18 - A expedição do bispo Hakon

36 21 0
                                    

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

SECRETARIA DE CULTURA

FUNDAÇÃO PEDRO CALMON - CENTRO DE MEMÓRIA E ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA

PROJETO: AS NORNAS E O CANDELABRO VARA SETE

CATEGORIA: LIVRO E LEITURA CLASSIFICAÇÃO Nº 43

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

...A expedição do Bispo Hakon!

*

Gudmund olhou o mato e percebeu que o menino não estava mentindo. Os galhos estavam quebrados, quando escutaram, ao longe, os latidos dos cachorros.

– São eles! – Referindo–se à expedição. – Eles estão vindos pra cá, foram atraídos pelo grito de Enok! Temos que sair logo daqui, Erling. Os cachorros de Agot irão nos encontrar! Temos que ser rápidos, se não quisermos que nos achem.

Gudmund apanhou o menino pela barriga e jogou nos seus ombros. Enok estava bastante assustado. Erling apressou–se pelo mato, abrindo uma passagem, eles tinham razão. Tait e os demais chegaram ao local onde eles estavam.

– Eram eles, os anões que estavam aqui. Não devem estar muito longe – Afirmou o jovem, vendo as pegadas no mato e galhos quebrados recentemente.

– Mas e o grito ouvido? Parecia ser de uma criança.

– Pois bem, também tive a mesma impressão. – Afirmou Jakob.

Tait viu um grupo de colméias. Encaminhou–se para se aproximar delas. O grupo se surpreendeu com a forma que as colméias estavam expostas: eram muito baixas. Assim com Gudmund e seus amigos, eles notaram pegadas diminutas. Os cachorros de Agot latiam em direção a estas pegadas.

– São pequenas colméias. – Afirmou Agot, não tinha visto nada parecido.

– Mas, de quem estas colméias? – Perguntou Svein.

– Repare bem, são pegadas muito pequenas. Isto significa que estamos na região dos Kobolds. Estas colmeias são deles, eu imagino. Eles não devem morar muito distantes daqui. Não podem ser dos Anões, eles não andam por este lado. Eles ficam geralmente do outro lado. Vamos seguir as pegadas. – Afirmou Tait.

– Não podemos segui–las, Tait – Apontou Agot.

– Mas por quê? – Perguntou–lhe.

– Os cães estão farejando em círculo. Elas iniciam e terminam no mesmo lugar o que não permitiam os cachorros acharem a trilha certa.

Erle, em sua fuga, deparou–se com Andur.

– Mas olha que bela surpresa!Aqui esta a minha amiga, Erle! Nunca mais tive notícias tuas. O que faz aqui em Talvik?

– Também te digo o mesmo Andur. Nunca tive a oportunidade de te agradecer pelo que você fez por mim no passado. Mas agora que te encontrei, quero te agradecer. Eu confesso que por diversas vezes eu me preparei para ir ao teu encontro. Mas não sabia como iria reagir. Se estou viva, devo isso a você!

– Fiz porque achei aquele povo e o bispo Hakon injustos contigo. Não gosto de injustiças!

Andur foi quem salvou Erle no incêndio.

– Mas agora quero te agardecer meu amigo!

– Todos em Talvik acreditaram na tua morte, menos Harald que afirma ter visto um vulto te salvando. Depois de longos treze anos percebo que você continua uma mulher muito bonita. Porque não retornou antes?

As Nornas  - O Candelabro Vara SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora