Inimizade colorida

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Garota Má
I

nimizade colorida. Alguém já ouviu falar disso?
Era o que a bruxa e eu tínhamos a duas semanas. Nosso lance era apenas sexo e nada mais, estranho mas uma relação bem saudável. Sakura gostava de invadir meu quarto a noite e eu adorava sua companhia, mas não falaria isso a ela nem morto.
Só porque transávamos não significava que tínhamos deixado de nos odiar. O ódio era um sentimento forte entre nós mas até que ultimamente a bruxa estava menos chata que o normal, e mais bonita também, talvez mais inteligente.
Até conseguimos conversar como pessoas civilizadas. Por incrível que pareça as coisas estavam evoluindo.
— São apenas três ovos idiota. — Sakura gritou em meu ouvido.
Ou não.
— Ninguém mandou falar enrolado eu entendi seis.
— Eu não falo enrolado.
— Fala sim.
— Eu vou quebrar esses ovos na sua cabeça.
— Quebra que eu quero ver. — desafiei a vendo bufar.
Estávamos na minha casa sem nada pra fazer e minha mãe decidiu fazer um bolo e pediu nossa ajuda. Mas acho que Sakura e eu no mesmo cômodo fazendo algo não dá muito certo.
— Vocês dois vivem brigando mas são lindos juntos. — minha mãe cantarolou mexendo em algumas formas.
Olhei para Sakura e ela inflou as bochechas virando a cara emburrada.
Peguei um pouco da massa que fizemos e passei no seu nariz. Ela arregalou os olhos e me fuzilou.
Sorri me fingindo de inocente.
— Idiota.
Sakura enfiou a mão na massa e jogou em minha cara. Fechei os olhos sentindo aquela meleca doce deslizar por toda minha face.
— Ah não, agora é guerra. — limpei meu rosto pegando a vasilha de massa.
Sakura gritou começando a correr pela cozinha. Rodeou a mesa quase caindo e eu ri do seu desespero.
— Dona Mikoto não deixe ele me sujar. — ela se escondeu atrás da minha mãe.
Eu estava disposto a suja-la toda, mas a garota foi esperta ao se esconder atrás de minha mãe. Mikoto tentou ficou séria mas logo riu se afastando.
— Vocês são ridículos, é melhor limpar isso depois. — saiu da cozinha como se nada estivesse acontecendo.
Sorri satisfeito vendo o desespero nos olhos de Sakura.
— Não ouse jogar isso em mim. — avisou toda séria apontando o dedo em meu rosto.
— Sua vida está precisando ser adoçada. — virei a vasilha em sua cabeça vendo a massa mole suja-la por inteiro.
Dei um passo para trás quando a mesma soltou um rosnado alto. Parecia uma leoa brava.
— Eu vou te matar garoto.
Ela me atacou e caímos no chão, Segurei seus punhos que insistiam em me acertar rindo da sua cara suja.
— Idiota.
— Irritante.
— Quanto amor. — Itachi entrou na cozinha rindo da nossa cara.
Sakura fez bico me empurrando antes de se levantar.
— Que amor o que? Sou mais eu.
— Concordo. — murmurei limpando minha roupa suja.
— Sei, me enganem que eu gosto — ele pegou uma maçã e mordeu saindo da cozinha.
Sakura e eu nos entreolhamos e depois olhamos para a bagunça a nossa volta.
— Quer ir no cinema? — sugeri.
— Quero.

(...)
O

filme passava, a terra parava de girar, o mundo acaba e eu e a bruxa nos pegávamos no escurinho do cinema.
Era beijo, mordida, chupão e mão boba. Eu não costumava fazer esse tipo de coisa sabe? Mas Sakura era má influência, não tinha como resistir ao seu charme.
Quem nunca se pegou no cinema que jogue a primeira pedra.
Ela estava sentada em meu colo sugando meus lábios com aquela boca maravilhosamente sedutora.
— Tira a mão dai seu tarado. — Sakura riu manhosa.
— Que mão? — ergui as mãos e ela arregalou os olhos se virando para trás.
— Belo traseiro.
Ergui o corpo para frente e vi um velhinho sorrindo enquanto apalpava a bunda dela.
Que falta de respeito é essa? Esses tarados não tem vergonha de ficar pegando as mulher dos outros no cinema?
— Tira a mão da minha bunda seu velho tarado — Sakura gritou batendo na mão do homem.
— É bem durinha em.
— Ei olha o respeito, quer que eu corte sua mão fora? — briguei puxando Sakura para voltar ao seu lugar.
Ela ajeitou o vestido que subia olhando feio para o velho banguela.
— Velho tarado.
— Por que pararam? Nós não iriamos transar? — ele disse alto o bastante para todos começarem a reclamar.
— Calem a boca.
— Aqui não é motel.
— E eu lá tenho cara de quem transa com velho? — Sakura se exaltou.
— Olha a baixaria.
— Você não é prostituta? — o velhinho colocou um óculos e Sakura o encarou incrédula.
— Prostituta é a Senhora sua vó.
— Você conheceu minha vó? Ela era a melhor prostituta da redondeza. — o velho riu e Sakura abriu a boca incrédula.
— Parem com essa algazarra ai, aqui não é lugar pra fazer suruba. — um Guardinha apareceu com uma lanterna.
— Suruba? Eu vou te mostrar a suruba seu imbecil. — Sakura se exaltou se levantando e eu a segurei antes que ela avançasse no Guardinha.
— Ouve um mal entendido Senhor. — tentei resolver aquele problema.
— Quando é que a gente vai transar? — o velho voltou a tagarelar.
— Cala a boca. — Sakura e eu gritamos.
Ele ergueu as mãos fechando a boca.
— Os 3 pra fora daqui agora, isso não é um quarto de motel. — o guarda nos expulsou.
— Eu não queria assistir essa bosta mesmo. — Sakura passou a minha frente rebolando.
— Muito menos eu. — a segui ouvindo as pessoas nos xingarem.
— Vão transar em um motel.
— Adolescentes descontrolados.
Sakura iria voltar para retrucar e eu a puxei para fora daquele cinema.
— Povo intrometido. — ela resmungou batendo o pé.
Caminhamos pelo Shopping e eu procurei por algo que tirasse seu mal humor.
— Quer comer alguma coisa? — apontei para a praça de alimentação.
— Quero mas você não vai pagar porque isso não é um encontro.
— Quem disse que era um encontro coisa chata?
— Cala a boca.
— Vem calar.

(...)
E

u não sei que fogo era esse entre mim e a bruxa mas não podíamos estar sozinhos que já estávamos nos comendo.
— Não acredito que vamos fazer isso dentro de um carro.
Nossos corpos já estavam em chamas.
— Tira isso logo. — Sakura arrancou minha camisa beijando meu pescoço.
Suspirei subindo as mãos pelas suas coxas nuas e bunda apertando sua carne a cada rebolada que ela me dava.
— Sua safada. — puxei sua nunca a beijando com desejo.
Ela riu retribuindo o beijo eufórica.
— Você gosta de mim não gosta? — provocou mordendo meus lábios.
Beijei aquela boca gostosa descendo beijos pelo seu colo e seios.
— Eu te odeio. — afirmei abocanhando seus peitinhos rosados que imploravam pela minha boca.
Sakura arfou tombando a cabeça para trás inclinando mais ainda os seios me minha direção. Suguei um bico beliscando o outro ouvindo seus suspiros prazerosos.
— Eu te odeio primeiro. — gemeu manhosa.
— Mentirosa.
Agarrei sua bunda a ajudando a aumentar o ritmo de suas reboladas provocantes, eu já estava duro o bastante para penetra-la e apagar todo aquele fogo, só precisava me livrar daquela calça.
Estava disposto a fazer isso mas batidas no vidro destruiu todo clima. Sakura passo rapidamente para o banco do passageiro enfiando seu vestido pela cabeça desajeitadamente.
Coloquei minha camisa tentando controlar minha respiração acelerada me lembrando que estava em um estacionamento do Shopping quase transando dentro do carro do meu irmão.
As batidas no vidro se intensificaram.
— Abra é a polícia.
Engoli em seco e olhei para Sakura que estava corada. Ela fez um movimento com as mãos e eu tomei coragem para abaixar o vidro.
Um policial apareceu nos olhando de cara feia e um olhar desconfiado de “ eu sei o que vocês aprontaram no verão passado”
— E ai seu policia. — sorri tentando parecer relaxado.
Ele estreitou os olhos e tirou um par de algemas do bolso.
— Saíam do carro, vocês estão presos por desacato ao pudor.
Abri a boca completamente incrédulo ouvindo Sakura soltar um muxoxo ao meu lado.
Saco isso não é justo eu nem consegui enfiar o Jerry na toca.
— Eu tenho direito a uma ligação.
— Você não tem direito a nada, agora cale a boca e venha se entender com o delegado.
Bufei batendo a mão no volante irritado.  
— A culpa é sua eu disse para esperar até chegar em casa. — Sakura brigou se fazendo de inocente.
Respirei fundo encarando o homem que balançava as algemas ao meu lado e não pensei duas vezes antes de pisar no acelerador e cair fora dali.
— Ei voltem aqui. — o policial gritou pegando sua moto e nos seguindo.
— Seu maluco o que está fazendo? — Sakura gritou colocando o cinto de segurança.
— Estamos fugindo da policia. — sorri fazendo o carinha comer poeira.
— Seu sem noção.

Estou me sentindo um bandido profissional.

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