão de deixar nossos corpos colados. Sentia as batidas fortes de seu coração.
Sana: Se você cair eu não vou aguentar te segurar e vamos ca...- eu a interrompi selando nossos lábios, não podia esperar nem mais um minuto para beijá-la intensamente. Ela me odiava. Mas claro que não teve a intenção real de me machucar, apenas tem a mão torta. Aposto que mirou a parede e errou, com isso, me acertou. Eu cheguei a rir entre o beijo imaginando aquilo e também de felicidade, eu estava pronta para agarrar aquela bundinha gostosa e levantá-la no meu colo quando a campainha tocou e a própria Sana parou o beijo me empurrando e olhando assustada. - Eu...eu vou.. - apontava para a porta, estava tão desnorteada, acho que o beijo fez algum efeito, nem me incomodava mais com o pouco de sangue que escorria, eu estava flutuando toda sorridente esperando por ela, olhei em direção a cozinha e notei que a mesa estava posta para dois, será que ela já pretendia me convi...
??: Oi? Amor, está com visita?
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Between Two Loves《SɑTzu》
Romance...❝Eu me virei para olhar para ela uma última vez, claro que eu não podia ficar no bairro não suportaria me encontrar com elas nos mesmos lugares que frequentávamos antes, nossa...a sana parada em frente a porta parece um quadro de um anjo emoldura...