Capítulo 64

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Scarlett e Evans estavam dormindo de madrugada, quando o barulho de algo batendo no chão com força ecoou pelo andar de baixo. Os dois acordaram, de sobressalto. Todos acordaram com o barulhos, os irmãos e suas esposas,filhos, os empregados, só Rosalie que nem se abalou, em seu sono calmo e pesado.

- O que foi isso? - Perguntou, sonolenta.

- Eu não sei. - Respondeu, rouco de sono, se sentando. Scarlett viu ele pegar o relógio no criado-mudo da cama, e olhar as horas. Ia dar 4 da manhã. - Como tudo aqui quem tem que resolver sou eu, vou logo olhar o que foi. - Resmungou, esfregando o rosto.

- Eu não quero ficar sozinha! - Disse, segurando o braço do marido, se sentando na cama, cobrindo o busto com o lençol. Evans olhou ela e viu os dois olhos azuis da mulher assustados.

- Venha comigo, então. - Chamou, sorrindo de canto. Ele se aproximou e segurou o rosto dela de leve e a beijou carinhosamente. Ela sorriu com isso.

- Eu gostava dessa. - Reclamou, pegando o frangalho de sua camisola nos pés da cama. Estava inutilizada - Sabe, tirar sem rasgar não faz tão mal. - Disse, erguendo a sobrancelha pra ele. Evans riu gostosamente.

- Rasgar é mais rápido, - Ele deu um selinho nela - Mais fácil, - Deu outro selinho - E mais divertido. - Concluiu, malicioso. Scarlett deu um tapa nele - Já me acostumei. - Debochou, tranquilo, enquanto vestia a calça.

- Vou começar a rasgar suas roupas também, pra você ver como é divertido. - Ameaçou, e viu ele parar, analisando o que ela tinha dito. Evans se virou pra ela, erguendo a sobrancelha e sorrindo. Scarlett fez uma careta. - Esquece. - Ele riu e se levantou.

Evans vestiu sua camisa, e o roupão. Ele deu uma camisola nova, do guarda-roupas a Scarlett, que vestiu. Ela se levantou, vestiu o hobbie, e terminou de soltar o cabelo, que anteriormente tinha prendido, mas agora estava quase solto. Ela foi até o berço da filha, verificou a menina, depois deu a mão a Evans, seguindo-o. Encontraram os outros casais da casa no mesmo estado, no corredor, e assim todos seguiram pra ver o que era. Quando chegaram ao andar de baixo, ouviram o alvoroço vindo da cozinha. Com Evans abrindo o cortejo, foram ver o que era.

- Vamos lá, o que houve dessa vez? - Perguntou Downey, olhando o estrago que ali estava.

Um armário tinha se desintegrado completamente. Haviam centenas de cacos de vidro no chão. O que era estranho, nunca nada havia quebrado na mansão. Os donos trocavam as peças assim que elas começavam a ranger, ou perder a beleza, para evitar maiores problemas.

- Eu não sei, senhor. Este armário não tinha um dano. - Explicou, e parecia confusa olhando a bagunça no chão. A empregada estava enrolada em um roupão, assim como todo mundo.

- Estranho. - Comentou Mark, olhando a peça.

Evans se aproximou, após soltar a mão da esposa, pra olhar a peça quebrada. Ele passou pelos cacos de vidro, e ergueu uma taboa do armário caído no chão. Estava em perfeito estado. Ele procurou a parte quebrada, que fez a peça ruir, mas não encontrou. Tinha ciência dos irmãos e da mulher o observando, mas se havia quebrado, tinha que haver algum dano. Mas não havia. Evans olhou em um canto, perto dos vidros. Havia uma porção de parafusos, empilhados ali, em perfeito estado, como se alguém tivesse desparafusado a peça. Ao pensar nisso, algo veio a sua cabeça.

FLASHBACK DE EVANS

- Você não veio ontem. - Se queixou, quando ele entrou no quarto.

- Não consegui. Minha mãe tem o sono muito leve, todo e qualquer barulho a desperta. - Se justificou, se aproximando da mulher.

- Pois um dia entrarei em sua casa de madrugada e desmontarei um móvel, fazendo-o ruir. E sua mãe engolirá a língua de susto. - Disse, caprichosa, e Evans riu, beijando-a em seguida.

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