|Naomi|

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A expressão emburrada e engraçada, os braços cruzados, pernas balançando ansiosamente; sobrancelhas franzidas. Naomi.

Era engraçada, as vezes parecia uma criança de oito anos de idade e quando séria era extremamente sensual e intelectual. Sua bebida preferida era capuccino, ela gostava de músicas clássicas dos anos 70's até 2000. Ela não se importava nunca com a opinião alheia e sempre foi corajosa mesmo com medo. Gostava de vestir minhas blusas e ficar dançando em casa até quando não tinha nenhuma música tocando.

Naomi odiava roteiros e coisas planejadas, ela vivia o agora, apesar de as vezes ter suas terríveis crises de ansiedade e depressão que eram suas piores fases, Naomi mesmo tendo mil pensamentos negativos tentava dizer ao contrário.

Ela gostava de estrelas e luas, constelações, o universo, mas odiava o mundo.

Seus hobbies eram fazer loucuras ao meio da madrugada sem planejamento algum como pular no Rio nua, desenhar hentais, assistir documentários e me provocar em locais públicos.

De corrigir o português dos outros e falar errado também.
De andar nua pela casa e reclamar de algo (esse era engraçado).
De me acordar do nada pra contar o sonho que teve e o que acha que significa.

De cuidar de mim sempre que adoecesse. De dar bons conselhos e cavalgar em cima de mim enquanto fumava e seus seios balançavam.

De fazer receitas inventadas e malucas pra no final sair tudo errado (mas nunca desistia até ficar bom).

De quebrar regras, sorrir e tampar a boca porque tinha vergonha de seu dente da frente que era T
O
R
T
O
(Risos)

Naomi era independente, eu sei que ela não dependia de mim para viver, não precisava dizer o tempo todo que me amava, mas sempre me ajudou quando precisei, sempre esteve ao meu lado nos melhores e piores dias. Eu nunca sabia o que se passava em sua mente, e sempre quis saber. Naomi sempre foi misteriosa, e dois anos com ela não foi o suficiente pra a conhecer por completo.

Naomi era arte e inspiração para meus olhos que a admiravam a cada segundo, até quando ela dormia me tirava o sono. Diferente dela eu acabei dependente e sei que a culpa foi minha.

Esse diário é sobre Naomi Lee, uma garota de cabelo curto e negro, os olhos puxadinhos como de um gato. Meu primeiro e último amor, o motivo de todas as histórias mais loucas que já tive, a razão de um sentido na minha vida e de tudo que aprendi até hoje.

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Dozentos Dias Sem ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora