Capítulo 51 - Na forma

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Gente, mil perdões pela demora, me ocupei demais com provas de final de ano, Enem, em produzir das minhas músicas, enfim, mas voltei logo com um capítulo novo e espero que vocês gostem.

Ah, e aqui vai um link de um instrumental que eu fiz, que disponibilizei tanto no Youtube quanto no Soundcloud:

https://soundcloud.com/alice-carter-733245303/the-place-that-i-come-from

Espero que curtam, ainda vou gravar minhas voz nela e não se esqueçam de colocar fones. ♡

Boa leitura.

Peter

- Você é louco Peter? Agora uma humana sabe! E sabe o que isso significa? - Jacob dizia furioso a mim.

- Que eu não vou matar ela, se é o que está pensando. Isso iria infrigir as leis Volturi e o que os Cullen nos ensinaram.

Jacob sai de trás do arbusto já em forma humana e para na minha frente.

- Que se dane os Volturi! Eles foram responsáveis pelo o que aconteceu comigo, então infrigir a lei não seria nada errado em comparação do que eles fizeram e você sabe muito bem.

E eu sabia sim. Eu sabia até muito mais, até então em fúria, comecei uma caçada de dias a procura de um dos culpados pra esclarecer meus punhos na cara. Péssima ideia, quase me matam em uma emboscada, só não o fizeram porque eu servi de isca pros Cullens, digamos, pra mais um confronto. Saímos vivos.
    Droga!

Música: Obvious - Deorro

    Na volta pra casa, resolvi caminhar ao invés de correr até ela, eu queria chegar um pouco mais tarde pra não assuta-la.
    Durante o caminho, reparei em coisas ao longe das montanhas e pensei na possibilidade de trazer Sam pra perto de um dos penhascos e relaxar um pouco, porém seria inútil agora, ou talvez não, talvez sim... Eu tentaria algum dia, por que agora eu precisava conversar com ela, até então, eu não era o único diferente nessa história.

    Anoiteceu e eu já estava em frente a minha casa. Entrei e tudo se encontrava escuro; acendi as luzes e a procurei com esperanças de ela estar ali. Não, nenhum sinal, deveria estar no quarto. Indo até lá, baixei o olhar sob a porta e verificar se as luzes estavam acesas, também não.

   Eu esperaria o outro dia para conversamos melhor, já estava decidido que ela deveria viver longe daqui, voltar para a casa dela. Na cozinha, sentado à mesa, me coloquei em reflexão, a culpa era toda minha, eu nunca devia ter trazido ela, entretanto notei algumas coisas em mim que mudaram desde que ela vira para cá, eu já não era mas o mesmo. Nada foi mais o mesmo. A propósito, nem ela foi mais a mesma, estava atípica e percebeu de imediato.

   Força... isso Sam tinha de sobra. Mas era descomunal pra adolescentes da idade dela e até mesmo em comparação as outras pessoas. Era uma força igualmente a de Jacob, existia também agilidade na hora de se locomover e rápida ao agir, típico de um vampiro mas Sam não era nem um, nem outro, parecia e é tão humana, seria impossível ela ser vampiro ou até mesmo lobisomen, já que não houvera se transformado antes. Comecei a me perguntar seriamente se existia outras raças místicas pelo mundo e se Sam fazia parte de alguma delas. Um bruxa? Não, não existia essa possibilidade; uma vez Carlisle me contou sobre a caçada às bruxas um tempo depois de se tranformar em vampiro e afirmou que todas elas foram "exterminadas", pouquíssimas que foram acusadas de bruxaria sobreviveram mas não se sabe se escaparam ilesas. Pra falar a verdade, não eram exatamente bruxas, nós sabiamamos, porque o mais assustador nisso tudo não é o fato de elas serem mulheres independentes e fortes, é porque foram acusadas gravemente por bruxaria por não se adequarem à época, típico de machismo religioso.

   Então concluindo, não existiram bruxas e sim mulheres que lutaram pra sair do contexto social naquele tempo, ou seja, Sam não seria nem de longe uma bruxa, e sim uma menina de personalidade forte, idependente e muito linda...

- Peter pare de pensar nisso agora! - sussurei em verocidade pra mim mesmo. Mas recentemente estava meio impossível não pensar nela. Por mais nova que poderia ser, tudo nela me supreendia, desde o jeito de mulher decidida até os olhos castanho-escuros penetrantes, os cachos curtos e escuros e a pele em bronze rosado. E a forma corporal era diferente das outras adolescentes, tinha singelas curvas mesmo sendo um pouco magra, nada exagerado e na medida certa, e também não era tão alta, o que a deixava com um ar mais gracioso.

  Sem perceber me peguei sorrindo com esses pensamentos. Eu deveria parar com isso, se eu continuasse assim, me consideraria um pedófilo, um cara com seus quase 30 anos - se bem que eu tenho 28 mas mesmo assim - pensando dessa maneira de uma menina de 17 anos.

   Me reconstei novamente na cadeira e coloquei as mãos no rosto, eu precisava rever meus conceitos quanto à Sam e sua origem, ainda havia muito o que saber sobre o passado dela que provavelmente explicaria as coisas estranhas que estão acontecendo com a mesma. Não sou um cara de muitos sentimentos em vão, entretanto algo estava me dizendo que a explicação estava justamente aqui em Forks, só não sei como.

  
  Passei algumas horas pensando, a sede apareceu e eu precisava caçar, mas bem antes de ir, fui dar uma olhada novamente para ver se a porta do quarto de Sam ainda estava trancada. Infelizmente sim, e antes de ir, me certifiquei que ela estaria segura e fechei as janelas, apenas a porta da frente deixei destrancada, caso ela quisesse ir embora de vez, e se isso acontecesse eu iria entender, afinal foi um susto pra ela saber que existia vampiros, lobisomens, telepatia... enfim.
 
  Eu entenderia.

Ao amanhecer...

Allyson (Sam)

  Ok, eu dormi, já que fiquei tanto tempo trancada no quarto que acabei cansando de tanto esperar. Hoje decidi que eu precisava sair, respirar ar puro, nem que eu me perdesse na floresta de novo eu iria, entretanto meu sentido de direção iria me ajudar a voltar.
 
   Me levantei cambaleando de sono e fui escovar os dentes, resolvi tomar um banho rápido pra despertar mais e pensar. Comecei a me sentir culpada por julgar o Peter tão mal, digo, ele me cedeu um teto, ou melhor, um quarto só pra mim, me comprou roupas e não sei com que coragem mas acredito que arranjou alguma ajuda para comprar roupas íntimas pra mim.
   Queria retribui-lo pela ajuda.

   Terminei de colocar a calça, blusa e sai do quarto, o procurei mas não encontrei ele em lugar nenhum da casa, e detalhe: as janelas estavam fechada, fui averiguar a porta que inclusive não estava trancada. O que será que aconteceu?. Prontamente sai dali pra procura-lo, loucura fazer isso nessa vasta floresta de Forks não é mesmo?! Porém deduzi que ele não estaria longe e mesmo se estivesse eu precisava me desculpar pelo equívoco, refiro-me em não procura-lo entender. Se ele realmemte era vampiro, não tinha nenhum problema, ele nunca me machucou, então não tinha motivos para eu ser tão precoceituosa daquele jeito, eu já considerava Peter um grande amigo meu e eu não queria ficar desse jeito com ele.

  Andei bastante, a floresta as vezes parecisa se fechar sobre mim, todavia não me impedia de seguir em frente.

- PETER! - Eu gritava durante o caminho todo. Sem respostas. Por descuido, procurando ao redor, não olhei que havia raízes de árvores expostas e tropecei em uma delas.

- Ai! Droga! - de repente ouvi um relinchar. Com certeza o barulho da minha queda, que aliás espantou alguns passaros ali, deve ter o assutado e sim, era um cavalo, não um cavalo qualquer, o cavalo que eu havia montado anteriormente pra fugir do Lobo! E estava ali, parado à alguns metros. Corri até ele, que me recebeu com um afago. Pensei que ele me estranharia.

- Hey garoto, como vai? Por onde andou todo esse tempo? Fiquei preocupada!. - Com um sinal o fiz se deitar para eu monstar nele. Reperei que ele estava sem rédeas, provavelmente foram arrancadas por alguma árvore durante a corrida que ele fez naquele dia. Por uns instantes, isso tinha me lembrado quando eu ainda estava no Texas competindo, no hipismo eu treinava horas e horas pros galopes soarem bons até os saltos e no pólo fazer a maior quantidade de gols. Eu chamava isso de futebol de cavalos. Sem delongas subi no gigante que se levantou de imediato. Só agora eu reparei o quanto miúda eu me sentia ao montar nele.

- Vamos lá garoto, precisamos achar o Peter. Yah! - e então fomos. Eu só estava rezando para não encontrar nenhum lobo no caminho.

Continua...

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