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Busan, abril de 1681

O dia chegou.

Susan estava sentindo-se bem melhor que antes com relação ao emocional. Ela vestia o vestido para a cerimônia de tecido branco com renda e de mangas que iam até o pulso, o decote canoa e o véu escolhido pela duquesa Lee tinha uma cauda enorme. Um exagero. A saia não era o tradicional bufante usado pelas mulheres da nobreza, mas de caimento reto.

O colar chamava a atenção. Usá-lo não era apenas um ato de adorno, mas envolvia mostrar a posição que ela ocuparia naquele momento e junto dele as responsabilidades que levaria. Susan rogava para conseguir honrar aquele compromisso e não manchar o tão perfeito legado das duquesas de Busan. Suas mãos suavam por baixo da luva.

─ Onde estão os brincos de esmeraldas?

Nayeon perguntou quando olhou-a.

─ Aqui vossa graça.

Kira os colocou em Susan.

─ E o papai?

─ Ele está vindo. Lembre-se do que treinamos, cabeça erguida, coluna reta e foco no seu marido.

Ela instruiu-a pela milésima vez.

─ Sim, mamãe.

─ Onde está a noiva mais linda?

Susan ouviu a voz do pai e virou-se para ele.

─ Ela não está linda, querido?

A duquesa soava orgulhosa ao vê-la assim.

─ Está magnífica, minha filha. À altura de uma duquesa como merece.

─ Obrigada, meu pai.

Susan sorriu e ele estendeu as mãos cobrindo seu rosto com o véu de tule. Deu-lhe o braço e ela o segurou para saírem do quarto. Seu coração palpitava ansioso, ela logo estaria casada e longe dali. Suas mãos suavam e já podia sentir a luva fria. Eles pararam na frente da porta esperando a marcha nupcial tocar. Susan não sabia como estava do outro lado, desde o momento que acordou, não deixaram-na pisar os pés fora de seu quarto.

A orquestra foi ouvida e as portas abertas para exibir o longo tapete que levava ao altar. Assim que deram os primeiros passos, pode ver as pessoas ali encarando-a firmemente. Susan tentou não sentir-se constrangida e lembrou das instruções: foco no seu marido.

O véu cobria o seu rosto, mas ela pode perceber que Jimin a encarava através do tecido fino. Os olhares estavam atados um ao outro. Um sorriso involuntário se formou nos lábios cobertos pelo batom e ela o viu sorrir do mesmo jeito. Era como se estivessem em um único elo. Uma sensação sem lógica, mas boa.

Jimin desceu os dois degraus e seu sogro aproximou-se, deixando um selar na mão da noiva e a entregando para seu noivo. Ele os deixou e ficaram perante o juiz da corte. Susan não prestou atenção em nada do que ele dizia, pois concentrava-se apenas na mão de Jimin junto a sua, que a segurava com uma singela carícia por cima da luva.

DUQUESA • pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora