CAPÍTULO 6- O Fenômeno

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Depois de passar a madrugada inteira acordada, inicia-se um novo dia. A partir daí, a menina começa um novo ciclo de retaliações sofridas pelos colegas da escola.

De manhã era quase sempre o momento em que as energias ainda estavam fracas. Passeando pela cidade, percorrendo o caminho para a escola, e  se deparava com os olhares estranhos das pessoas, como sempre.

Ela seguia adiante, desviava o olhar e colocava em mente o objetivo de chegar até a escola. Ao entrar no portão que dava acesso ao corredor do colégio, se deparou com um grupo de alunos que cochichavam enquanto a encarava.

Apesar de estar acostumada com aquela situação, a menina não sentia-se confortável em ter que passar por aquela etapa tão desgastante e entediante para si. Toda vez que se sentia observada, o mundo parecia que iria acabar. Para uma adolescente tímida, a pior coisa que tinha que enfrentar era ser analisada sob todos os pontos de vista por outras pessoas.

Quando ela se aproxima do grupo, não tendo outra opção, por se tratar de um caminho obrigatório para chegar à sala de aula, ela ouve o deboche de uma das meninas. - Estranhosa, estranhosa, sua aparência é mais horrenda do que a besta estrondosa!- Gritava a garota, em uma melodia angustiante.

A menina tentava se desviar dos olhares obscuros do grupo de alunos, mas era em vão. -Deixem -me em paz !- Gritava ela, desesperada com a situação.

Completamente estressada, ela caminha para o banheiro feminino. Lava o rosto suado de tanta adrenalina. Não aguentava mais aquela situação humilhante que tinha que passar todos os dias no colégio na cidade.

Era a única escola disponível, e isso era algo que a deixava sufocada, pois não tinha para onde fugir, e as coisas não iriam melhorar de nenhuma forma para que ela pudesse sentir-se mais segura e tranquila.

As luzes do banheiro começam a piscar. Ela se assusta, pois não entende o que está acontecendo. De frente para o espelho observa um clarão que a deixa com a visão fosca. Talvez fosse algum problema elétrico, ou fosse alguém tentando assustá-la. Era difícil saber naquele momento.

As pessoas quando passa por um momento de estresse, muita das vezes pela pressão sofrida em suas mentes começam a ter algum tipo de alucinação, mas isso não costuma ser algo que ocorre com facilidade com qualquer pessoa, mas sim um gatilho de um problema previamente estabelecido que o indivíduo esteja passando. Aí as coisas pioram.

As luzes continuavam acender e apagar. As portas do banheiro começam abrir e fechar. Era algo surreal, e a menina não conseguia compreender os acontecimentos estranhos e fenômenos disparados naquele instante.

No espelho surgiu uma imagem borrada, no qual ela não consegue identificar, mas parecia ter forma humana e meio disforme. Por um momento as pessoas não entravam no banheiro, o tempo parecia parar e ela sentia-se cada vez mais acoada e amedrontada.

Do espelho saía uma imagem e dela, emitia-se uma voz meio distorcida: -Você está sofrendo, você está cansada, venha e deixe os seus sentimentos fluirem... - Ecoava a voz estranha de forma a deixá-la assustada.

De repente tudo parou, os outros alunos entraram no banheiro e parecia que nada havia acontecido ali. O tempo parecia literalmente ter parado para ela. Essas coisas não acontecem assim de uma hora para outra, pensava a menina sem entender nada.

Ela tinha que pensar o que estava acontecendo. Mas não tinha a quem solicitar ajuda ou tirar qualquer dúvida. Essa era uma questão que teria que resolver sozinha, e planejar algo que pudesse pesquisar para saber o que ocorria com ela.

A sua cabeça estava completamente confusa, e era preciso estabelecer uma conexão consigo para interpretar todas aqueles fenômenos que estavam acontecendo corriqueiramente em sua vida repentinamente.

A primeira coisa que teria que fazer era buscar informações em livros e pela internet. Talvez pesquisar sobre fenômenos paranormais para saber se era o caso dela. Essa concepção que tinha era completamente vaga, e seria necessário o auxílio de uma pessoa que entendesse de tudo aquilo que estava acontecendo.

O fato de ela ser isolada das demais pessoas era mais difícil ainda para conseguir ajuda. No entanto, era fundamental ter uma ideia das coisas que estavam a acontecer em sua cabeça, pois tinha certeza de que não era louca.

Haviam diferentes formas de lidar com aquela confusão.  Seus pensamentos estavam elétricos,  eram como água fervendo e a qualquer momento iria se esgotar.

Seus dias estavam cada vez mais difíceis,  e isso era preocupante. Tinha que fazer aquilo parar, caso contrário iria enlouquecer. Isso era demais para a sua cabeça,  era um sistema difícil de compreender

Existe sempre uma forma de sair daquela situação,  pensava ela. Mas como poderia resolver o seu problema,  sem ninguém para ajudá-la. Isso era impressionante?

Todos os problemas de sua vida eram difíceis de resolver. Precisava se concentrar naquilo que seria importante para tentar solucionar aquele conflito.

Essas coisas eram meio que difíceis de se resolverem. Era algo que ninguém iria acreditar. Mas tinha que passar por todo esse processo.  Todo o seu pensamento agora girava em torno desses fenômenos.

Existem mistérios que são difíceis de se descansarem, ao menos que as pessoas sejam insistentes para tentar solucionar o caso. Esse processo poderia levar muito tempo, e frustrante,  caso não conseguisse descobrir nada.

As vezes, ela começava a gritar. Suas emoções estavam confusas, e suas ideias as vezes não conseguia fazer uma conexão com a realidade.  Precisava ter uma posição a ser tomada com as decisões que teria que fazer.

Todos os seus questionamentos precisavam serem explicados. Descobrir informações de todo aquele fenômeno estranho que ela não  fazia a mínima ideia do que estava acontecendo,  era muito complicado tudo aquilo, era sofredor toda aquela angústia.

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