Capítulo 59

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- Voltou, então. – Disse Mark, sorrindo, ao ver Scarlett descer de mãos dadas com Evans.

- Meu lugar é aqui. – Respondeu, retribuindo o sorriso. Evans apertou a mão dela carinhosamente. Ela sorriu e deu um cheirinho, de leve, no ombro dele.

Evans ia atender sua gana de beija-la, quando um gritinho avisou que alguém também sentiu saudade.

- Amor da minha vida. – Chamou, estendendo os braços. Rosalie quase pulou do colo de Kate, pulando pra mãe. Scarlett carregou ela, que riu, se abraçando a mãe. – Eu senti saudade de você. – Avisou, beijando a filha.

Rosalie deu um beijinho sapeca na mãe, e riu. Scarlett riu e abraçou a filha. Sua família estava completa, novamente. Então a menina tapou os olhinhos, e abriu eles com rapidez.

- O que foi, Rose? - Perguntou, sorrindo da filha. A menina tapou os olhos novamente e os abriu, ansiosa. Scarlett ia perguntar novamente, quando Evans foi na frente dela, nas costas da menina. - Olha ele aqui. – Disse no ouvido da filha. A loirinha se virou, feliz, e deu um gritinho alegre pro pai, que beijou a bochecha dela, rindo.

O jantar ocorreu normalmente. Lizzie já estava com seus cincos meses de gravidez, e sua barriga estava grande. Mark conversava algo com Mercedes e Théo, Kate e Downey mimavam o filho, e Scarlett e Evans se namoravam por olhar. Rosalie interrompia os dois com frequência. Depois, cada um foi pro seu canto.

- Rosalie Marie! – Chamou, quando viu Rosalie por a fronha do travesseiro do pai na boca. A menina estava sentada na cama de Scarlett e Evans, apoiada nos travesseiros, e tinha um no colo, com a ponta na boca. Rosalie olhou a mãe, curiosa. – Não pode. – Repreendeu, prendendo a vontade de rir. – Rose! – A menina continuou olhando os dois, com o lençol na boca. – Tira isso da boca ou eu vou tirar de você. – Avisou, se aproximando. A menina, entendendo, prendeu o lençol na boca e saiu engatinhando, no que achava ela ser rápido. Evans ergueu a sobrancelha e riu, acompanhado por Scarlett. Rosalie tropeçou consigo mesma e caiu de boca na cama, arrancando mais risos dos pais.

- Não chora, meu amor. – Pediu, vendo o biquinho de choro que a filha estava fazendo. Não adiantou. Rosalie desatou a chorar.

- Foi você. – Acusou, saindo de perto, prendendo o riso.

- Super engraçado. – Ela pegou o travesseiro babado e jogou na direção dele, acertando-o nas costas. Evans riu – Vem aqui, com a mamãe, vida minha. – Chamou, e Rosalie, ainda chorando, foi com ela.

Evans viu Scarlett sentar na cama e pegar Rosalie no colo. A loira ninou a filha por um instante, depois abriu o feixe da camisola, tirando um seio e deu pra menina, que se calou, mamando satisfeita. Ela sorriu e acariciou o cabelo da filha.

- E então? – Perguntou, se aproximando.

- Sono e fome. – Respondeu, acariciando os fios loiro-claros da filha.

- Como você sabia? – Perguntou, confuso, olhando Rosalie que já começava a fechar os olhos.

- Se eu contar, você não vai acreditar. – Imitou ele, sorrindo ironicamente. Evans riu e se inclinou pra ela, beijando-a levemente, observou como sua família era linda e se afastou, voltando pro banheiro.

Os dois namoraram mais um pouquinho, e foram dormir debaixo da chuva forte. Rosalie ressonava em seu berço. Tinha dois, mas nunca dormia em seu quarto, sempre no quarto dos pais. Só que Evans dormiu muito pouco. Acordou e ficou olhando Scarlett dormir, calma. A felicidade por ela estar ali era tão grande, que chegava a sufocá-lo. Parecia um anjo, com suas feições finas, sua cor pálida, e seus cabelos loiros. Ele sorriu, passando a mão no cabelo dela. Mas o que seu rosto tinha de angelical, seu corpo tinha de demoníaco. Ela usava uma camisola de seda preta, e seu lençol estava embolado entre as pernas. A camisola tinha um decote em V, o que deixava ela exposta. O tecido, nas pernas estava grudado, decalcando as coxas firmes que a loira possuía. Seu corpo era farto, e suas curvas eram generosas. Um anjo no corpo de um demônio.

- Hum... – Ela suspirou, acordando. Evans tinha dormido atrás dela, de conchinha. Ela acordou sentindo o hálito quente dele em seu pescoço. – O que houve? – Perguntou, rouca e arrepiada, olhando pra frente no escuro.

- Não consigo dormir. – Murmurou enquanto ela se virava pra ele, ainda sonolenta.

- Gostaria que eu o ajudasse a dormir, Evans? – Perguntou, ameaçadora, sorrindo pra ele na escuridão. Ela estremeceu ao ouvir o riso do marido.

- Gostaria. – Confirmou, alisando a barriga dela firmemente – Mas não do jeito que você está insinuando. – Respondeu, malicioso, ao silêncio sugestivo dela.

- Evans, não! – Murmurou, quando sentiu ele ir pra cima dela, no escuro. A chuva açoitava tudo lá fora.

- O que? – Perguntou, contra a pele dela.

- Rose vai acordar. – Disse em um murmúrio, já se entregando aos carinhos dele.

- Não vai, não. – Respondeu perto do ouvido dela, sentindo a falta de resistência do lado da mesma.

- Sim, ela vai. – Sussurrou, tentando empurrar ele, e ao mesmo tempo toda arrepiada.

- Quer ver? – Scarlett fez uma careta no escuro – ROSALIE! – Chamou em voz alta e grossa. Scarlett arregalou os olhos. A casa toda devia ter acordado.

Entretanto, a menina continuou dormindo, sem nem se mexer no berço.

- Viu? – Perguntou, sorrindo, se voltando pra ela. Uma coisa que sabia sobre Rosalie era que ela só acordava quando seu sono acabava, ou quando sentia que algo sério estava acontecendo.

- Mas...como? – Perguntou, ainda olhando a filha.

- Shiii... – Ele tapou a boca dela com o dedo – Agora você só fica quieta, e geme. – Brincou, rindo baixo. Scarlett estapeou ele, também rindo, mas foi pra cima dele, sentando-se em seu colo e beijando-o em seguida.

E assim se amaram pela 4ª vez, no dia. Qualquer um acharia isso absurdo, mas a saudade deles dois fazia disso normal. Scarlett acordou com frio no dia seguinte, e se espreguiçou, dengosa. Estava nua, tudo bem, mas tinha vários cobertores por cima dela, tapando-a rigorosamente. O tempo estava mesmo frio.

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