A lua veio como o ápice da noite

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[Capítulo único]

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[Capítulo único]

[Escutem a música enquanto leem]

O único paraíso para onde serei enviado

Vai ser quando eu estiver sozinho com você

No domingo de manhã, o sol se escondia por entre as nuvens cinzentas de um dia frio. Haechan caminhava calmamente pela calçada até seu, comumente visitado, território: a igreja. No começo seus pais o obrigavam a frequentar o local com o argumento de que "beijar garotos era algo diabolicamente armado em sua cabeça". Ele nunca acreditou em Deus, nem no Diabo, então porque seria errado?; mas agora, ele frequentava unicamente pelo garoto de cabelos escuros e olhos redondos demais. O acinzentado, antes, não sabia seu nome, mas sabia que ele era neto do pastor e sua presença na igreja era tão fervorosa quanto nas reuniões dominicais que aconteciam na casa do mais velho. Mas Donghyuck nunca tinha frequentado essas reuniões antes, até saber que o moreno também ia.

Numa das vezes que havia ido ao culto, foi parado pelo pastor e apresentado ao seu neto:

-Donghyuck, que bom que veio meu jovem! -o pastor lhe cumprimentou com um aperto de mão e um sorriso acolherdor, o moreno ao seu lado mantinha um sorriso sincero. -Esse é meu neto, Mark. Podem conversar enquanto explico para os seus pais sobre a reunião de hoje a noite! -e com isso o mais velho se afastou, deixando Mark e Haechan olhando desconcertado um para o outro.

-Lee Donghyuck, mas pode me chamar de Haechan. -estendeu a mão e quando as palmas se completaram, o acastanhado sentiu um arrepio percorrer por todas as vértebras da coluna.

-Mark Lee. Podemos sentar juntos para assistir a pregação, se quiser?! -a voz do mais velho era levemente rouca, entrava pelos ouvidos de Donghyuck como um banho de águas celestiais. O excitava.

-Eu adoraria, Mark. -o sorriso tendencioso e sensual soltado por Haechan fez Mark sentir o corpo trêmulo e nervoso. Não sabia o que era aquilo, mas durante a pregação Haechan o fez sentir-se daquele jeito muitas e muitas vezes, seja num contato "sem querer" de joelhos, os sorrisos e olhares nada castos lançados em sua direção. O borbulho em seu peito e na boca do estômago já o estava incomodando.

E Hyuck sabia o que causava no outro, porque eram as mesmas sensações causadas em si. Durante meses, apenas se contentou em frequentar as pregações e sentar ao lado do moreno, toques singelos de pernas e mãos durante as rezas não foram o suficiente para saciar o desejo ardente que crescia no peito de ambos.

Mas hoje Donghyuck faria diferente: caminharia até a igreja, assistiria ao culto, mas depois estava certo de que iria à reunião. Mark o aguçava, era um desejo borbulhante, não sabia da onde via, mas sabia que desde que foram apresentados o sentia. Mas queria sentir mais, queria se sentir queimar, queria marcar a pele imaculada do mais velho como judas marcou as mãos de jesus.

O que a noite esconde [markhyuck]Where stories live. Discover now