Amores Prováveis

Crush de amizade

Eu(Isa), com meus 14 anos, nunca havia gostado de um garoto como todas as minhas amigas, achava isso estranho, até me forçava  beijar alguns pra não ser estranha ou excluída mas nunca achei a mínima graça. Eu não tinha a visão de que poderia ter outra alternativa, como gostar de garotas, nunca me toquei que olhava diferente para elas.

Meu primeiro romance, temo dizer que veio do destino, pois desde criança eu sempre quis praticar algum tipo de luta, minha primeira opção era muay thai, mas não tinha academia dessa arte marcial perto da minha casa e minha cidade era consideravelmente grande para eu atravessa-la para praticar, sem contar que minha mãe odiava violência e não concordava nem um pouco com isso, até que fiz 12 anos e eu e meu pai a convencemos.

Meu pai teve a ideia de me colocar em uma academia de taekwondo, relativamente perto da minha casa, eu só teria que pegar um ônibus e em 15 minutos eu estava lá. Foi então que eu me apaixonei pela arte marcial, mal sabia eu que não seria só pela arte marcial.

Um dia, logo após terminar o meu treino das 19:00 as 20:00 estava para começar outro treino, onde ia o pessoal mais graduado, foi então que eu vi, meio de longe mas meus olhos travaram nela logo que a viram, uma menina de cabelos castanhos, ondulados e presos, ela tinha um pouco do cabelo que não conseguia colocar atrás da orelha que era um charme, com uma faixa azul(4° gub) na cintura, ela era bem branquinha, ela estava sorrindo, dava pra ver suas covinhas em suas bochechas e era muito fofo ver que quando ela sorria seus olhos se fechavam, eu a achei tão linda e fofa, mas ao mesmo tempo achei estranho, nunca havia olhado pra alguém dessa forma, então pensei "deve ser um crush de amizade".

Nesse dia minha mãe estava indo me buscar do treino(queria muito me aproximar dela) e liguei pra minha mãe pedindo para treinar mais um horário, porém ela já estava me esperando e ficou brava pelo pedido.

Desde esse dia quando dava eu ia no treino das oito, tentava me aproximar, fazer dupla com ela, até mesmo conversar, mas no máximo que eu conseguia era um oi, só que acabei descobrindo algumas coisas como: o seu nome era Ana, que era filha do professor, que era bem difícil se aproximar dela. Mesmo ela sendo seca comigo e me evitando eu não parava de tentar, fiquei dois anos tentando me aproximar.

Passados dois anos de tentativas em vão, eu me formei no ensino fundamental e precisava mudar de escola, como eu não gostava de ninguém da minha escola eu fiz questão de convencer minha mãe de me colocar em outra, eu tinha duas alternativas, duas escolas de ensino integral.

Depois de escolhida uma escola percebi que um amigo de infância meu ia pra essa mesma escola, o Eduardo, então minha mãe logo que fez minha matricula na escola pediu pra que nos colocassem na mesma turma, logo que saiu as turmas nós fomos até a escola para ver se estávamos na mesma turma, quando chegamos ao pátio vimos que tinham 5 turmas de primeiro ano, ao procurarmos nossos nomes percebemos que estávamos realmente na mesma turma, no 1° D, vimos também se haviam outro nomes conhecidos, foi então que vi que havia uma garota que estudo comigo no fundamental mas eu que eu não tinha proximidade, se chamava Brenda em outra turma, no 1° E(grave esse nome mais pra frente acho que talvez ficarão com raiva dela, assim como eu), e não só ela, a Ana também estava na mesma escola que eu, como se já fosse incrível de mais pra mim estarmos na mesma escola, também estávamos na mesma turma.

Logo que soube que eu e Ana estaríamos na mesma turma vi ali um assunto para puxar com ela, nesse dia eu fui treinar as 20 horas, logo que ela chegou fui falar oi pra ela e bom... ela respondeu, mas como sempre, sem interesse algum, mesmo assim tentei puxar o assunto que esperei 2 anos para ter com ela.

-Então Ana eu vi que vamos estudar na mesma turma no Juscelino Kubitschek(J.K.), de qual escola você veio? - Perguntei empolgada.

-Legal - Respondeu ela sem o mínimo interesse.