Velha amiga.

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Elisabeth Smith Cooper.

--Aí meu Deus, Aí,  meu, Deus--Disse as seguintes palavras respirando descontroladamente.

O mesmo que estava entre minhas pernas,  alisou-as e subiu suas mãos para cima.

Eu ainda não consegui ver seu rosto,  mas a Elisabeth que estava o fazendo, sabia quem estava entre suas pernas.

--Você gosta assim, minha garota?--A voz rouca e o jeito de me chamar, me trouxe a tona e eu pude saber quem era.

Ele, que estava ajoelhado na beirada da cama, se levantou comigo junto, e se sentou,  comigo em seu colo.

--Preciso que você faça sua mágica.--Seu corpo foi jogado para trás a espera que eu fizesse movimentos de vai e vem ou até mesmo rebolar.

Seu olhar, querendo ter satisfação,  fez meu desejo crescer e eu não pude resistir a dar uma longa e apertada rebolada.

.....

Mãos me balançavam para frente e para trás,  me fazendo acordar atordoada.

Abri meus olhos e vi Cheryl.

--O que houve?--Me sentei esfregando os olhos.

--Você estava tendo pesadelos eu acho.--Ela se sentou ao meu lado aflita.

--Por que acha isso?--Bocejei logo em seguida.

--Porque você estava suando e gemendo, talvez de dor eu acho.--Sua expressão era de preocupação.

--Sim, eu estava tendo um pesadelo,  mas não é nada de mais.--Me levantei.

Melhor pesadelo da minha vida.

--O que veio fazer aqui exatamente?--Me virei para ela.

--Resolvi contar a você com quem eu estava me pegando.--Ela diz animada.

Sorri com sua animação e pedi que ela continuasse.

--Ele é um Deus grego na aparência. --Ela se jogou na cama com um sorriso bobo.

--Diz logo.--Sentei em seu lado e dei um leve tapa na sua perna.

--É o Jughead,  conhece?--Ela se senta e me fita.

Meu corpo gelou por inteiro e eu fiquei um tempo a pensar.

Enfim acenei com a cabeça e ela sorriu.

--Ontem à noite ele passou no meu quarto só para me dar boa noite.-- Ela rodopiou no meio do quarto.--Ele disse que havia estado com uma velha amiga.

Minha expressão não é uma da melhores para aconselha-la ir em frente com esse caso, porque na verdade eu não quero que ela vá em frente.

--Estou feliz por você.--As palavras quase engasgaram em minha garganta.

Ela se virou para mim e arqueou a sobrancelha.

--Você não está feliz, o que houve?--Ela se sentou ao meu lado.

--Eu apenas revi um amigo de infância ontem, e eu acho que ainda sou atraída por ele.--Dei de ombros imaginando se ela perguntasse quem era. E tivesse a idéia que era ele.

--Quem é?--Ela me olhou desconfiada. Droga.

--Você não conhece,  então não adiantará nada eu falar a você.--Me levantei.--Irei tomar um banho e ja volto.

Peguei a toalha e saí as pressas, impedindo que ela fizesse um interrogatório.

Caminhei até o banheiro, que por sua vez,  escutei um choro baixinho em uma cabine dos vasos.

Era uma garota,  ela soluçava e sussurrava algo.

--Oi? Quem tá aí?--Perguntei e me senti patética ao me ouvir perguntar.

Ela parou de chorar.

--Oi,  eu não quero te atrapalhar, então finja que não estou aqui.--Sua voz estava grave,  e eu basicamente conhecia aquela voz.

Me aproximei da cabine de onde saía a voz e toquei na porta.

--Não quer conversar e dizer porque está chorando?--Tentei.

Ela suspirou.

--Talvez eu acabe tirando seu tempo com meu drama. --Ela disse mais perto da porta.

--Não.--Neguei mesmo que ela não pudesse ver.--Estarei feliz em escutar você.

Ela tentou várias e várias vezes começar,  mas sempre  travava.

--Respira fundo e tenta novamente.--Prendi minha respiração.

Quando a escutei respirar fundo,  soltei minha respiração e então escutei suas palavras.

--Eu sou muito insuficiente,  e a pessoa que eu gosto,  gosta de outra.--Ela soltou um grunhiu.

Então a porta destrancou e eu pude ver seu pequeno corpo encolhido no chão,  seu rosto estava inchado e seus olhos vermelhos.

--Ah verônica.--Arfei com pena da sua situação e me sentei ao seu lado.--Nem tudo que queremos,  temos.

Com cuidado e um pouco de medo daquilo ser uma farsa,  acariciei seus cabelos negros.

--Você poderia me perdoar?--Seu olhar pareceu de uma criança ao indagar.

--Claro... eu sei como é se sentir como você.--Ela sorriu tristonha e encostou sua cabeça em meu ombro.

--Eu jamais deveria ter feito o que fiz naquele dia.--Ela disse baixinho.

Me recordei de quando éramos crianças,  brigamos por conta de Jughead e ela rasgou minhas roupas novas.

Arrodiei seu pescoço com meu braço e ainda continuei a acariciar seu cabelo.

--Você era tão humilde e pobrezinha naquele tempo,  que eu nem me dei conta de que aquelas roupas te fariam falta....--Ela deu um longo suspiro.--Ele te dava mais atenção, por mais que você fosse muito humilde.

--Jughead não ligava para o dinheiro,  você deveria saber.... Além do mais, nós nos conhecemos primeiro, e você quis interferir uma amizade de anos.

Ela soluçou e pude ver que ela estava chorando novamente, parei por aí, porque talvez dói escutar isso.

Ninguém lá fora desse banheiro,  jamais imagináriam que verônica estaria aos prantos em meu ombro.

Talvez essa personalidade dela só escondia  o que ela é de verdade, uma boa garota que gosta de ter atenção de vez em quando.

Ela não é má. Nunca foi...

Irei fazer uma maratona de 5 dias,  hoje foi o primeiro,  amanhã postarei mais uma.

1/5

Espero que tenham gostado.

Até amanhã.

~SEXY POR UM ACASO~ Bughead.Onde histórias criam vida. Descubra agora