M A R I A E L I S A 🌻
— Amor, olha pra mim — Vinicius falou olhando pra mim — Deixa isso de lado, não fica se preocupando com algo que não vai acontecer.
Olhei pra cima e sorri pra ele.
Estamos no ônibus, lotado, eu sentada segurando nossas bolsas e ele em pé do meu lado.
Ele deu sinal e com um pouco de dificuldade saímos do ônibus.
Atravessamos e entramos na faculdade de mãos dadas.
— Vamos comer alguma coisa, da tempo — falei e olhei no relógio —.
Fomos até a lanchonete e fizemos nossos pedidos, sentamos em uma mesa no centro do refeitório.
Uma turminha entrou e fiquei indignada.
— Ela frequenta aqui a quanto tempo? — perguntei pro Vinicius e ele olhou pra trás e negou a cabeça — Tu sabia que ela iria vir pra cá?
— Ela me contou hoje — Vinicius falou enquanto fazia carinho em minha mão — Relaxa, e outra, nem estamos na mesma turma.
— Mas estamos no mesmo ambiente — falei tirando minha mão de cima da mesa e colocando na minha perna —.
— Para com isso Maria Elisa — falou e sabia que ele estava ficando irritado —.
— Oi Vini — ouvi a voz da Liliane e olhei pro Vinicius, ele estava com a mão no meu braço fazendo carinho — a oi, Elisa não?
— Maria Elisa pra você meu bem — falei e sorri — Vinicius vai pegar nosso pedido meu bem.
— Já vou indo então — ela falou sorrindo envergonhada — foi bom te rever Maria Elisa.
Nem dei muita importância, ela saiu e foi com o grupinho dela.
— Precisava tratar ela assim? — Vinicius perguntou se levantando —.
— Queria o que? — perguntei me virando pra ele — Olha, pode me tratar como amiga e dar encima do meu namorado — falei ironizando — por favor né Vinicius.
Ele foi buscar nosso pedido e voltou com a cara toda emburrada.
— Vai ficar com essa cara? — perguntei antes de morder meu sanduíche —.
— Maria Elisa, vou ter que pedir pra me mudarem de caso — falou me observando —.
Independente de tudo ele permanece até o fim, independente da situação, ele nunca desiste ou faz pela metade.
— Lógico que não Vinicius — quando terminei de falar percebi sua cara de surpreso — você começou esse caso e vai terminar, não é porque uma asinha vai dar encima de você que você vai largar o que tá fazendo, e outra, ela tem que se colocar no lugar dela e começar a criar vergonha na cara.
— Tem certeza disso Maria Elisa? — perguntou desconfiado —.
— Sim meu amor — falei e sorri —.
O sinal tocou e fui pra minha sala.
As aulas passaram rapidamente, nem acredito que acabou.
Fiquei esperando Vinicius na entrada e Liliane passou por mim e sorriu de forma irônica.
— Posso conversar com você meu bem? — perguntei e sorri, ela olhou pra amiga dela e foi comigo para um canto —.
— Vai ficar com essa putaria até quando? — perguntei sorrindo —.
— Estava tentando me lembra na onde eu tinha te visto, e foi na empresa onde meu pai trabalha, uma conversa e você esta despedida — falou e sorriu, é uma vadia mesmo —.
— Uma conversa e as mulheres dos caras que você pegou te encontram — falei e sorri — não sou o tipo de mulher que briga por conta de homem, e não pretendo ser, então se coloca no seu lugar garota.
— Vamos amor — ouvi Vinicius falar atrás de mim —.
Sorri pra ela e sai com Vinicius, o caminho todo fomos calados, mas em compensação quando chegamos em casa ele não parou de falar.
— Já terminou Vinicius? — perguntei e ele me encarou sério —.
— Você vai ficar brigando com uma garota? — perguntou sem acreditar — Maria estou com você e não com ela, eu amo você e não ela, eu quero me casar, ter filhos, e fazer as maiores loucuras com você, é você quem eu devo respeito e fidelidade — falou e caiu uma lágrima do meu olho — eu quero você de volta, sem crises de ciúmes toscas.
— É muito fácil pra você, não foi você que encontrou alguém na minha sala querendo arrancar a roupa — falei e me levantei do sofá — já chega dessa conversa por hoje.
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Vivendo em dois mundos
Romance[+15] Ela sabe o que quer da vida, ele já tem suas dúvidas. Acha que se fizer ela se apaixonar por ele vai vencer a guerra, que vai ter mais um traficante na cadeia. Ele acha que se entrar nesse jogo de fazer se apaixonar e não se apaixonar, vai sai...