Capítulo 06

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HELENA GILBERT

Mexo com o garfo a comida em meu prato, sem querer realmente comer o jantar que Sthefan preparou. Não estou com fome... Mas sei que Damon irá reclamar caso eu deixe de comer.

Ele sempre reclama de tudo que faço...

- Meu amor, quer que papai te de comida na boca?- Pergunta o loiro com carinho, me fazendo sorrir e negar com a cabeça diante sua fala.

- Não precisa papai, não estou com muito apetite... - Admito encolhendo os ombros. - Posso subir para meu quarto?- Tento me livrar do jantar, mesmo perto do vampiro sanguinário e assassino, que me olha impacientemente.

- Claro que não Elena!- Quem responde é Damon, como eu já esperava.- Coma logo essa porcaria, chega de causar problemas menina!- Repreende aos gritos ao mesmo tempo que abaixo a cabeça, chateada com meu pai do mal.

- Eu já estou satisfeita Damon.- Informo insistindo em meu mau apetite, realmente magoada pelo fato dele não entender.- Não aguento mais.

- Tudo bem bebê, não precisa comer e se quiser pode subir também.- Stefan me salva ao colocar sua mão sobre a minha.- Papai, pode lhe fazer dormir, te conto uma história... Não sei, o que você quiser.- Oferece sorrindo com carinho, demonstrando afeto com um pingo de preocupação em seu olhar.

- Obrigada, mas, no momento quero ficar um pouco sozinha. Posso? - Digo devolvendo o sorriso ao afastar o prato para longe de mim.

- Tudo bem minha bebê.- Concorda o loiro e me coloco de pé, pronta para deixar o cômodo com os dois adultos da casa.

- Deixe a porta aberta.- Lembra Damon uma última vez, me fazendo segurar palavras de ódio enquanto também reviro os olhos.

A dor latejate que sinto em minhas nádegas é o suficiente.

Nunca apanhei na vida, e ainda não caiu a ficha que levei palmadas na bunda de um vampiro de quase quinhentos anos... Isso é tão estranho e vergonhoso... Ainda não entendo como Damon foi capaz de me humilhar de tal forma. Sei que tive culpa no cartório... Sei que ia quebrar o quarto todo se não fosse contida, mas, ainda sim... Não era para tanto.

Agora tenho a marca de seus cinco dedos em cada banda de minha bunda!

Saio apressada da presença de ambos, querendo realmente ficar sozinha, sem ninguém cuidando ou me humilhando. Subo o lance de escadas rapidamente, sem correr por saber que é extremamente proibido, e logo me localizo em meu quarto.

Meu porto quase seguro.

Observo que há cacos de vidro espalhados pelo chão, os mesmos cacos que fiz ao tacar o abajur contra o piso de madeira. Damon provavelmente irá me obrigar a arrumar tudo logo pela manhã; o que ao meu ver não seria injusto, pois, eu fui a responsável pela bagunça.

Ando em passos curtos até minha cama, e assim que estou perto o suficiente, apenas me jogo sobre a mesma, exausta, tanto pela noite de bebedeira, quanto por tudo que houve quando fui pega. Hoje nada saiu como planejado, e isso tudo começou por eu não saber dizer não a Caroline Forbes; minha insistente amiga.


STEFAN SALVATORE

Olho para meu irmão mais velho, um tanto aborrecido com seu modo de tratar Elena. Nossa pequena é uma menina tão boa, tão inteligente e esforçada, será que o mesmo não enxerga isso?

- Por que está me olhando assim?- Pergunta sem interesse aparente, enquanto digita algo em seu celular.

- Você está sendo um babaca hoje.- Acuso em tom chateado.- Nossa filha está magoada por sua culpa.

- Ah, isso de novo?- Questiona parando com o que está fazendo para me olhar.- Escute Stefan, eu não vou me desculpar pelo que fiz.- Esclarece com seu jeitinho arrogante de ser.- Ao meu ver Elena estava precisando disso a muito tempo, não fiz antes por respeito a você e sua opinião sobre o assunto.- Explica tentando ser paciente comigo, coisa que certamente não é de seu feitio.- E vou deixando claro que não será a última vez.

- Como assim? O que quer dizer?- Questiono preocupado com sua última fala.

- Se Elena Gilbert está em minha tutela, se sou realmente o pai dela, vou tratá-la como minha filha!- Decide se pondo de pé sem deixar de me encarar.- Essa foi a primeira vez que bati nela, e confesso que não será a última Stefan.- Determina com firmeza, realmente levando a sério esse papo de punição.

- Ela é humana Damon!- Grito também me pondo de pé.- Hoje você a machucou!- Acuso na defensiva de nossa pequena.

- Acho que chegou a hora então...- Sua fala me faz engolir em seco, pois, sei do que o mesmo está falando.

Damon quer transformar Elena em vampira.

- Ela não está preparada, e você sabe muito bem o que a mesma acha sobre vampiros! Não pode forçar sua escolha.- Respondo sabendo que tenho razão. Elena ainda está se acostumando a ter dois pais vampiros, a ter sido esquecida por Jeremy e também a ser tratada como uma menina muito mais nova do que realmente é. Não podemos força-la mais do que já estamos fazendo.

- Elena tem que aceitar a realidade que vive. Querendo ou não, uma hora vamos transformá-la.- Nego com a cabeça mesmo sabendo que é verdade.

- Ainda não é o momento.

Como eu e meu irmão vamos viver para sempre, decidimos que chegou a hora de ter alguém conosco, para que possamos cuidar eternamente. Elena foi a escolhida. Nossa pequena sempre nos cativou bastante, até me fingi de estudante para lhe atrair, e posso dizer que funcionou... Mas, sinto pena da mesma, pois, Damon não é tão responsável e "humano" quanto eu. Porém, tenho certeza que meu irmão mais velho a ama como ninguém.

Damon precisa apenas aprender a demonstrar seus sentimentos, sem ser de modo tão brutal.

Daddys SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora