Capítulo 8

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Tobin acordou assim que os raios de sol começaram a entrar pela janela. Ela sentiu uma dor nas costas horrível pois quando tentou se mexer, foi travada por um corpo, então se lembrou que não estava só. A loira virou o rosto em direção à mulher ao seu lado e abriu um sorriso. Por mais que o motivo que ela estivesse em sua cama não fosse dos melhores, ainda estava feliz porque Christen a procurou quando precisou de alguém. Por um impulso e devagar ela levou sua mão até alguns fios rebeldes que caíam na frente do rosto da mulher e os prenderam atrás da orelha, dando para Tobin a visão perfeita do rosto agora sereno da psicóloga. Isso fez com que se encantasse mais por ela, era linda até dormindo e não se importaria de ter essa visão pelo resto de sua vida; pelo contrario: agradeceria. Sentia tanta vontade de beijá-la, mas sabia que era errado em tantos níveis, então apenas suspirou e se desvencilhou aos poucos da morena até conseguir sair do aperto da mesma e ir em direção ao banheiro. Estava fazendo tudo o que fazia toda a manhã até ouvir um baralho de celular tocando, mas não era o dela. Com isso ela entrou novamente no quarto e procurou de onde vinha o som e quando se aproximou da cama viu que era o telefone de Christen, que estava em seu bolso traseiro. Com muito cuidado ela puxou o celular e viu a tela piscando um nome "Kell". A mulher ficou pensativa sobre se deveria atender ou não, mas antes de chegar a uma conclusão a chamada foi encerrada, e esta foi junto com as 15 outras perdidas da mesma pessoa. Isso a fez pensar em como nenhuma das duas conseguiu acordar com um telefone tocando tantas vezes e ela sorriu novamente. Passou um tempo e o celular voltou a tocar com o mesmo nome na tela e Tobin não pensou duas vezes antes de atender:

— Alô? — Tobin falou meio insegura.

— Graças a Deus, Christen Press! Você quer me matar de susto porra? — Kelley já atendeu energética.

— Não é a Christen... Ela está dormindo.

— Ué, quem é então?

— Tobin Heath — A mulher respondeu meio na defensiva.

— Oh, Christen termina o relacionamento e vai direto pros seus braços, hein? — Kelley mudou de humor.

— Você sabe quem eu sou? — Tobin ficou toda feliz sabendo que Christen já havia comentado sobre ela para alguém.

— Sim, claro! E muito bem, mas esse não é o ponto agora... Quero saber se ela está bem. Aquela filha da puta da Maria me ligou avisando o que tinha acontecido e desde então tentei entrar em contato com a Christen mas não consegui até agora — Kelley voltou a se estressar — Eu juro que se eu pegar aquela mulher vou arrebentar ela até a morte.

— Eu ajudo — Tobin apoiou imediatamente – Mas acho que Christen precisa mais da gente aqui com ela agora, eu vou te passar meu endereço e você vem pra cá, pode ser?

— Fechado.

Tobin passou seu endereço à Kelley e se direcionou até a cozinha para fazer um café preto bem forte. Enquanto esperava a outra mulher, ficou pensando em tudo o que ela disse e não conseguiu conter um sorriso. Saber que Christen falou dela para uma amiga era o ponto auge da sua vida, aquilo queria dizer que ela causou mesmo uma impressão real na mulher, só precisava saber se era boa ou não. O tempo passou e o café ficou pronto, Tobin estava esperando a amiga da morena em seu sofá vendo o jornal matinal e não demorou muito para duas batidas se fazerem ouvidas, então imediatamente a jogadora se levantou para abrir.

— Oh, agora entendi porque Christen ficou tão mexida, prazer Kelley O'hara. — A mulher se apresenta estendendo a mão.

— Hm, Tobin Heath. — A jogadora ficou meio sem jeito, mas esticou a mão para a outra. — Entre, por favor.

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