One Bad Night

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-Eu ainda amo você...

Algumas horas antes...

Chittaphon passava mais uma noite em um bar de Seul se embreagando de bebidas fortes e quentes que rasgavam sua garganta, já havia tomado uma garrafa de vodka sozinho e agora bebia whisky com gelo, o som da música de fundo era agradável o ambiente cheio apenas na área de sinuca onde um grupo de homens bebiam e jogavam já a mais de duas horas, sentado ali de frente para uma estante variada de álcool ia lendo os rótulos procurando o que fosse mais forte, seus olhos não o deixava ver com clareza com a visão turva e as pupilas dilatadas.

-Outra rodada de cerveja, por favor. -Disse um homem que se aproximou, e Chittaphon já havia reparado que era um dos homens que jogava sinuca e gritava quando comemorava sua vitoria em um jogo tosco. -Já está a muito tempo aqui não é? Acho que não veio esperar por ninguém.
Ten, ainda lia o rótulo de uma cidra com os olhos cerrados e os lábios separados em formato de "O" ignorando totalmente a fala do estranho esperando que ele fosse logo embora.
-Quer companhia pra beber? -Outra vez o homem de aparência de seus trinta e poucos anos se pronunciou e Chittaphon bufou e se virou pra ele com as pernas cruzadas e um olhar de tédio.
-To com cara de quem quer companhia? Melhor, estou com cara de quem quer a SUA companhia? -Chittaphon pegou o copo do balcão e o virou de uma vez, aquela "conversa" já estava longa de mais para o tailandês de cabelos negros.
-Acho que não iria se arrepender disso. -Disse o homem em um tom de malícia pegando suas cervejas e saindo de perto do tailandês que resmungou um "mimimi" e encheu o copo de novo.

(02:40 A.M)

Chittaphon estava tonto e debruçado sobre o balcão tirando um cochilo e em seu breve sonho Taeyong lhe dizia "acorde, vamos acorde."
-Senhor acorde, estamos fechando. -Ten abriu os olhos com dificuldade e assim que sua visão se ajustou não era Taeyong era apenas o dono do bar o mandando embora, sentiu o estômago revirar em enjoo e se segurou pra não vomitar ali, olhou ao redor e todos já tinham ido, tirou o dinheiro da carteira e entregou ao homem e saiu do bar caminhando torto pelas ruas vazias tirou o maço de cigarros do bolso da jaqueta cor de caramelo, junto com o isqueiro e deu uma longa tragada soltando a fumaça cinza no ar. Usou a mão canhota para pegar o celular e chamar um uber e escutou uma voz o chamando.
-Hey, onde você vai assim? Quer ajuda? -A não, isso só podia ser piada, ele de novo.
-Cai fora, eu não preciso da ajuda de ninguém. -Ten ainda olhava a tela do celular os olhos meio perdidos, as palavras da tela pareciam se mexer sozinhas.
-Ah qualé bonitinho, me deixa cuidar de você. -Em um instante aquele homem ja estava perto de si, abraçando a força a cintura de Chittaphon que se forçava a sair daquilo, a cabeça doia o estômago embrulhava e agora tremia.
-Sai, me solta. Eu vou gritar se não me soltar. -Agora o tailandês estava com medo, isso não podia estar acontecendo o homem se forçava contra seu corpo esfregando seu membro nojento no moreno que estava o empurrando com toda as forças que podia, nessas horas pensava se não devia ter feito luta ao invés de dança quando era mais novo.
-Eu, eu disse ME SOLTA -Chittaphon queimou a ponta do cigarro na testa do homem e ganhou tempo para correr o mais rápido que conseguia e mesmo assim aquele homem corria atrás dele com ódio e sem desistência.
-Sua vadia, agora você me paga. -O homem segurou o pulso de Ten apertando com força e o tailandês tinha os olhos marejados forçando mais e mais para se soltar. A rua foi preenchida por som de pneus se gastando no asfalto e um carro prateado indo pra cima de ambos e parando quase em cima deles, as lanterna dos faróis acesas deixaram Chittaphon aliviado e ainda mais assustado pela pessoa que quase o atropelava.

Que merda é essa? A porta do motorista se abriu mostrando um coreano de cabelos platinados muito irritado, que tinha os punhos fechados de aproximando no segundo seguinte do homem que ainda segurava os pulsos de Chittaphon.

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